Filho de Faustão fala sobre o pai ao deixar o hospital
João Guilherme Silva contou que passou a noite com o apresentador, que está internado em São Paulo à espera de um transplante de coração
atualizado
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O filho de Faustão, João Guilherme Silva, atualizou o estado de saúde do pai, que está internado à espera de um transplante de coração. Em conversa rápida com a CNN Brasil, o rapaz contou que passou a noite com o apresentador na unidade de saúde, onde ele deu entrada no último dia 5, com um quadro de insuficiência cardíaca.
“Ele está bem, passei a noite aqui com ele. Está bem. Agradecemos o carinho de todos”, declarou, na porta do Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, São Paulo.
A espera por um coração
O Hospital Albert Einstein emitiu um novo boletim sobre o estado de saúde de Fausto Silva, no último domingo (20/8). Segundo o boletim médico, o apresentador foi incluído na fila única de transplantes de coração, por ter seu quadro agravado.
“Em 5 de agosto, Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein para tratamento de insuficiência cardíaca, condição que vem sendo acompanhada desde 2020. Ele encontra-se sob cuidados intensivos e, em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração”, diz o texto assinado pelos médicos Fernando Bacal e Miguel Cendoroglo Neto.
A fila, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, leva em consideração, para definir a prioridade de quem vai receber o órgão, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso, de acordo com a nota.
Na madrugada de sábado (19/8), após rumores de sua própria morte, Fausto Silva falou pela primeira vez desde sua internação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Em vídeo publicado por seu filho, João Guilherme Silva, nas redes sociais, ele se pronunciou pessoalmente sobre seu estado de saúde. “Por sorte, ainda não morri”, afirmou.
“Ô, galera! Hoje, o dia que a minha filha estreou [na TV], que eu fiz meu último programa na Band e que recebi uma mensagem maravilhosa do Johnny Saad [dono da emissora]. Eu, por sorte, ainda não morri. Estou preparado para coisas da vida”, começou discursando.
Com insuficiência cardíaca, Faustão está hospitalizado desde o dia 5 de agosto. Sua esposa, Luciana Cardoso, divulgou que em breve, o marido irá realizar um procedimento cirúrgico. Os boatos da morte do ex-Globo começaram a surgir após seu último programa na Band ir ao ar. Caio Castro compartilhou uma foto em preto branco com Fausto, falando da despedida e, logo, internautas suspeitaram do falecimento, mesmo após a divulgação de um boletim médico, onde dizia que o quadro de saúde dele era estável.
O problema de saúde
Muitos fãs de Faustão foram pegos de surpresa ao descobrirem que o apresentador está internado desde o último dia 5. O último boletim médico afirma que o paciente “encontra-se em cuidados intensivos” para tratamento de uma insuficiência cardíaca. Mas do que se trata o problema de saúde que acometeu o comunicador?
De acordo com o site do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Fustão está recebendo os cuidados necessários, a insuficiência cardíaca é uma síndrome “caracterizada pela incapacidade do coração de atuar adequadamente como bomba, quer seja por déficit de contração (sistólica) e/ou de relaxamento (diastólica) das câmaras cardíacas, comprometendo o funcionamento do organismo”.
A página alerta, ainda, que “quando não tratada adequadamente, reduzi a qualidade de vida e a sobrevida” do paciente. A insuficiência pode afetar os ventrículos esquerdo e/ou direito do coração.
A unidade de saúda revela, também, que o problema pode surgir em qualquer faixa etária e estima a prevalência em 1 a 2% da população: “Após os 70 anos, mais de 10% da população é acometida. Após os 55 anos, existe um risco de aproximadamente 30% de desenvolvimento da insuficiência cardíaca”, pontua o site. Faustão se encaixa no primeiro caso, já que tem 73 anos.
Os especialistas da unidade de saúde apontam, ainda, as causas do problema: “A insuficiência é considerada a via final comum das agressões sobre o coração e, neste contexto, os fatores de risco estão diretamente relacionados quer seja de forma independente, como a hipertensão arterial ou em conjunto (diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, dislipidemia, sedentarismo) culminando no desenvolvimento da doença arterial coronariana que pode levar ao infarto agudo do miocárdio ou diminuição da performance do coração por déficit crônico de perfusão do músculo cardíaco”, relata o texto.
E continuam: “Outras causas incluem doenças que acometem as válvulas cardíacas (degenerativas ou inflamatórias, como a doença reumática), doenças congênitas, etilismo, doenças genéticas, autoimunes, inflamatórias (periparto), por toxicidade (tratamento de câncer, anorexígenos e simpatomiméticos) e também infecciosas (mais comumente virais ou mediada por parasitas, como o Trypanossoma cruzi, responsável pelo desenvolvimento da doença de Chagas)”, detalham.
Entre os sintomas da insuficiência, que provoca um acúmulo progressivo de sangue nos pulmões, estão: intolerância ao exercício físico, falta de ar ao deitar, fraqueza, astenia [perda ou diminuição da força física], tosse seca e também, devido ao acúmulo de sangue no organismo como um todo, inchaço nas pernas e abdômen”.