Faustão é internado às pressas e deve passar por novo transplante
Após 6 meses da cirurgia no coração, o apresentador retornou para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com um novo problema
atualizado
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Nesta segunda-feira (26/2), Fausto Silva foi internado às pressas, após 6 meses de receber um transplante de coração. Porém, desta vez, o apresentador teve um problema renal sério e poderá ser submetido a um novo transplante, só que de rim. Faustão está no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Desde setembro do ano passado, Faustão passava por diálise, procedimento que serve para filtrar o sangue e remover o excesso de líquidos do corpo, três vezes por semana. A técnica era fundamental para a saúde do artista, já que ele teve o sistema renal comprometido quando passava por insuficiência cardíaca.
A cirurgia foi realizada em agosto do ano passado, após a piora em seu quadro clínico, que o levou para o topo da fila do Sistema Único de Saúde (SUS). “Sinto como se o meu coração batesse ainda mais forte, é uma sensação única. É algo que me faz sentir muito vivo”, comemorou em bate-papo com o UOL.
Médico explica situação de Faustão: “A condição mais temida”
Internado desde o dia 5 de agosto, no hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, Faustão está em cuidados intensivos para tratar a compensação clínica de insuficiência cardíaca. Durante a entrevista exclusiva com a coluna, o médico Edmo Atique Gabriel falou sobre causas, sintomas e tratamentos.
“Quando se pensa em doença cardiovascular, certamente a condição mais temida é a insuficiência cardíaca. A insuficiência cardíaca se contextualiza muito bem quando o indivíduo tem histórico de vários infartos do miocárdio, em caso de reumatismo das válvulas cardíacas (febre reumática), doença de Chagas em fase avançada e arritmias cardíacas”, explica.
De acordo com o cirurgião, a insuficiência se caracteriza por limitação física, muita falta de ar, inchaço nas pernas, distensão abdominal, redução do fluxo urinário, alterações cognitivas e de memória, retenção excessiva de líquidos e, o mais marcante, a necessidade de utilizar grande quantidade de medicamentos em doses geralmente elevadas. Como impacto final, a qualidade de vida entra em descenso, gerando depressão e alterações de autoestima.
De acordo com a progressão dos sintomas e a constatação da perda quantitativa e qualitativa de força do coração, em exames como teste cardiopulmonar e ecocardiograma, a insuficiência do coração pode ser tratada de uma forma mais individualizada.
“As pessoas precisam mudar seu estilo de vida e focar no compromisso de manter uma rotina de atividades físicas, sempre respeitando seus limites e obedecendo às recomendações médicas”, diz.