Gagliasso e Ewbank comemoram indiciamento de portuguesa por racismo
O casal publicou uma nota nas redes sociais após o MP de Portugal aceitar a denúncia contra uma mulher que ofendeu os filhos dos atores
atualizado
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Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank usaram as redes sociais nesta sexta-feira (12/4) para publicarem uma nota após o Ministério Público de Portugal indiciar a portuguesa Maria Adélia Coutinho Freire de Andrade por ofensas racistas contra Titi e Bless, filhos do casal.
“Há quase 2 anos fizemos uma acusação no Ministério Público de Portugal após nossos filhos e um grupo de angolanos serem vítimas de racismo. Racismo é crime e não pode ser banalizado”, escreveram.
O caso contra os filhos do casal aconteceu em julho de 2022, quando a família estava no Clássico Beach Club, na Costa da Caparica. Na ocasião, a mulher teria disparado para as crianças: “Seus pretos, voltem para África!”.
Na nota publicada, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank afirmaram que vão aguardar os desdobramentos do caso e esperam a condenação de Maria Adélia.
Leia o pronunciamento completo:
“Há quase 2 anos fizemos uma acusação no Ministério Público de Portugal após nossos filhos e um grupo de angolanos serem vítimas de racismo. Racismo é crime e não pode ser banalizado. Inicialmente pedimos que a autora dos crimes fosse enquadrada em crimes previstos no artigo 240 do Código Penal Português que prevê punição para discriminação e incitamento ao ódio e à violência. A denúncia não foi aceita, mas nunca desistimos.
Hoje, podemos comemorar porque o Ministério Público aceitou nossa acusação por difamação e injúria racial e superou uma questão teórica sobre onde enquadrar o crime perante a lei. Vencemos, mas ainda é um pequeno passo. Entretanto, acreditamos que, se este processo puder conscientizar em questões de combate ao racismo, o mundo poderá, quem sabe um dia, ser mais igualitário. O próximo passo será o julgamento da racista. Esperamos voltar em breve para contar outra vitória. Porque acreditamos!
Agradecemos aos advogados portugueses Rui Patrício, Catarina Martins Morão e Teresa Sousa Nunes que permanecem ao nosso lado para que a justiça reconheça o racismo como um crime – um crime que discrimina, que fere a autoestima e não permite que pessoas negras tenham oportunidades. Um crime que mata em qualquer parte do mundo. E a gente precisa construir uma sociedade que entenda que o racismo não pode ser tolerado, nem em forma de ódio disfarçada de piada”.
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