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“Eram duas bichinhas”, diz Sidney Magal sobre ele e Ney Matogrosso

O cantor conversou com o colunista Marcos Bulques, do Conexão Entrevista, e lembrou como eles eram tratados no meio musical

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Sidney Magal posa de look todo preto em exposição sobre sua vida - Metrópoles
1 de 1 Sidney Magal posa de look todo preto em exposição sobre sua vida - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Sidney Magal leva a alegria e o ritmo por onde passa e agora vai encantar cinéfilos pelos cinemas do Brasil. O cantor esteve no lançamento de sua cinebiografia, Meu Sangue Ferve por Você, em São Paulo, na segunda-feira (20/5), falou sobre sexualidade e lembrou como ele e Ney Matogrosso era tratados no meio musical: “Eram as duas bichinhas”, definiu ele. A declaração aconteceu durante um bate-papo com o colunista Marcos Bulques, do Conexão Entrevista.

O primeiro assunto abordado na conversa foi arrependimento, e Magal foi taxativo: “Não tem nada que me arrependa e nada que eu ambicione. Eu sou uma pessoa que costuma sempre viver os meus momentos intensamente, assim foi quando eu comecei a cantar nas boates de Copacabana (Rio de Janeiro) no início da minha carreira. Era uma coisa que já me deixava muito empolgado com tudo aquilo que estava acontecendo”, recordou ele.

E seguiu com seu relato: “Depois veio a carreira discográfica, disco de ouro, vieram os filmes, vieram as dublagens, as novelas e eu fui sendo convidado, convidado, convidado e fui aceitando com muito bom-humor e com muita garra e vontade fazer, por isso que foi tudo sucesso”, afirmou.

Em seguida, o cantor falou sobre o filme que vai contar sua trajetória: “Quando fui convidado para ser homenageado nesse filme, onde minhas músicas são as mais homenageadas e minha mulher principalmente, eu fiquei muito feliz, porque é minha vida pessoal. Isso quer dizer que eu consegui mostrar para o público que por trás de um artista existe um homem decente, romântico, sonhador, uma série de coisas que é importante para a gente viver a vida. Então, tenho certeza que o filme vai servir para isso, para mostrar para as pessoas que por trás de artistas existem seres humanos que amam muito de verdade”, analisou.

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Bissexual assumido, Sidney Magal revelou se o assunto já foi tabu para ele algum dia: “Nunca foi, por isso mesmo que eu deixei sair de mim meu lado mulher, meu lado feminino. Eu achava que era da maior importância eu poder agradar a todas as pessoas, de uma forma carinhosa e respeitosa acima de tudo. Então. para mim isso foi muito legal”, declarou, antes de completar:

“Tenho certeza de que essa coisa da sexualidade bateu em mim sempre como ‘somos donos dos nossos corpos, temos direitos sobre nós, temos que nos respeitar acima de tudo e respeitar o próximo, sendo assim, você pode qualquer coisa’. E eu tinha isso na minha cabeça, você pode ser homem, você pode ser mulher, você pode ser o ser que você quiser desde que você não incomode e não faça mal aos outros”, comentou.

Na sequência, ele ainda Magal falou que não houve conflito de sentimentos ao se entender bissexual e lembrou que era rotulado de “bichinha’, assim como Ney Matogrosso.

“Nenhum [conflito]. Quer uma pessoa mais chamada de ‘bichinha’ como eu naquela época, não tinha, né!? Eu e Ney Matogrosso. Eram as duas bichinhas do mercado musical e eu achava isso delicioso, porque era o olhar da pessoa. Cabia a mim ou desfazer aquela imagem ou não desfazer, simplesmente curtir ela enquanto ela fosse muito boa pra mim. E foi sempre muito bom”, definiu.

No fim, ele contou que nunca levou para a balança questões raciais, de raça ou religiosas: “Eu como já tinha a cabeça muito feita por mim mesmo para aceitar as pessoas, eu sempre achei tudo muito natural. Eu quando via que alguém não conseguia alguma coisa, eu dizia: ‘Ela não conseguiu porque não tinha méritos para conseguir’. Eu nunca levei para o lado nem da crença, nem da cor, nem da política porque eu acho que essas coisas, na verdade, não fazem o caráter de um ser humano. Faz o caráter de um ser humano exatamente você se respeitar, se amar e respeitar o próximo”, encerrou.

Assista a entrevista completa

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metropoles.comFábia Oliveira

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