Ex-bailarina do Faustão, Natacha Horana já havia sido presa anos atrás
Em julho de 2020, a moça foi detida por desacato a guardas municipais de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, em uma festa clandestina
atualizado
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A ex-bailarina do Faustão Natacha Horana virou assunto, na terça-feira (19/11), após ser presa em São Paulo, acusada de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e de integrar organização criminosa. Mas o que muita gente não sabe é que não foi a primeira vez que ela teve problemas com autoridades.
Em julho de 2020, em meio à pandemia, a moça foi detida por desacato a guardas municipais de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, em uma festa clandestina. Na ocasião, ela estava hospedada em um apartamento de luxo alugado por turistas do Rio. A Polícia Militar recebeu uma denúncia de uma festa com som alto no local e enviou fiscais da prefeitura acompanhados de guardas municipais.
A tal festa reunia cerca de 20 pessoas de diferentes localidades do Brasil e a ex-bailarina, ao perceber a presença doa agentes, se trancou em um dos cômodos da casa. Ao conseguirem revistá-la, segundo relato dos guardas, ela os desacatou. Ainda segundo eles, ela estava com sinais de embriaguez e alteração do comportamento.
Natacha Horana foi levada para a Central da Polícia e foi feito um boletim de ocorrência. Segundo o documento, ela foi detida por desacato a autoridades e agressão.
Na época, o advogado da bailarina, Carlos Felipe Guimarães, afirmou que os agentes agiram de forma incorreta: “Inadmissível a postura dos agentes, pois não havia situação de flagrante delito que justificasse a invasão do apartamento, bem como detiveram Natacha a força sob fundamentos ilegais, além dos guardas usurparem a função da Polícia Militar, estabelecida na Constituição Federal”, disse ele.
A prisão atual
A dançarina foi detida na última quinta-feira (14/11). O habeas corpus pedido pela defesa da bailarina em 15 de novembro, um dia após a prisão, foi negado. Com ela, policiais apreenderam R$ 119.650 em dinheiro vivo. A polícia também recolheu várias bolsas, onde as notas estavam guardadas, além de um carro. As informações são de LeoDias.
Em uma das duas últimas postagens nas redes sociais, que data do dia 7 de novembro, Natacha Horana aparece saltando de paraquedas. “Só de assas pra quem sabe voar… Uma das experiências mais loucas da vida mas que não dá pra morrer sem ter feito”, escreveu. Nesta segunda, já após sua prisão, o perfil publicou um story de uma paisagem de praia.
Em abril deste ano, Natacha disse que sofria preconceito por ser “sexy e bem-sucedida”. “É muito triste ver que as pessoas contestam a nossa inteligência. Vi que a Juju [Salimeni] já sofreu isso tempos atrás e vejo uma semelhança no meu caso, porque tanto homens quanto mulheres agem direto assim comigo. De homens, a gente já até espera, por conta da sociedade machista que vivemos, mas fico mais chateada ainda quando vejo alguma mulher criticando minhas fotos e meu jeito de ser”, desabafou.
Quase assalto
Poucos meses depois, em agosto, ela afirmou que quase foi vítima de um assalto em São Paulo. Nas redes, a bailarina publicou que estava no banco traseiro em um carro de transporte executivo quando um assaltante quebrou o vidro com um ferro para roubar seu celular. A famosa estava a caminho do Aeroporto de Guarulhos.
“Estava perto do vidro no canto do carro. Quando o carro parou no farol. Estava mexendo no celular, com a luz baixa e com o vidro com insulfilme. Meio sonolenta. Escutei um barulho muito alto no meu ouvido. Um monte de vidro caindo em cima de mim”, começou Natacha Horana.
“Na hora pensei que era batida, ou tiro. Gritei e pensei. Morri. Aí foi quando senti uma mão tentando pegar meu celular”, detalhou o assalto. “Mas ele só tentou uma vez. Porque eu comecei a gritar e o motorista andou com o carro. Vi ele andando de volta pra debaixo da escada. Com um blusão preto. Com a mão no bolso. Meu medo era ele estar armado”, encerrou a bailarina.
Defesa se manifestou nas redes sociais
Na noite de terça-feira (19/11), a defesa de Natacha Horana usou as redes sociais para se manifestar sobre a ação da Polícia Civil. A ex-bailarina do Faustão foi presa em São Paulo, acusada de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e de integrar organização criminosa.
“De forma abusiva e injustificada, ela acabou injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas”, alegaram.
Os advogados seguiram: “Conforme se demonstrou no processo, sua menção e prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo”.
Por fim, os especialistas explicaram que não há provas concretas de que Natacha Horana esteja envolvida com os crimes:
“E, diante disso, e principalmente pela inexistência de indícios de seu envolvimento e motivos para a continuidade dessa medida, aguarda-se o exame de pedidos feitos visando o imediato restabelecimento de sua liberdade e dignidade”, concluíram.