Ex-Globo, Rodrigo Alvarez estreia na TV Aparecida com conteúdo inédito
O jornalista, que estreia na TV Aparecida a série Expedições ao Sagrado, dia 19 de outubro, bateu um papo exclusivo com a coluna. Confira!
atualizado
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Por mais de 20 anos Rodrigo Alvarez atuou como repórter nos principais jornalísticos da TV Globo chegando ao cobiçado cargo de correspondente. Passou por várias cidades do mundo até desembarcar em Jerusalém, em Israel. Por lá, ele se aprofundou em pesquisas e escreveu livros baseados em temáticas religiosas que viraram best-sellers, entre eles uma biografia de Maria, Mãe de Jesus.
Em 2019, o jornalista deixou a emissora dos Marinho e, desde 2023, vem percorrendo muitos lugares sacros pelo mundo. Essas viagens estão no Jornada Infinita, projeto que originou produções como Expedições ao Sagrado, série que estreia no dia 19 de outubro, às 22h, na TV Aparecida.
O novo programa, com 24 episódios semanais, é formado por viagens fascinantes, como em locais pela Terra Santa, fundamentais para o judaísmo e início do cristianismo, até regiões da história nos últimos 2000 anos.
Nesta entrevista, Rodrigo Alvarez fala do seu retorno à TV e das reportagens especiais que serão mostradas no canal católico, com apresentação de Sérgio Patrick.
Como surgiu a ideia da produção do Expedições ao Sagrado?
A série Expedições ao Sagrado foi uma consequência de seis meses bem-sucedidos do projeto Jornada Infinita, que nos levou a desbravar lugares sagrados pelo mundo, desde o Monte Sodoma, em Israel, até as Catacumbas de Santa Águeda, em Malta; passando por diversos outros lugares interessantes e ao mesmo tempo intrigantes. Expedições ao Sagrado é o resultado de um grande esforço coletivo de uma equipe, que vem trabalhando diariamente para produzir um conteúdo, que até então – eu acredito – não existia disponível nem na TV e nem na internet no Brasil.
E a parceria com a TV Aparecida?
A ideia de trazer as incursões do Jornada Infinita pelo mundo para a TV Aparecida surgiu de uma conversa com o Padre Mauro Vilela, diretor de produção da emissora, quando nós percebemos a grande afinidade que existia entre o público do Jornada Infinita na internet e o público da TV Aparecida. Mas o programa que nós estamos trazendo tem algumas novidades e a maior delas, eu diria, é a apresentação do Sergio Patrick, um repórter com experiência internacional de mais de 20 anos, que vai conduzir os telespectadores a cada uma das experiências que vamos apresentar ao longo dos episódios.
Fale das gravações nas locações. Os episódios serão sempre em lugares diferentes?
São 24 episódios e em muitos mais lugares. Por exemplo, nosso primeiro episódio tem três locações diferentes. Vamos ao Rio Jordão falar sobre o batismo de Jesus, vamos ao Museu do Louvre, em Paris, e também a Caná, na Galileia, para falar do episódio citado no Evangelho de João, As Bodas de Caná. Além disso, a gente apresenta, no mar da Galileia, um milagre que os Evangelhos relatam ter sido realizado por Jesus. Então, cada episódio é uma surpresa. Às vezes, vamos a muitos lugares, às vezes, um único lugar, mas sempre trazendo um conteúdo exclusivo, inédito e visualmente muito bonito.
Você produziu a documentário Os Caminhos de Jesus para o Globoplay, certo? No que ela se difere desta produção na TV Aparecida?
Na série Os Caminhos de Jesus a gente mostrou em detalhes os três anos aproximadamente de pregação de Jesus, passando por cada uma das etapas. Agora, em Expedições ao Sagrado, é um pouco diferente, pois vamos a vários lugares e a diversos momentos da história para falar, não só da fé cristã, mas também de outras religiões, como, por exemplo, o judaísmo, que tem tanta afinidade com o cristianismo. Agora, em termos de qualidade de produção, a gente está trazendo para a TV Aparecida a mesma qualidade que levou para o Globoplay, tanto em termos de imagem como de conteúdo.
Como surgiu seu interesse pela história bíblica? E de que forma isso se desenvolveu?
A minha curiosidade sobre a religião começou nas aulas do Frei Heliodoro, no Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro, que sempre terminavam com uma Parábola de Jesus. Eu me lembro que o Frei Heliodoro era um grande contador de histórias, uma pessoa muito carismática, que nos trazia muito para perto dele, enquanto nos contava aquilo que os Evangelhos relatam. O tempo passou e quando eu fui viver em São Paulo, já adulto e trabalhando como correspondente da TV Globo, eu me interessei pela história de Nossa Senhora Aparecida. Então, decidi pesquisar para escrever um livro que trouxesse a fé em Aparecida para um contexto cultural brasileiro, que identificasse o fenômeno Aparecida dentro da história do Brasil. Isso nos leva a entender também o começo da formação do povo brasileiro, quando sequer éramos chamados de brasileiros. Quando não existia futebol, samba, carnaval, quando nosso país ainda estava começando a criar sua identidade. E a partir da pesquisa para o livro Aparecida, que durou quatro anos, eu comecei a perceber que o meu interesse era mais profundo. Fui morar em Jerusalém, a convite da TV Globo, e lá aprofundei minha pesquisa e escrevi diversos livros, entre eles uma biografia de Maria, Mãe de Jesus, e outros livros sobre Jesus, os Apóstolos e a fé cristã.