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“Fui abusada”, expõe Samara Felippo sobre um possível estupro

Comandando o podcast Exaustas, ao lado de Carolinie Figueiredo e Giselle Itiê, a atriz contou episódios de assédio sexual em que foi vítima

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Mulher branca com cabelos presos em rabo, veste blusa preta transparente com detalhes em prateado
1 de 1 Mulher branca com cabelos presos em rabo, veste blusa preta transparente com detalhes em prateado - Foto: Reprodução/ Instagram

Samara Felippo quebrou o silêncio e expôs alguns episódios de assédio sexual em que foi vítima durante a vida. A revelação aconteceu no podcast Exaustas, comandado por ela em parceria com Carolinie Figueiredo e Giselle Itiê, exibido na Amazon e no YouTube. “Fui abusada”, garantiu.

“Sim, eu olho para trás… Se eu olhar, eu vejo que talvez eu tenha sido estuprada também. Eu não trago um trauma como a Gi [Giselle Itié] traz nessa profundidade, mas se a gente olhar lá atrás, eu fui abusada, assediada”, disse para Gabriel Perline, da Contigo.

Felippo continuou o relato: “Talvez, em algum momento, eu devo ter sido estuprada. Então, olhar hoje dói, mas é importante a gente estar levando isso para as mulheres nomearem e denunciarem”.

No primeiro episódio da atração, Giselle Itiê abriu o coração e falou, em meio às lágrimas, que havia tentado tirar a própria vida após um estupro:

“Sempre fui uma criança que não cabia na caixinha do padrão de beleza posta pela sociedade. Era desengonçada, usava aparelho, não era vista como uma criança bonita. Não mesmo. Só que quando comecei a entrar na adolescência, meu corpo se transformou, e muito. Minha vida se transformou”, detalhou.

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A atriz revelou que sofreu abusos sexuais
Samara ainda frisou que pode ter sido vítima de um estupro
Samara Felippo é atriz e comanda o podcast Exaustas
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Samara Felippo

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A atriz revelou que sofreu abusos sexuais

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Samara ainda frisou que pode ter sido vítima de um estupro

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Samara Felippo é atriz e comanda o podcast Exaustas

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Ainda chorando, Giselle continuou: “A forma como meninos e homens me olhavam e me tratavam era nojento. Foi nesse momento que eu comecei a entender que meu corpo não era mais meu, era um espaço público invadido por olhares, toques, mãozadas e por aí vai. Sinceramente, eu não consigo falar detalhadamente de cada situação, porque a sensação do meu corpo ser nojento vem”.

Medo e automutilação

Noi relato, Giselle Itiê destacou que teve medo de ser abusada novamente e que a possibilidade acabava afetando seu sono:

“Desde menina, eu comecei a ter um pesadelo recorrente, que foi até os meus 18 anos, eu no meio de uma floresta à noite e sempre fugindo de um homem, de dois, de três. Homens que eu conhecia, da família. Muitas vezes, eu não dormia porque tinha medo de ser pega no meu sonho”, pontuou.

A artista prosseguiu: “Até que, para ajudar, meu primeiro namorado se suicidou. Foi aí que eu comecei a questionar o meu lugar na vida. Quanto mais eu me tornava mulher, mais eu objetificada eu me tornava, o vácuo foi crescendo e eu comecei a me machucar de verdade, a me cortar [e por aí vai]. Até que eu tentei tirar minha vida”.

Giselle Itiê ainda chocou ao declarar que se sentia culpada e com nojo do seu corpo. “Com 17 anos de idade, eu perdi minha virgindade em um estupro. Foi nesse momento que eu me perdi de vez e compreendi o quanto eu era oca. Eu só fazia me castigar como se eu fosse culpada. E foi no silêncio que meu corpo gritava e pedia socorro. Passei a ter uma depressão profunda, bulimia, anorexia nervosa, eu me cortava e tudo o que eu queria era desaparecer de vez”, encerrou.

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