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Flordelis vai parar na solitária após vistoria na cela

A pastora, que foi condenada por matar o marido, Anderson do Carmo, e outras três detentas ainda perderam as regalias que tinham antes

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1 de 1 Flordelis vai parar na solitária após vistoria na cela - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Condenada por matar o marido, Anderson do Carmo, Flordelis e outras três detentas foram parar na solitária do Instituto Penal Talavera Bruce, em Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro. O motivo? Agentes penitenciários encontraram um celular na cela das quatro.

Após a vistoria e o flagrante, na noite de quarta-feira (4/12), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu uma investigação para apurar o caso e enviou o aparelho para a 34ª DP (Bangu). Agora, os responsáveis querem descobrir de quem era o acessório e como entrou na cadeia.

Apesar de a ex-deputada federal, pastora e cantora gospel ter afirmado que não usou o telefone, que foi encontrado embaixo da cama de outra presa, ela também foi punida. Além do isolamento, as quatro perderam regalias que tinham dentro da prisão, como aulas de crochê e visitas íntimas.

Depois de ser punida, Flordelis foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo penitenciário de Bangu, com pressão alta, foi medicada e passou a noite em observação. Na sexta-feira, ela realizou novos exames e retornou para o presídio.

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Flordelis é julgada em Niterói (RJ)
Flordelis chorou durante julgamento
Flordelis em julgamento
Inicialmente a ex-deputada federal sustentou que Anderson do Carmo foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte)
O julgamento de Flordelis começou nesta segunda-feira (7/11)
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Flordelis está presa desde agosto de 2021

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Flordelis é julgada em Niterói (RJ)

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Flordelis chorou durante julgamento

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Flordelis em julgamento

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Inicialmente a ex-deputada federal sustentou que Anderson do Carmo foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte)

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Ex-deputada Flordelis

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Outro ponto que chamou atenção durante as investigações foi o celular da vítima, que não foi encontrado no local do crime. Flordelis sustentou que o aparelho havia desaparecido, mas, tempos depois, agentes conseguiram traçar caminho percorrido pelo aparelho por conta dos dados de telefonia

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Já no celular de Flordelis foi identificada uma troca de mensagens entre a ex-deputada e filhos dela com a informação de que a morte de Anderson seria “a única saída”. “Fazer o quê? Separar dele não posso, porque senão ia escandalizar o nome de Deus”, escreveu a mulher

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Segundo a Polícia Civil, foi constatado que Flordelis já havia tentado matar Anderson envenenado em diversas outras ocasiões, e o motivo seria o controle do dinheiro da igreja e de poder dentro da família

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Após todas as revelações, o PSD, partido de Flordelis, suspendeu a filiação dela e, tempos depois, o Conselho de Ética da Câmara aprovou cassação da deputada. Hoje, ela está presa e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada

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O assassinato de Arderson do Carmo de Souza, ocorrido na madrugada de 16 de junho, foi apontado por Flordelis, em uma primeira ocasião, como latrocínio. Contudo, segundo a polícia, a câmara de segurança da residência não apontou a presença de nenhum desconhecido na casa

Agência Brasil

Flordelis perde concurso na cadeia e lamenta

A vida na cadeia não está fácil para Flordelis. Condenada a 50 anos de prisão por matar o ex-marido, Anderson do Carmo, a detenta perdeu uma disputa em um concurso de canto para Cassiane Victoria, Voz da Liberdade, que aconteceu no fim do mês passado. Ela ficou frustrada com a disputa e disparou que continua “sendo referência no gospel”.

“Viver aprisionada é muito ruim. Difícil. Tomo muitos remédios aqui, mas sou muito apoiada pelas detentas e pela administração do presídio. Sinto que sou tratada como todas as outras internas”, disse.

Flordelis completou: “Faço parte do coral e não abro mão de cantar. É minha essência, está no meu DNA. Agora, aguardo um novo júri [que possa julgar o pedido para responder pelo crime em liberdade]”.

Presa desde 2021 na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, a pastora evangélica contou que recebe inúmeras cartas com mensagens de apoio, de todo o mundo.

Flordelis está numa parte considerada “segura” na prisão, o Instituto Djanira Dolores de Oliveira, em companhia da filha, que também foi acusada pelo assassinato do pastor. A menina tem câncer, enquanto a mãe trata problemas cardíacos e depressão.

“Nenhuma mãe desejaria estar presa com a filha, mesmo recebendo o melhor tratamento. Qualquer mãe preferiria estar no lugar do filho”, assegurou para o jornal O Globo.

A 3ª Vara Criminal de Niterói condenou Flordelis por homicídio, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa.

“Ritual sexual” para transar com filhos

Flordelis, que está presa acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, realizava um “ritual sexual” para transar com os adolescentes que levava para casa como filhos afetivos. A informação foi dada por Ulisses Campbell, autor do livro Flordelis: a pastora do diabo, durante entrevista para o Na Real, de Bruno Di Simone, que a coluna Fábia Oliveira teve acesso exclusivo antes de ser exibida, em fevereiro.

“Ela [Flordelis] fez muito isso na década de 90, início da década de 2000, mas parou quando ficou famosa. Um dos critérios que ela usava, para acolher na casa dela, era dar um banho no adolescente, para transar com eles”, revelou o jornalista lembrando que num dos quartos da casa existia um lugar com TV, cama macia e ar-condicionado, classificado como “quarto dos varões”, onde alguns meninos dormiam.

Campbell prosseguiu relatando um episódio que está na biografia da ex-pastora evangélica: “Na ocasião da chacina da Candelária, tiveram três garotos que ficaram com medo de morrer e foram procurar a casa de Flordelis, que sabiam ter vagas. Daí ela olhou pra eles, escolheu e falou que só tinha como um deles ficar. No entanto, eles afirmaram que ficariam os três juntos ou nada”.

Ulisses ressaltou que eles foram embora, mas logo um deles voltou ao ficar sozinho. “O que ela tinha escolhido, retornou depois de um tempo. Um deles tinha morrido atropelado e outro que viu, preferiu ir embora e pegou carona num caminhão pra Goiás. Depois de pedir abrigo, ela deu um colchão pra ele, levou pro quarto e falou que ele tinha que dormir com ela. Mas, ele tinha uns 14 anos e ainda era criança, então ele se recusou e preferiu ficar brincando com os outros garotos”, contou.

E completou: “Aí ela foi e escolheu outro e avisou a esse que, se quisesse dormir, que teria que dormir sentado na mesa da cozinha, porque já não tinha mais colchão. Então, era assim. Ela usava esses critérios para transar com os adolescentes. Ela era uma abusadora, mantinha relação sexual com adolescentes”.

O especialista frisou que a máscara de Flordelis só caiu, de fato, depois do assassinato de Anderson. “Se não fosse o crime, ela não seria desmascarada. Ela frequentava casa de swing, fazia trisal. Ela estava muito a frente do seu tempo. Ela já tinha um relacionamento aberto com o pastor há muito tempo, porque ele continuava a transar com a Simone [filha biológica de Flordelis] recentemente”, pontuou.

Para quem não lembra, antes de casar com Flordelis, Anderson do Carmo namorou com Simone dos Santos, herdeira da ex-deputada. O rapaz era um dos filhos afetivos da cantora gospel e, após o término com a moça, assumiu a ex-sogra quando completou maioridade.

Recentemente, Flordelis estava noiva de Allan Soares, com que se relacionava há 3 anos e pretendia oficializar a união na penitenciária. Os dois haviam entrado com o pedido de casamento para que a criminosa pudesse ter direito a visita íntima, haja vista que foi condenada a 50 anos de prisão. “Em respeito a todos os envolvidos, não vou me manifestar sobre essas mentiras”, escreveu o produtor, sem explicar maiores detalhes.

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