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Exclusivo: acordo de produtora com vidente acaba em ameaça e delegacia

Brunna Cris contou para a coluna que Chaline Grazik a convidou para fazer um filme sobre sua vida, mas desistiu após iniciar o trabalho

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Chaline Grazik posa com uma bola de criatal - Metrópoles
1 de 1 Chaline Grazik posa com uma bola de criatal - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

O que era para ser o projeto promissor de um filme sobre a vida de Chaline Grazik, conhecida como a “vidente oficial das estrelas”, terminou em estresse, ameaça e registro de um boletim de ocorrência na polícia. E querem saber tudo o que aconteceu? Então vamos contar para vocês, queridos leitores, agora.

A produtora audiovisual Brunna Cris conversou com a gente, com exclusividade, sobre a tensão que vem sofrendo nas últimas semanas. Tudo começou, segundo ela, quando Chaline enviou uma mensagem, no dia 1º deste mês, pedindo para que seu irmão fosse escalado para um filme que ela estava produzindo. Até aí, tudo certo.

No decorrer da conversa, a produtora relatou que a vidente demonstrou interesse em contratá-la para fazer um filme sobre sua vida. No bate-papo, elas falaram sobre orçamento, que ficaria entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. De acordo com Brunna, Chaline Grazik aprovou verbalmente o orçamento e pediu que ela já começasse a ver o elenco, pois tinha pressa para começar a gravar.

“Do dia 1º ao dia 3, me dediquei completamente a ela, respondendo às mensagens, enviando vídeos das crianças para seleção do elenco. Deixei meus projetos de lado para poder atendê-la. E ela aprovou três crianças, uma adolescente e uma adulta para viverem as personagens do filme. Nas gravações, os atores falaram o texto solicitado por ela”, detalhou Brunna, tanto no bate-papo com a coluna quando no Boletim de Ocorrência.

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Acordo de produtora com vidente Chaline Grazik acaba em ameaça e delegacia
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Após receber as filmagens e dar seu ok para o elenco, a produtora disse que ela pediu autorização para publicar tudo no Instagram, como forma de divulgação: “Os ‘testes’ dos atores, entre eles três crianças, e um vídeo meu afirmando que faríamos o filme foram postados no Instagram da Chaline. Em seguida, na segunda-feira (4/3), a advogada dela entrou em contato e afirmou que tudo estava cancelado, deixando minha imagem prejudicada junto aos responsáveis pelos atores, além de ter usado nossas imagens, causando decepção e sofrimento nas crianças”, recordou.

Brunna, então, revelou que procurou Chaline e foi aí que tudo desandou: “Quando fui questionar sobre o cancelamento do projeto, ela proferiu ameaças via WhatsApp, dizendo que ia às redes sociais me expor, que ia procurar a mídia, que com ela as coisas eram diferentes e que eu a estava incomodando. Foi uma situação bem desagradável”, disse, antes de completar:

“Ela falou pra mim, no decorrer do fim de semana, que na segunda-feira a advogada iria entrar em contato para enviar os contratos. Ela estava ciente do valor, que estava aprovando as pessoas para o trabalho, e depois alegou que não tinha contato assinado comigo e tudo o que aconteceu não tinha validade nenhuma”, reclamou.

Brunna chegou a gravar um vídeo confirmando que faria a produção com Chaline e a vidente fez um vídeo confirmando o início das gravações para maio e convocando figurantes para o período de trabalho.

“Nunca que eu iria imaginar que uma pessoa pública como a Chaline iria divulgar a minha imagem e a das outras pessoa e depois, simplesmente, iria cancelar. Era uma coisa que não estava nem nos meus pensamentos”, analisou.

E continuou com seu desabafo: “Uma coisa é você tomar um golpe de uma pessoa que aparece na sua vida pedindo algo, outra coisa é uma pessoa conhecida chegar em você e falar ‘olha, quero te contratar, mas na segunda-feira te mando o contrato’. É óbvio que eu ia correr atrás pra fazer o melhor pra ela. Até porque ela falou que queria rodar o filme em maio e estamos em março porque ela está grávida”.

Ainda durante a conversa, Brunna assumiu ter acreditado na vidente: “Pensando friamente, soa como irresponsabilidade da minha parte. Tipo ‘ah, a produtora fechou e pediu vídeo sem contrato?’. Mas houve um acordo verbal, um acordo comercial. Então fui muito ingênua, talvez, mas fiz na maior da boa vontade. Era um trabalho grande, que ia trazer muitas coisas boas para as crianças com quem trabalho. Então, fiz e me dediquei 200%. Me senti lesada, uma porcaria de pessoa, uma péssima profissional”.

E encerrou: “Tomei coragem para falar porque é uma coisa muito séria e não deveria ficar impune. Eu não posso sofrer ameaça e ser acusada de uma coisa que eu não fiz. Eu só fiz o que ela pediu. Não assinei contrato? Não assinei porque ela disse que ia mandar na segunda e eu acreditei. Meu pecado foi a ingenuidade, confiar, acreditar no ser humano? Pode ter sido. Mas eu não merecia, não recebi um real pelos dias que eu trabalhei, ela não deu uma satisfação pra ninguém e simplesmente mudou o Instagram dela todo. Na minha experiência, o que deu a entender foi que ela usou esse filme como marketing para poder atrair pessoas”.

Depois de toda essa confusão entre a vidente e a produtora, ela apagou os vídeos dos atores. Mas a live ainda está disponível no perfil oficial dela.

Procurada pela coluna, a advogada da Chaline, Eliane Zorzi informou que as tratativas realizadas com a Brunna foram em particular e que foi informado a ela que o contato, antes de qualquer coisa, seria para formalização de contrato com a representante legal.

A despeito de ter sido ameaçada por Chaline e sua advogada, esta coluna, enquanto veículo de imprensa, tem o direito de informar, desde que respeitada a ética, e que o faz, lembrando que todos os fatos aqui narrados não foram por ela criados, mas sim trazidos, e imputados por Bruna.

Assista à live feita por Chaline sobre o filme

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metropoles.comFábia Oliveira

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