“Esperando a polícia fazer algo”, desabafa Diego Pupe após agressão
O ex-assessor de Renan Bolsonaro conversou com a coluna, com exclusividade, e falou sobre a morosidade das autoridades
atualizado
Compartilhar notícia
Após ser agredido no Estádio Mané Garrincha, na noite de quinta-feira (18/7), Diego Pupe, ex-assessor de Renan Bolsonaro, conversou com a coluna, com exclusividade, e deu outros detalhes do ataque. O rapaz ainda fez um desabafo sobre a morosidade das autoridades em resolver a questão, já que fez diversas denúncias contra seu agressor e nada foi feito.
“O agressor está envolvido em um inquérito. Estou esperando a polícia do Distrito Federal fazer algo. É um inquérito que o Renan também está junto. A gente divulgou uma empresa, ofereci para vários amigos e seguidores. A gente anunciou o iPhone e era golpe”, começou ele, falando sobre o contato que teve com o empresário.
E continuou: “Esse rapaz que me agrediu já vem me ameaçando há um tempinho. Tenho vários boletins de ocorrência, subiu para juizado e tudo, mas é isso. Depender da Justiça é isso”, relatou.
No fim, ele contou que foi surpreendido pelo agressor: “Eu nem tinha visto o vulto dele. Eu estava no evento, ele me abordou e me agrediu. Vou tentar uma medida protetiva devido às outras ameaças que ele tinha feito”, contou.
O ataque pelas costas
A madrugada de sexta-feira (19/7) foi tensa para Diego Pupe, ex-assessor de Renan Bolsonaro que afirmou ter se relacionado com o filho mais novo do ex-presidente da República. O rapaz foi parar na 5ª DP de Brasília após ser agredido. Nos stories, com o rosto ensanguentado, ele deu detalhes sobre o ataque.
“Estava no Mané Garrincha e fui agredido por um agressor que tenho vários processos contra ele. E a Justiça do Brasil, infelizmente, é isso. Ele me pegou por trás, de costas, porque ele é um covarde. Estamos aqui na delegacia e vamos seguir com todas as medidas cabíveis. Estou aguardando meus advogados porque fui resgatado pela Polícia Militar”, relatou.
E continuou seu desabafo: “Estou aqui mais uma vez, pra registrar mais uma queixa, entrar com mais um processo contra a mesma pessoa e nada dá”, declarou.
Em seguida, Diego Pupe deu mais detalhes sobre seu agressor: “Estou registrando mais uma queixa contra o Vitor, que é um empresário lá da feira dos importados que vende iPhone. Já tenho vários processos contra ele. E eu quero dizer que estou bem, mas vou seguir mais uma vez contra ele”, garantiu.
Logo depois, o ex-assessor de Renan Bolsonaro deu detalhes sobre o ataque: “Estava indo ao banheiro do evento quando fui surpreendido pela agressão dele. Ele é tão covarde que me pegou de costas, supernormal, né, pra quem é covarde. Essa pessoa já é bem falada da Justiça brasileira”, disse, afirmando que vai postar mais provas contra o empresário.
Diego Pupe revelou, ainda, que conseguiu imagens das câmeras do estádio e ainda contou que o agressor aproveitou uma distração de seus seguranças para bater nele.
“Eu estava com segurança, sim. Eu tava bem apertado pra ir no banheiro e meus seguranças estavam distraídos lá. Eu saí do camarote e acabei indo no banheiro sozinho, sem ajuda de amigos e seguranças. E ele acabou sendo covarde, me pegou e me agrediu”, denunciou.
Caso amoroso com Renan Bolsonaro
Após Jair Renan Bolsonaro contar que nunca teve um relacionamento com Diego Pupe, o ex-assessor decidiu mostrar, de fato, o conteúdo completo da conversa que teve com o filho mais novo de Jair Bolsonaro. No diálogo, que ganhou a web nos últimos dias, os dois falam sobre atos sexuais e ciúmes. “A gente viveu um namoro”, confessou o rapaz, que ainda rebateu as declarações do empresário.
“Vi você conversando com aquele cara e fiquei bolado. Aí você que fica com raiva de mim? Já é! Então não vai responder?”, disse o 04 em mensagem enviada a Pupe, após pedir para dar uma “rapidinha” antes de a mãe dele acordar.
Sobre o envolvimento, Diego deu detalhes: “Eu morava na mesma casa que ele. Fiquei morando lá por quase 1 ano. A mãe dele não sabia do nosso caso, e eu não sei qual desculpa ele deu pra manter a minha presença lá. Não falávamos sobre esse assunto”.
O promotor de eventos confirmou que dormia no quarto ao lado de Renan, que mantinham relações íntimas, mas que não dormiam juntos. Inclusive, ele compartilhou um print em que o 04 pede que ele leve preservativos. “Tá na minha nécessaire”, sugeriu. E Pupe manda um ponto de interrogação, porque não havia entendido. “Leva camisinha”, completou.
Diego Pupe ainda esclareceu a acusação de ter adulterado as conversas com o antigo assessorado. “Eu não preciso fazer manipulação. Tudo o que eu falo, eu provo. Quem tá tentando manipular é o Renan, que até mudou o corte de cabelo pra parecer mais homem”, ressaltou, garantindo que o 04 é gay, e não bissexual.
Questionado sobre o celular do filho do ex-presidente não ser bloqueado, Diego foi categórico: “Desde quando eu o conheci tinha senha sim. Ele sempre foi muito cuidadoso com o celular dele. Eu não tinha acesso ao celular dele nem às redes sociais”. E seguiu revelando que seu cargo servia para encobrir o caso amoroso: “Como ele dizia que eu era assessor, por fachada [deveria ter a senha], mas não tinha”.
De acordo com o rapaz, era um acordo dizer que trabalhava com Renan Bolsonaro, para poder acompanhá-lo sem levantar suspeitas do suposto namoro, mas esse vínculo empregatício nunca existiu. “É uma piada dizer que trabalhei por permuta de divulgação. É bizarro isso! Não trabalho por permuta nem nas minhas redes sociais. Sou influenciador digital, ganho dinheiro com a internet, tenho minhas empresas. Ganho dinheiro lícito. É uma piada!”, destacou.
Pupe também negou que seja petista ou que esteja trabalhando para o governo Lula: “Eu trabalhei para uma empresa terceirizada, que presta serviço para o Palácio do Planalto. Inclusive, fui mandado embora da empresa recentemente, por conta do envolvimento que eu tive com a família Bolsonaro”.
E afirmou que seu objetivo com o exposed não é aparecer ou ficar famoso: “Eu não busco isso [fama]. Tenho um número bem relevante de seguidores e muitas das pessoas que Renan conhece foi eu que apresentei”.
Diego Pupe registrou todo o conteúdo dos prints em cartório, numa ata notarial. Esta colunista teve acesso exclusivo ao documento oficial.