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Gabriel Vivan abre o coração sobre sucesso em Reis: “Mudou minha vida”

Em entrevista à coluna, o ator falou sobre seu novo personagem na série da Record, contou como anda o coração e revelou planos do futuro

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Ator, cantor e compositor. Esse é Gabriel Vivan, que tem feito sucesso em Reis, da Record TV. O gaúcho viveu Rei Davi na série, na fase jovem, e agora dá vida ao vilão Abias na nova temporada da produção bíblica.

A oportunidade de participar da série mudou a vida do rapaz, que nasceu e cresceu em Erechim, no Rio Grande do Sul. É o que ele contou à coluna Fábia Oliveira em um bate-papo exclusivo.

“Foi uma oportunidade que mudou minha vida e me fez alçar voos que eu imaginava muito distantes. Hoje tenho o privilégio de viver do meu ofício, amo o que faço, entrego tudo que posso, vivo onde a arte e Deus me levarem”, disse ele.

Em entrevista à coluna, Gabriel Vivan falou sobre os desafios dos personagens e a preparação para vivê-los. Além disso, revelou as principais diferenças nas interpretações, os seus planos para o futuro e ainda entregou como está o coração. “Como um bom artista, deixo ele sempre aberto”, brincou.

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Confira a entrevista completa com Gabriel Vivan:

Você iniciou na carreira de ator bem cedo. Sempre foi seu sonho?
Sempre foi meu sonho. Quando eu subi no palco pela primeira vez diante de uma plateia aos 5 anos, descobri qual era minha função nesse mundo. Mas até começar profissionalmente minha carreira, passaram-se alguns anos… quando eu saí da escola e ingressei no curso de Direito, minha vida se dividiu entre a arte da atuação e da música e o mundo jurídico.

Conciliei profissionalmente eles por um grande tempo até as músicas repercutirem e surgir a oportunidade de protagonizar um curta-metragem, foi quando as portas da arte se abriram e as coisas começaram a fluir.

Como foi a vida de Gabriel Vivan em Erechim, no Rio Grande do Sul? O que mudou de lá para cá?
Nasci e cresci em Erechim. É uma cidadezinha charmosa que me deu a base de todo meu crescimento e desenvolvimento, e por isso sou muito grato. Tenho família e grandes amigos que moram lá, motivo pelo qual sempre retorno com frequência. Mas como em muitas cidades, o incentivo a cultura e o próprio consumo a arte são pequenos, questão cultural, creio eu.

Quando Deus abriu as portas para mim, tive a oportunidade de despontar e protagonizar Reis e tudo mudou. Foi uma oportunidade que mudou minha vida e me fez alçar voos que eu imaginava muito distantes. Hoje tenho o privilégio de viver do meu ofício, amo o que faço, entrego tudo que posso, vivo onde a arte e Deus me levarem…

Você também é cantor e compositor. Consegue conciliar as carreiras? Qual é o principal desafio?
Descobri a música quando interpretei um personagem que tocava violão. Aprendi vendo vídeos na internet e depois comecei a praticar mais e mais. Comecei a compor minhas próprias músicas, formei bandas e comecei a tocar nos bares de Erechim e nas cidades ao redor.

Ao gravar meu primeiro EP e ter o privilégio de tocar uma música minha para mais de 30 mil pessoas em São Paulo, consegui atingir mais pessoas e agora com os próximos lançamentos espero prosperar ainda mais.

As carreiras exigem muito. E esse é o maior desafio. São artes que se completam, mas que demandam estudo. Se quero ser realmente um grande ator e um grande músico o tempo de dedicação é dobrado, e o principal desafio sou eu mesmo. Diminuir as cobranças que tenho pela minha própria arte, abandonar o perfeccionismo e desfrutar da jornada. Fácil falar. Difícil fazer. Meus pais dizem que eu sou teimoso. Acho que é mal de aquário.

Qual é o personagem que foi mais desafiador de interpretar? E qual você gostou mais?
Ambos foram muito desafiadores. Davi foi meu primeiro personagem a nível nacional, e um protagonista com um peso enorme. Uma grande responsabilidade que vinha incumbida com a atuação. Mundialmente famoso por derrotar um gigante, responsável por Salmos lindos e uma referência de um homem segundo o coração de Deus, que leva diretamente a linhagem de Jesus. Graças ao suporte da casa e a preparação com a maravilhosa Nara Marques pude entregar um personagem complexo e rico de camadas.

Já Abias foi uma girada de chave na minha carreira. A responsabilidade depois de entregar um Davi era grande. Mais um protagonista na mesma produção… tive que ganhar um corpo para diferencia-los esteticamente, além de pintar o cabelo para viver o Abias. A casa apostou em mim para viver o primeiro Rei Vilão da história e o processo foi muito delicado.

Precisei atingir lugares que eu, Gabriel, não conhecia. E esse foi o maior desafio da minha carreira até então. Um personagem que beira a psicopatia e a loucura. Algo que na atuação, eu poderia cair em uma armadilha. Mais uma vez com o apoio da casa e a preparação incrível da Fernanda Guimarães, pude entregar um Abias complexo, rico em detalhes e saí surpreso. Com o personagem, comigo mesmo e por saber onde mais posso chegar.

Gosto de ambos. Tenho um carinho gigante e um aprendizado enorme com o Davi e uma descoberta e um respeito imenso pelo Abias. Me permitiram criar amigos que levarei para o resto da vida. Os dois personagens mudaram minha vida e me deixaram preparado para os próximos!

Como foi fazer Davi na fase jovem na série Reis?
Davi foi um grande presente na minha vida. Meu primeiro personagem em TV aberta e ainda com a responsabilidade de um protagonista. Senti desde o início que ele tinha sido escrito para mim, como se fosse minha missão vive-lo. Ao passar no teste com outros 12 meninos, me mudei “de mala e cuia” da pacata Erechim para o Rio de Janeiro. Sai de uma cidade pequena para interpretar Davi, que também foi escolhido em meio a tranquilidade do campo para se tornar Rei de Judá. Duas realidades parecidas, que só foram possíveis pela graça de Deus.

Para viver Davi, aprendi a tocar harpa, apascentar ovelhas, lutar com espadas, dar cambalhotas, neutralizei o sotaque com o trabalho fonoaudiólogo entre outras inúmeras tarefas, fiz preparações intensivas com a Nara Marques e entregamos um personagem rico em camadas e principalmente, um belo cartão de visitas para o público brasileiro e internacional.

Você saiu do papel de mocinho pra ser vilão na nova temporada. Como foi essa transição?
Foi uma experiência de muito amadurecimento. Foi um ano de intervalo entre esses dois personagens. Quando recebi o Abias não sabia ainda o que me aguardava, mas o personagem me cativou pela sua complexidade. Ao estuda-lo, me deparei com algo muito maior do que pensava.

O ano de 2023, pós Davi, foi de muito amadurecimento, extremamente necessário para o que viria a ser os desafios de 2024 com Abias. A complexidade do personagem era tanta, que a própria autora confessou ser o mais complexo que ela já elaborou durante o enredo todo, e para interpretá-lo não foi diferente.

Para diferencia-los fisionomicamente, pintamos o cabelo, barba e trabalhei o físico para ganhar um pouco mais de corpo. A personalidade por si mesma já era diferente então os personagens de start já surgiram opostos. Na atuação, busquei novos trejeitos sutis, como um olhar inquieto e uma ansiedade nas mãos em momentos pontuais, além de outros detalhes.

A preparação com a Fernanda Guimarães foi fundamental para a construção desse ser complexo e denso que foi o Abias, que me exigiu um nível absurdo de maturidade profissional para poder fazer uso de um repertório de atuação me deixando livre para me divertir no set.

Além de um ser mocinho e outro vilão, qual é a principal diferença em interpretar esses dois personagens?
São muitas diferenças, os personagens são o completo oposto um do outro. Mas a principal diferença entre os dois para interpretá-los foi o processo. Quando trabalhamos um personagem mexemos em sentimentos, feridas, emoções e lembranças, que nos despertam algo. Todos os processos que mergulhamos de cabeça, nos trazem reações e atuações diferentes. Para viver Davi, trabalhei com a Nara Marques ferramentas de atuação que me deram munição para viver o personagem de uma forma e me prepararam para um set de gravações de um universo desconhecido, intenso e prático.

Para o Abias, trabalhei com a Fernanda Guimarães outras ferramentas que me deram uma independência e praticidade que o Abias demandava. Os processos mudam a pessoa em si, no caso eu, Gabriel. E a partir dessas mudanças, ficamos preparados para vestirmos um alguém.

No Davi eu tive a oportunidade de mostrar meu trabalho somente em sua fase jovem, ingênua, humilde e com o frescor das primeiras descobertas, para depois passar o bastão ao talentoso amigo Cirilo Luna. No Abias eu pude desfrutar de todo seu arco. Do começo ao fim. Estive com ele em todos os seus momentos, e isso me demandou uma construção ainda maior, um cuidado com o arco e suas nuances, uma responsabilidade com cada comportamento, para que ele se justificasse com o passar do tempo da própria história do personagem.

Quais são os seus planos para o futuro?
Meus planos para o futuro são vários! E só peço que Deus me permita continuar exercendo meu ofício, que amo e não consigo viver sem. Minha melhor versão é trabalhando, desempenhando minha arte e na pressão dos projetos, na televisão, no cinema, na música, no teatro, nos shows… quero cada vez mais poder levar minha arte a diante e ter uma renda deste meu oficio.

Lançar minhas músicas, fazer shows para grandes públicos, protagonizar histórias que me desafiem e me cativam… seguir compartilhando isso com minha família que me da o suporte que preciso, com meus amigos verdadeiros que sei que posso contar a qualquer momento… o futuro a Deus pertence e eu sigo a disposição dEle para que Ele me leve onde achar necessário.

E o coração, como está? Rsrs
No momento, comprometido com o trabalho kkkk. Mas como um bom artista, deixo ele sempre aberto e me vou me apaixonando a cada esquina.

Tem alguma novidade que você já possa adiantar ou dar um spoiler pra gente?
Vem muitas coisas novas por aí. Eu, na minha opinião se fosse você, iria lá no meu Instagram (@gab.vivan) me seguir para ficar por dentro das novidades que são muitas… Novas músicas, novos projetos audiovisuais, quem sabe um álbum em 2025… me sinto muito próspero depois de viver o Abias. Me inspirei muito nesse ano e nesse processo intenso. Entrego o personagem com sentimento de dever cumprido e de peito aberto para o próximo.

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