Família de Jeff Machado pede indenização por sumiço de itens do ator
O advogado Jairo de Magalhães contou para a coluna, com exclusividade, mais novidades sobre o processo e os cachorros do artista
atualizado
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Esta coluna descobriu novas informações importantes sobre o caso do assassinato de Jeff Machado. Em contato com o advogado que representa a família do ator, descobrimos que a leiloeira Leslie Moura Diniz de Araújo, amiga de Jeff e responsável pela comercialização e o processo de leilão público dos seus pertences – cujo acervo é extenso – prestou uma polêmica declaração que agora repercutirá nos tribunais.
A profissional, segundo o advogado Jairo de Magalhães Pereira, relatou uma série de itens que não foram localizados onde deveriam. Curiosamente, a família do ator, quando esteve na residência pela primeira vez, já havia notado que as coisas pareciam estar bem diferentes de como ficavam quando Jeff estava por lá.
Além disso, ficou claro que não só foram subtraídos itens da casa do ator como foram realizados saques em seus cartões de crédito após o crime. O prejuízo, em reais, é significativo.
Jairo de Magalhães informou, ainda, que foi protocolado, neste mês, um pedido de indenização a ser paga à mãe da vítima, no montante de R$ 74.505,64. Essa será uma forma de compensar tudo o que não mais estava na casa quando os familiares conseguiram nela ingressar. No momento, aguarda-se que a defesa de Bruno apresente a sua defesa preliminar para que uma primeira audiência seja agendada.
Outra novidade à qual tivemos acesso diz respeito aos cachorros de Jeff Machado. Como já noticiado, os animais foram abandonados no meio de toda aquela confusão. Agora, também segundo Dr. Jairo, foram juntados aos autos do processo os laudos elaborados pelo médico veterinário, André Barciela, que cuidava dos bichinhos de Jeff quando ele ainda era vivo.
Os relatóirios apontam para um estado grave dos animais, sendo válido lembrar que nem todos acabaram com vida nesta tragédia. Dos vários pets avaliados pelo profissional, todos com nomes de artistas, a maioria apresentava problemas na pelagem, sede e fome extrema, e até mesmo quadros de sepse e processos inflamatórios de alta gravidade.
Homicídio quadruplamente qualificado
No fim de julho, os acusados pela morte de Jeff Machado, Bruno Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva, tiveram a prisão temporária alterada para prisão preventiva. Bruno Magalhães, advogado da família do ator, relatou para a coluna, com exclusividade, que eles responderão por homicídio quadruplamente qualificado.
“O Ministério Público aceitou a denúncia, e a 1ª Vara Criminal da Comarca da Capita revogou a prisão temporária, decretando a preventiva, por entender que o crime foi quadruplamente qualificado”, explicou o advogado.
Os réus serão julgados pelos crimes de ocultação de cadáver, estelionato e contra o patrimônio de Jeff. No dia 15 de junho, Bruno Rodrigues foi preso temporariamente pela equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Vidigal, no Rio de Janeiro. Após um mês, em 13 de julho, a prisão foi prorrogada.
Já Jeander foi detido por policiais no dia 2 de junho. A prisão seria de 30 dias, porém também foi protelada, tornando-se preventiva. O garoto de programa foi quem ajudou o produtor a enforcar Jeff Machado com um fio, além de ocultar o cadáver.
Relembre o caso
O corpo de Jeff Machado foi encontrado em 22 de maio, dentro de um baú, enterrado e concretado a dois metros de profundidade em quintal de uma casa na zona oeste do Rio.
A família da vítima, natural de Santa Catarina, registrou o desaparecimento do ator em 4 de fevereiro, mas a Polícia Civil acredita que Jeff tenha sido morto ainda no fim de janeiro.
Bruno era considerado foragido da Justiça desde 1º de junho, quando teve a prisão decretada. O outro suspeito do crime, Jeander Vinícius da Silva Braga, foi detido em 2 de junho, no bairro de Santíssimo, zona norte do Rio.
No início deste mês, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão temporária de Bruno e Jeander pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com o promotor de Justiça Sauvei Lai, da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, Bruno planejou o assassinato do ator, com ajuda de Jeander, garoto de programa que, supostamente, tinha relações próximas com a vítima.
Os dois confessaram, em depoimento à polícia, terem ocultado o corpo. No entanto, atribuem o assassinato do artista a um terceiro homem, a quem chamam de Marcelo. A versão foi considerada fantasiosa e descartada pela polícia.