Esposa diz que Cid Moreira não a reconheceu no último dia de vida
Fátima Sampaio também explicou o motivo de não ter contado a ninguém sobre o estado de saúde do marido, que morreu aos 97 anos
atualizado
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Fátima Sampaio, esposa do apresentador Cid Moreira, falou sobre a morte do marido em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, na TV Globo. O jornalista, que morreu aos 97 anos nesta quinta-feira (3/10), teria ficado lúcido até o fim da vida. Apenas na noite de quarta (2/10) que ele não reconheceu a, agora, viúva.
Fátima também revelou o motivo de não ter contado a ninguém sobre o estado de saúde de Cid. Ele ficou quase um mês internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do RJ.
“Não contei para ninguém para manter a privacidade dele, esperando que ele fosse voltar para casa. Fiz meu melhor como ser humano. Temos quase 25 anos juntos, não é brincadeira, é uma história e tanto. Sei da idade dele, mas sempre falava que queria mais um pouquinho. Ele sempre falava que estava cansado, que os últimos anos tinham sido difíceis. O rim, o problema crônico, que cansa a pessoa, a máquina faz um trabalho maravilhoso, mas não é o seu órgão. Ele estava lúcido até o fim”, disse ela.
Em outro momento, ela completou: “Passei um mês acampada aqui, não tinha outro lugar para estar. A gente vinha lutando, a idade não é fácil, ela chega para todo mundo”. “Quando me avisaram que ele estava partindo, fiquei meio perdida e pensei em você [Patrícia Poeta]. Só falei com você porque você é muito gentil, e ele é um homem público. Senão, estaria quietinha vivendo o meu luto”, disse ela emocionada.
A viúva de Cid Moreira chegou a dizer que estava “um pouco grogue” após saber da morte do marido, mas relembrou como era a relação deles e como superaram a diferença de idade. “A gente se divertia muito com a diferença de idade, a gente acabava rindo junto. Estou em modo grogue”, falou.
A viúva disse, também, que o marido falava sobre a morte e fazia planos para seu enterro. “Ele falou para mim que quer ser enterrado em Taubaté, quer ficar perto da primeira esposa, da filha que foi, do neto que foi. Já conversei com os parentes dele. Pensei em fazer uma despedida aqui em Petrópolis ou no Rio, e depois ir para a terra natal dele”, revelou.