Após ser processado, Ferrugem rebate acusação sobre compra de mansão
O cantor esclareceu o problema para a coluna com exclusividade, durante a passagem pela Maratona da Alegria, no último domingo (3/11)
atualizado
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Ferrugem, que vive um imbróglio na Justiça depois de uma proposta de compra de uma mansão, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, rebateu as acusações dos corretores. Os profissionais entraram com uma ação cobrando a multa em contrato, no valor de R$ 300 mil.
A coluna Fábia Oliveira conversou com o cantor nos bastidores da Maratona da Alegria, no último domingo (3/11), na Apoteose. De acordo com Ferrugem, houve uma falha na comunicação. Ele teria desistido do negócio e, a todo custo, procurou o vendedor para encerrar a compra, em vão.
Com isso, chegou o prazo final em que poderia informar o destrato, mas não recebeu o retorno do corretor. O imóvel estava avaliado em R$ 5,3 milhões. Foram dados R$ 100 mil de entrada e o restante seria pago em 39 parcelas, com cheques de R$ 100 mil e R$ 150 mil, assinados pelo pagodeiro.
Segundo o músico, foram enviadas mensagens e realizadas ligações, sem sucesso. Depois dele ter sustado os cheques referentes as parcelas da mansão, os corretores o procuraram, através de uma nota extrajudicial, falando sobre a multa, que não foi paga.
Desde então, Ferrugem luta para não ter seus bens penhorados em decorrência da ação aberta por Marcus Vinicius Troufa Lencastre Rodrigues e Ana Maria Lencastre Rodrigues, responsáveis pelo contrato particular de Promessa de Venda e Compra. O pagodeiro quer provar que desistiu da compra até a data limite e que, por isso, a multa está sendo cobrada indevidamente.
A história foi publicada pelo colunista Alessandro Lo-Bianco, em 2021. O jornalista teve acesso ao processo e noticiou que Ferrugem chegou a realizar o recolhimento do ITBI junto à Prefeitura.
A Escritura Pública de Promessa de Venda e Compra – com toda documentação necessária – ficou pronta para ser firmada pelas partes com a entrega das chaves, junto ao 2º Ofício de Notas da Comarca do Rio de Janeiro.
Mas, de acordo com os vendedores, Ferrugem não compareceu e nem ao menos foi localizado. O processo conta que somente no dia seguinte um recado chegou aos vendedores da mansão por meio de um corretor de imóveis avisando pelo telefone que o sambista havia desistido da compra, e por isso sustado todos os cheques.
Entretanto, os vendedores contam ao judiciário que Ferrugem ignorou o documento que ele mesmo assinou, pois nunca mais o músico retornou qualquer forma de contato, entre elas a notificação extrajudicial.
Ainda de acordo com o processo, “várias arbitrariedades” teriam sido cometidas pelo sambista como o não cumprimento do contrato realizado, a falta de respeito com os prazos previstos no contrato e, também, pela legislação pertinente ao tema, além do cantor não ter formalizado a desistência do negócio jurídico.
No total, os proprietários da mansão pedem a penhora nas contas do cantor no valor de R$ 466 mil.