O desafeto entre Shayan Haghbin e Lucas Santos durante o confinamento de A Fazenda 14. no ano passado, rendeu um inquérito policial fora do reality show. O ex-Casamento às Cegas decidiu denunciar o ex-Carrossel pelo crime de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal Brasileiro, em dezembro. Recentemente, o Ministério Público se manifestou sobre o caso.

De acordo com a peça inicial do inquérito, a briga entre os dois começou a partir do momento em que Lucas chamou Shay de “maníaco”, “machista”, “enrustido”, “homofóbico”, “tarado” e até mesmo de “psicopata”. Segundo os representantes do iraniano, sua cultura foi ofendida, sua família injuriada e sua integridade física ameaçada.

No dia 13 de outubro de 2022, ainda segundo as informações, a situação teria se agravado. Isso porque Shayan se envolveu em uma discussão com outra participante, que integrava o grupo de Lucas. Esta o agrediu verbalmente e fez acusações descabidas. Ao saber do ocorrido, Lucas teria tratado de ir atrás do empresário, o acusando de ser um homem machista, que só tinha coragem de se impor perante os mais fracos.

Em determinado momento, Lucas teria dito, ainda, que Shay deveria “ter medo” de quem andava com ele, em um tom de ameaça. O ator teria ido além, ao afirmar que andava com “um negocinho diferente” na cinta, dando a entender que portava alguma espécie de arma, e que Shay iria “tomar uma surra bem dada”. Lucas também declarou ser um atirador esportivo, fazendo um gesto com seu indicador de modo a simular uma arma.

Em fevereiro de 2023, Lucas Santos deu a sua versão dos fatos. Segundo ele, Shay era responsável por sempre dar início a confusões durante o confinamento do reality show. Na peça, o ator afirmou que, durante a discussão com o iraniano, teria, sim, feito gestos com a mão mostrando seu polegar. No entanto, negou ter feito menção a armas de fogo.

Ainda no relatório, o ex-Carrosel negou também ter ameaçado Shayan. Ele chamou atenção para o fato de que, dentro de um confinamento, discussões são comuns e fazem parte do cotidiano, e afirmou ter se retratado com o ex-colega de reality, mas ele não teria aceito suas desculpas.

O relatório final foi encaminhado ao Ministério Público e, em 15 de fevereiro, a Promotora de Justiça, Thais Nascimbeni Buchala Hidd, se manifestou no sentido de indicar que o crime de ameaça é um “crime de menor potencial ofensivo”.

Esta coluna explica: “O crime de menor potencial ofensivo é aquele cuja pena máxima é menor do que dois anos”. No caso, a pena máxima do crime de ameaça é de seis meses de detenção. Nessa situação específica, os autos devem ser enviados para alguma Vara dos Juizados Especiais Criminais, que têm competência para julgar o feito.

Diante disso, será necessário esperar que os autos sejam enviados para o seu real destinatário para que possamos descobrir o que acontecerá com o episódio de conflito entre Shay e Lucas.

Lucas procurou a coluna, que mostra a resposta do ex-Fazenda com relação ao assunto:

“O Inquérito que permanece em tramitação foi divulgado de forma parcial, sendo necessária a manifestação de Lucas Santos.
Inicialmente cumpre afirmar que os gestos com a mão efetuados por Lucas Santos, não foram no sentido de ameaçar o outro participante do reality.

Inclusive a este respeito, Lucas Santos, em sua oitiva, informou e comprovou nos autos que também foi ameaçado pelo outro participante e manifestou o seu desejo de Representação Criminal no mesmo Inquérito Policial.

Logo, a manifestação do Ministério Público, será analisada pelo Ilustríssimo Juiz de Direito, que não deixará de analisar o Inquérito em seu pleno teor, inclusive quanto ao desejo de Lucas Santos.

Importante dizer que o outro participante em sua oitiva, focou apenas sobre um fato isolado, mas não negou ou afirmou suas ações agressivas contra Lucas Santos e outros participantes dentro do mesmo Reality, que, diga-se de passagem, algo tão recorrente que causou sua expulsão do programa.

Frisa-se que é um direito constitucional de todos buscarem pela justiça, mas que ninguém pode ser considerado culpado até o transito em julgado de uma Ação”.