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Foliã processa Ivete Sangalo após ser “esmagada” por bloco em Salvador

A coluna teve acesso aos autos, com exclusividade, e descobriu detalhes do caso, que teria ocorrido no dia 10 de fevereiro, durante o Coruja

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1 de 1 Foto colorida de Ivete Sangalo no Carnaval de Salvador - Metrópoles - Foto: AgNews

A cantora Ivete Sangalo foi acionada na Justiça em uma “ação de indenização por danos morais e materiais”. O processo foi aberto no dia 21 de março deste ano e a coluna teve acesso aos autos com exclusividade.

Na ação, a autora afirmou que ela e sua esposa teriam sido “esmagadas” entre as grades de apoio do bloco de Veveta, junto aos demais foliões. No relato, ela contou que foi sufocada e prensada, além de ter sofrido ataques de pânico.

À Justiça, a mulher explicou que, no dia 10 de fevereiro deste ano, foi com a sua esposa para o Farol da Barra, em Salvador, para participar do Bloco Coruja com o abadá adquirido no site. O objetivo do casal era assistir à apresentação de Ivete Sangalo.

Nos autos, ela contou que chegaram no ponto de concentração do bloco, que fica situado no Largo do Farol da Barra, às 16h15, já que o bloco estava previsto para sair às 16h45.

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Ivete Sangalo
Ivete Sangalo
A cantora é um dos maiores nomes do carnaval baiano
O bloco foi um dos maiores do circuito soteropolitano Barra-Ondina
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Ivete Sangalo

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A cantora é um dos maiores nomes do carnaval baiano

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O bloco foi um dos maiores do circuito soteropolitano Barra-Ondina

LÚCIO TÁVORA/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO
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Ivete Sangalo pediu a remoção das publicações e ainda citou o Facenook e o Instagram

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Ivete Sangalo bombou ao som de Macetando

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Ivete Sangalo, dona do hit do Carnaval

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No processo, a autora relatou que o bloco em questão não saiu no horário, ocorrendo um atraso de mais de 3 horas. Por isso, teria começado a concentração de muitos foliões que curtiriam os blocos do Vumbora, Banda Eva, Psirico e Leo Santana, também atrasados.

Na ação apresentada à Justiça, a defesa da mulher disse que, após uma espera de 2 horas e 50 minutos foi anunciado, via microfone, pelo Bloco Corujão, um pedido para preparação dos cordeiros e segurança para a saída do bloco. E foi nesse momento, de acordo com a autora, que ela e sua esposa, junto aos demais foliões, se dirigiram para a traseira próxima do bloco da Ivete Sangalo, cujo local estava cercado por carros de apoio esperando sua saída.

Ainda de acordo com informações do processo, às 19h30, a cantora teria anunciado que teve problemas técnicos e que Leo Santana teria que passar na frente. A mulher declarou que os foliões, incluindo ela e a esposa, não concordaram e começaram a vaiar, já que o local já estava muito cheio. Mesmo assim, ela recordou que o bloco do Nana teria começado a andar com o carro na direção dos foliões, “iniciando um horror”.

À Justiça, a autora ainda relembrou que foram feitos pedidos para que parassem. No entanto, a organização do bloco simplesmente teria ignorado “a situação de risco grave de morte e iminente à segurança das pessoas”.

A mulher também denunciou que, entre outras coisas, uma adolescente de 14 anos desmaiou do lado do casal e ficou caída, sendo pisoteada devido à confusão. E depois que o bloco de Leo Santana passou “veio em seguida o carro de apoio, persistindo o caos de sufocação e desespero”. Assim, elas ficaram “achando que iriam morrer”.

A defesa da autora afirmou que, após 30 minutos de pânico, os cordeiros cercaram o carro de apoio de Ivete Sangalo para o posicionamento dos foliões. Segundo a ação, mais uma vez “a autora e sua esposa, já em pânico, foram esmagadas entre a corda e o carro de apoio. Os representantes legais do casal contaram que nesse momento “um cordeiro do bloco Coruja agrediu a autora com cotoveladas no braço para esticamento da corda”.

No processo, a mulher sustentou que bateu na quina do carro de apoio com o cotovelo e o tórax, se lesionando novamente. Ela disse, também, que, por volta das 20h30, ela e a esposa conseguiram ir embora, pois não era possível permanecer em um lugar com risco de segurança e morte das pessoas. Segundo ela, não havia mais condições emocionais para continuar no local.

Nos autos, ela afirmou que a produção não conseguiu conter a multidão e pessoas que não tinham abadá conseguiram passar pela corda. Com isso, os organizadores do bloco se isolaram à frente dos seguranças para se protegerem, mas sem tentar socorrer os foliões.

“Outras pessoas foram agredidas pelos cordeiros. Algumas foram empurradas, caindo de joelhos no chão, ficando com hematomas e roxeados. O mesmo que aconteceu com a autora”, garantiu a ação.

A mulher explicou, inclusive, que desembolsou R$ 2,4 mil pelos ingressos e abadás, além de ter custos com hospedagem, passagem e transporte, para serem agredidas pela equipe do bloco, correrem risco de morrer e saírem lesionadas sem conseguir usufruir do serviço adquirido. Após o incidente, ela registrou um boletim de ocorrência.

A mulher ainda argumentou no processo que tudo aconteceu no primeiro dia de um evento esperado para divertimento, “mas, ao contrário, teve só aborrecimentos, riscos, agressões, pânico etc.”.

A defesa da mulher ainda apontou que outros acidentes ocorreram no Bloco Coruja, da Ivete Sangalo. No processo, a mulher pede uma indenização por danos morais, no valor R$ 50 mil. Ela ainda solicita R$ 2,9 mil, que teriam sido gastos com os ingressos e hospedagem. O valor da causa é de R$ 52,9 mil.

Até o fechamento desta nota, a cantora não havia apresentado defesa no processo. Além de Ivete Sangalo, a empresa Pau D’arco Produções e Eventos Ltda. foi acionada nos autos. O caso está no Juizado Especial Cível da Comarca de Niterói, Região Oceânica, Rio de Janeiro.

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