Fábio Gontijo avalia transplante capilar de Diego Hypólito: “A chave”
Em uma entrevista à coluna, o influenciador e dermatologista falou sobre o caso do brother do BBB25 que vem sendo bastante comentado
atualizado
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![Montagem colorida de Fábio Gontijo e Diego Hypólito - Metrópoles](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2025/01/27223651/Fabio-Gontijo-e-Dieho-Hypolito.jpg)
O influenciador e dermatologista Fábio Gontijo abriu o jogo sobre o universo do transplante capilar.
Em uma entrevista exclusiva à coluna Fábia Oliveira, ele abordou desde as técnicas mais modernas até os desafios de casos específicos, como o do atleta Diego Hypólito, que vem dando o que falar. O ginasta vem sendo alvo de críticas na web, desde que entrou no BBB25, por conta de seu transplante capilar.
Ao comentar sobre o caso de Hypólito, que realizou dois transplantes, Gontijo ressaltou a importância de um planejamento cuidadoso. “Naturalidade não é sinônimo de perfeição completa. Muitas vezes, uma linha frontal ligeiramente irregular é a chave para um resultado mais realista”, afirmou.
Sobre as críticas na internet, Fábio Gontijo acredita que um erro comum é subestimar a importância de alinhar o transplante às proporções faciais do paciente.
Confira a entrevista completa:
Como funciona o transplante capilar e em quais casos ele é recomendado?
O transplante capilar consiste na extração de folículos pilosos de uma área doadora (geralmente a parte posterior da cabeça) e sua reimplantação em áreas com perda de cabelo. É recomendado principalmente em casos de alopécia androgenética, mas também pode ser realizada em cicatrizes. Indivíduos com cabelo suficiente na área doadora e com expectativas realistas sobre os resultados são os melhores candidatos.
Quais são as técnicas mais modernas de transplante capilar?
As técnicas mais modernas incluem a FUE (Extração de Unidade Folicular), que envolve a remoção individual de folículos, e a técnica DHI (Implante Direto de Cabelo), que permite um implante mais preciso e menos invasivo, sem necessidade de incisões. Ambas minimizam cicatrizes e proporcionam resultados naturais.
Diego Hypólito já fez transplante capilar em duas ocasiões, em 2016 e em 2022. Qual é a diferença nesses casos?
As diferenças podem incluir a técnica utilizada, a quantidade de folículos transplantados, a área tratada, e a evolução do cabelo ao longo dos anos. Provavelmente ele queria maior volume de cabelos. É importante ressaltar que os fios que são implantados vindos da área de trás do couro cabelo não sofrem ação da testosterona (que podem fazê-los cair), mas o restante na região frontal com o passar do tempo pode ir miniaturizando. Por isso, é importante manter os tratamentos com um dermatologista mesmo após realizar implante capilar.
A internet critica muito o transplante capilar do Diego. Onde você acha que o profissional errou?
As críticas podem surgir devido à naturalidade do resultado, densidade capilar ou linha de cabelo que pode parecer artificial. Erros comuns incluem a escolha inadequada da linha frontal, a densidade excessiva em áreas específicas ou a falta de um planejamento apropriado considerando a estética facial do paciente.
Na sua visão, o transplante do Diego poderia ter sido planejado de forma diferente? Como?
As pessoas precisam entender que naturalidade não envolve “perfeição completa” e 100% de simetria. Muitas vezes propomos uma linha frontal até um pouco irregular, para simular naturalidade. Um planejamento mais cuidadoso quanto à linha do cabelo e à densidade pode ter contribuído para um resultado mais natural. Avaliar a proporção facial e as características individuais do paciente é crucial para um resultado harmonioso.
Como observar um sinal de transplante malfeito?
Sinais de um transplante malfeito incluem uma linha de cabelo artificialmente reta, folículos transplantados que não crescem adequadamente, diferença notável entre a densidade do cabelo transplantado e o cabelo natural, e cicatrizes visíveis.
Quais os fatores que determinam o sucesso do transplante?
O sucesso do transplante capilar depende de fatores como a técnica utilizada, a habilidade do cirurgião, a saúde do paciente, a qualidade dos folículos doados, e o cuidado pós-operatório.
Em que situações um retrabalho no transplante é necessário?
O retrabalho pode ser necessário se houver falhas na densidade, crescimento irregular dos fios, ou se o resultado estético não atender às expectativas do paciente. Também pode ser considerado em casos de calvície progressiva após o transplante inicial.
Existe a possibilidade de usar técnicas não cirúrgicas para melhorar o aspecto do resultado de um transplante?
Sim, tratamentos como PRP (Plasma Rico em Plaquetas), mesoterapia, e o uso de medicamentos como minoxidil podem ajudar a melhorar a saúde do cabelo e a aparência geral do transplante.
No caso de Diego, o transplante foi feito para aumento de volume. Por que isso pode ser mais desafiador do que a correção de áreas calvas?
Aumentar o volume requer uma distribuição uniforme e natural dos folículos, o que é mais complexo, pois a densidade e a angulação dos cabelos devem ser cuidadosamente planejadas para evitar um resultado artificial. Além disso, a expectativa do paciente em relação ao volume pode ser alta, tornando a satisfação mais desafiadora.