Ex-coelhinha da Playboy passa por dificuldades financeiras
Eni Helena Novakoski conversou com esta coluna, com exclusividade, recordou a vida luxuosa que tinha e pontuou alguns problemas que enfrenta
atualizado
Compartilhar notícia
Uma vida de muito trabalho, fotos em revistas, fama, luxo, joias e viagens. Era assim que a ex-coelhinha da Playboy, Eni Helena Novakoski, passava seus dias no início da década de 80, quando já fazia sucesso e foi tema da matéria principal e do pôster da revista masculina mais famosa da época. Ela foi a primeira modelo a posar para as lentes J. R. Duran na Playboy.
Completando 65 anos nesta quarta-feira (5/7), a atriz e modelo, hoje aposentada, lembra com carinho e nostalgia desses anos de ouro. Porém, Eni vem passando uns perrengues nos últimos anos: com problemas na coluna, vivendo sozinha e apenas com um salário de aposentadoria, ela, que foi bancária nos EUA, dá aulas de inglês para completar a renda e precisou vender o carro para arcar com os impostos da casa onde mora.
“Já fui atriz, modelo, playmate da Playboy e até milionária. Ao me mudar para os Estados Unidos com meu então marido [Arnaldo Zonari Filho, filho de Arnaldo Zonari, importante empresário do setor de exibição e produtor de cinema], comecei a estudar inglês, mas as coisas não deram muito certo e acabei me separando. Depois disso, fui gerente de um banco por lá, mas fiquei doente, acabei perdendo tudo e voltei para o Brasil”, contou ela, com exclusividade, para esta colunista.
Apesar de ter vivido com o milionário por 8 anos, Eni não teve direito a nenhuma ajuda financeira dele, pois a advogada que contratou perdeu todas as provas que tinha do relacionamento: “Todas as provas que eu tinha de ter vivido 8 anos com ele foram perdidas. A advogada foi até Curitiba conversar com o irmão do meu ex para tentar resolver minha questão, nunca mais apareceu para dar notícia e os documentos sumiram”, lamentou.
Após viver uma vida de luxo, Eni relatou que vem passando por muitas dificuldades: “Hoje, tenho problema de coluna, preciso de ajuda para me locomover, mas vivo sozinha. Como sou fluente no inglês, dou aulas para ajudar no orçamento doméstico, mas tenho poucos alunos. Atualmente, estou apenas com dois. Por conta da pandemia, perdi a maioria deles. Está difícil viver assim”, desabafou.
Eni recordou também que ficou sem meio de locomoção para ir ao médico, pois precisou vender o carro: “Tive que me desfazer do veículo para colocar o IPTU da minha casa em dia. Mas preciso de um carro para ir ao médico e no mercado, que é onde eu vou ultimamente”, disse ela, que mora em Ponta Grossa, no Paraná, onde nasceu.
A ex-atriz detalhou, ainda, que gasta boa parte da aposentadoria com medicamentos para seu problema de coluna: “São R$ 500, R$ 600 de medicamentos todo mês. Do salário mínimo, não sobra quase nada. Mesmo fazendo a cirurgia e o acompanhamento pelo SUS, minha coluna só tem piorado e nenhum médico consegue resolver. Enquanto isso, tomo remédios fortes e não melhora”.
Ainda durante o bate-papo, Eni afirmou que resolveu falar para ver se consegue ajuda: “Minha intenção é chamar atenção para, talvez, alguém me ajudar. Além disso, preciso divulgar meu único ganha pão de hoje, que são as aulas de inglês e traduções. Quem sabe, consigo ter meu carro de volta e ganho um computador para poder dar minhas aulas. Já até se ofereceram pra escrever minha história e transformar em livro, mas não tenho condições de custear isso”.
Carreira na adolescência
Eni começou a carreira de modelo aos 14 anos, quando se mudou para São Paulo. Na época, ela juntou um dinheirinho trabalhando como caixa de um supermercado e fugiu de casa. Na “terra da garoa”, ela morou por um tempo com uma prima. Seu primeiro trabalho na TV foi na novela O Espantalho, em 1977, da antiga TVS, hoje SBT. Logo depois, ela ficou pouco mais de um ano como assistente de palco de Silvio Santos, antigamente chamada de “telemoça”.
Mesmo não querendo recordar essa época, Eni fez parte do time de atores das pornochanchada, que eram filmes de comédia erótica, para conseguir mais visibilidade. Para separar as carreiras, ela usava nomes artísticos diferentes para as filmagens e para os trabalhos como modelo. Depois que se mudou para os Estados Unidos com Arnaldo, a atriz chegou a atuar em filmes de Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone.