Dois, que nada. Chrystian deixou 7 filhos; saiba quem são eles
O cantor, ex-dupla do irmão Ralf, morreu na última quarta-feira (19/6), aos 67 anos, após passar mal; enterro aconteceu na quinta (20/6)
atualizado
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A morte de Chrystian, ex-dupla de Ralf, acendeu uma polêmica sobre a quantidade de filhos que o artista tinha. Isso porque muitos noticiários informaram que o cantor tinha apenas dois herdeiros: João Pedro, de 22 anos, e Lia, de 12, frutos de seu relacionamento com Key Vieira, com quem era casado há 29 anos.
Acontece que, na verdade, Chrystian deixou sete filhos. A informação já havia sido dada pelo colunista Felipeh Campos, e foi confirmada por Flávio Alexandre, primogênito do cantor, à coluna Fábia Oliveira.
São eles: Flávio Alexandre, Chrystian Jr., Yan, Yuri, Jimmy, João Pedro e Lia.
Em uma entrevista à coluna, Flávio falou sobre a situação: “Nós somos sete filhos. Eu sou o Flávio, o mais velho. Depois de mim, veio o Chrystian, cujo apelido é Kiki. Ele é 12 anos mais novo que eu. Aí depois vieram o Yan, o Yuri, o Jimmy, o João Pedro e a Lia”, explicou.
“Muita gente me pergunta sobre o distanciamento dele [Chrystian], por que era assim… Você vê as pessoas à volta dele que sabem a quantidade de filhos não comentarem, dizerem que ele deixou viúva e dois filhos… Aí você já imagina como é o coração dessa pessoa, né? É complicado”, completou o rapaz.
Relação com Chrystian e com os irmãos
Ainda em conversa com a coluna, Flávio Alexandre detalhou sua relação com o pai e com os seis irmãos.
“O meu relacionamento com o meu pai dependia de quem estava do lado. Se estávamos só ele e eu, era totalmente diferente. Agora, quando estava a atual e a ex-esposa dele, que é a mãe dos meus outros irmãos, elas sempre deram um jeito de barrar a minha presença – para entrar no show, para entrar no hotel, para entrar no camarim, para eu me aproximar dele… Telefonema elas não deixavam ele atender ou falavam que ele não estava”, contou ele.
Flávio e o pai não se viam há seis anos. A última vez, de acordo com o primogênito, foi em um show que Chrystian fez sozinho em Goiânia.
“A última vez que eu encontrei com ele foi em um show que ele veio fazer sozinho aqui em Goiânia, antes de a dupla se separar. Eu até estranhei, porque não houve anúncio nem nada, mas ele falou que era um show particular para uma empresa, acústico, só voz e violão. E ele falou assim: ‘Só não vou te levar porque lá é empresa e fico com receio de o pessoal achar ruim’. Eu entendi e não ia forçar a barra. Eu poderia falar: ‘Mas eu sou seu filho e vou’, né? Mas eu nunca nunca fiz isso de: ‘Ah, mas eu tenho que ir, porque eu sou filho’. Então, eu ficava sempre muito na minha”, revelou o homem.
A relação com os irmãos também não é algo fácil para Flávio. Dos seis, ele tem apenas contato com dois.
“O Yan trabalhou muito tempo com meu pai, ele era secretário. Sempre que ele vinha a Goiânia, eu assistia ao show do meu pai na plateia, porque eu nunca gostei de ficar no palco – eu gosto de ver o show de frente, para ver melhor a iluminação, ouvir melhor o som, ver a performance dos dois; eu acho mais gostoso ficar no meio do povão. Eu ficava embaixo, do mesmo lado que o Yan ficava no palco”, começou contando.
Ele continuou falando do irmão Yan: “Então, ele lá de cima e eu embaixo, dependendo da música, a gente fazia um sinal um para o outro, mandava um beijo, a gente brincava muito. Quando acabava o show, eu ia para o hotel, muitas vezes eu não conseguia falar com meu pai, que estava tomando banho, ou então tinha uma das barreiras que as outras colocavam. Mas eu e o Yan ficávamos muito tempo conversando no saguão do hotel sobre a vida. Só que ele mudou para os Estados Unidos, aí eu perdi o contato”.
Sobre a relação com Yuri, Flávio contou que os dois são grandes amigos. “Em relação ao Yuri, que mora em São Paulo, a gente se fala direto. Eu, Yuri e o filho dele, meu sobrinho, temos um contato bem legal. O combinado era que, quando o pai saísse do hospital, eu iria para SP e a gente daria um jeito de encontrar com o pai. Mas, infelizmente, ele saiu do hospital de outra forma”, lamentou.
“Com o Jimmy eu não tenho contato. Eu soube que ele acha que eu não sou da família, que não sou irmão. A mãe faz a cabeça. O Chrystian, Kiki, eu não tenho contato também, porque, infelizmente, ele tem esquizofrenia. O Yuri falou para mim que era melhor não me levar na casa dele para vê-lo, porque eu ia ficar muito sentido. Mas eu estou tentando me preparar para encontrá-lo… Na última vez que eu o vi, ele tinha dois anos”, explicou.
Com João Pedro e Lia, o contato, segundo ele, é zero. “Quanto ao João Pedro e a Lia, eu não tenho contato nenhum. Soube que, para eles, era como se eu não fosse irmão. Então, infelizmente, o meu contato com meus irmãos não é do jeito que eu gostaria”, falou.
Flávio Alexandre enfatizou que os sete filhos são registrados por Chrystian e ainda lembrou de uma época em que a ex-esposa do cantor quis que ele fizesse DNA.
“Todos nós somos registrados. Inclusive, a ex-mulher do meu pai fez com que ele entrasse com um pedido de exame de DNA na época, nos anos 90. O juiz deu o caso improcedente, porque, quando eu fui ao encontro do juiz para ver se fazia o exame, ele me viu e falou: ‘Isso aqui é uma situação totalmente fora de contexto, porque o menino é a cara Chrystian e já é registrado. Não estou entendendo por que que está pedindo esse exame de DNA'”.