Exclusivo! Michele Umezu, mãe de um dos filhos de Ronaldo, fala sobre anabolizantes
Fisiculturista reavaliou o uso de esteroides, com acompanhamento médico, para ter um bom desempenho nas competições, após proibição
atualizado
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) vetou a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides, androgênicos e anabolizantes (EAA) com finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. Michele Umezu, mãe de Alexander, um dos filhos de Ronaldo Nazário, revelou que fazia uso das substâncias com o acompanhamento de um médico para ter uma melhor performance no fisiculturismo, mas que resolveu repensar a utilização das substâncias.
“Não pretendo (usar). No momento não estou competindo, volto competir em julho, usava na minha preparação. Eu realmente preciso secar, para isso, eu preciso de dieta. Como já consegui massa muscular, então fica mais fácil não usar esteroides”, comenta ela, em um papo exclusivo com essa coluna.
A atleta está começando a se preparar para o próximo Musclecontest Rio em julho. Ela conta que não está com o shape que gostaria ainda: “Está muito difícil fechar minha dieta. Eu estou com 63 kg no momento. No dia do campeonato, consigo chegar aos 56kg. Na desidratação onde a mágica acontece”, completa.
Ela acredita que é possível continuar com o shape sarado sem usar anabolizantes: “Consigo e eu vou provar. A dieta é a chave do shape. Meu coach, Arthur Pereira, é nutricionista de atletas de fisiculturismo, maior equipe do Brasil. Ele sabe trabalhar com atletas naturais, inclusive, na nossa equipe temos atletas naturais com shapes incríveis. Se anabolizante fosse um milagre, todo mundo poderia competir fisiculturismo ou virar bodybuilder”, pondera.
A empresária relata que sentiu efeitos colaterais quando fazia uso sem acompanhamento médico. “Já tive problema quando eu fazia errado. Meu ex aplicava errado e fiquei com muita acnes, queda de cabelo, os pelos engrossaram e a voz também. Foi horrível, mas eu consegui resolver o colateral, parei de usar e comecei fazer o terapia pós-treino, TPC é o uso de dietas específicas ou medicamentos entre os ciclos de esteroides anabolizantes, cujo foco é reduzir os efeitos colaterais”, recorda.
Michele opinou sobre a decisão do Conselho Federal de Medicina quanto ao uso dos esteroides. Ela acredita que será bom por um lado, pois haverá um maior controle, mas faz uma ressalva: “Quem precisa fazer a reposição hormonal vai fazer com hormônio… Todo mundo precisa, numa certa idade, de reposição hormonal, homens e mulheres. Inclusive quem critica o uso do anabolizante”, dispara, antes de completar:
“Para quem não sabe, anabolizante é hormônio. É tanta coisa que poderia ser proibida no Brasil. Eu só acho que quem usa deve procurar um médico responsável, que entenda do assunto, que tenha experiência no uso esportivo, com indicação de exames, tudo direitinho”, aconselha.
Michele citou um dos tratamentos muito usados pelos famosos: “Será que o “chip da beleza” será proibido também?! Porque são hormônios também… Como que vão fazer para tratamento com crianças com nanismo? E reposição hormonal? Acredito que existe um mercado que ganha muito e envolve muita gente: médicos, indústria, laboratórios. Até porque não é qualquer um que pode pagar o chip da beleza”, declarou.
E continuou sua análise: “Tanta coisa importante para ajudar as pessoas, como a principal causas de mortes. Mais que os anabolizantes, o que deveria ser o principal é a preocupação com a saúde. Inclusive, outras coisas consideradas drogas, como cigarro e álcool. Cigarro pelo câncer e álcool por tantas vidas perdidas em acidentes no trânsito”.
O chamado “chip da beleza” é indicado para tratamentos de distúrbios ginecológicos não-estéticos, mas se popularizou por, supostamente, acelerar a perda de gordura e ganho de massa magra. Michele reafirma: “Mas, milagre não existe, certo? Efeitos colaterais severos podem estar associados ao chip da beleza, que podem durar anos”.
Ela revela, ainda, que tem medo de colocar o chip da beleza. Por isso, não pensa nesse tratamento para substituir a aplicação de esteroides através de injeções. “Eu conheço pessoas que colocaram e tiveram muitos colaterais. Não pode tirar na hora que quer, tem que esperar um tempo para o médico tirar. Acho muito complicado. Eu já tive amigas com muitos colaterais com o uso do ‘chip da beleza’, como ganho de peso, sangrando o mês todo, acne. Uma amiga relatou que vai ter que fazer uma minicirurgia porque o chip está machucando ela”, explica.