Diego Martins tem show interrompido para pedir ajuda policial
O ator e cantor se apresentou na 29ª Parada do Orgulho LGBTI+, que aconteceu nesse sábado (23/11), em Copacabana, zona sul do Rio
atualizado
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Diego Martins, que protagonizou um romance heterossexual em Terra e Paixão, na TV Globo, se apresentou na na 29ª Parada do Orgulho LGBTI+, que aconteceu nesse sábado (23/11), em Copacabana, zona sul do Rio. Porém, nem tudo foram flores. O show foi interrompido para que pedissem ajuda policial.
A coluna Fábia Oliveira, que estava no evento, presenciou brigas e confusões, além de arrastões. Infelizmente, a festa que deveria ser marcada por muita alegria, acabou sendo atrapalhada por um bando de pessoas que queriam realizar roubos e furtos.
Num determinado momento, Diego parou de cantar para alertar o público. Em outro, foi o backing vocal que pediu paz, até que Cláudio Nascimento, presidente da Parada LGBT+, clamou ajuda da Polícia Militar para conter os criminosos.
E tudo isso aconteceu depois de um discurso emocionante de Diego Martins, que foi aclamado e muito aplaudido pela comunidade. Na declaração, o artista afirmou que é preciso continuar a luta por direitos e igualdade, dando um basta no preconceito.
“O lance da pauta, desde que eu me entendi como homem gay, eu sabia que isso ia estar atrelado a vida profissional. Não existe, não tem como na minha vida, no meu corpo, no meu ativismo, eu não falar de quem eu sou. No meu trabalho também, não que isso sempre foi um sonho, mais é que depois que eu entendi quem eu era, entendi como era necessário e como isso poderia mudar vidas”, contou para esta jornalista com exclusividade.
Diego Martins desabafa sobre as críticas
Sucesso em Terra e Paixão, Diego Martins falou como lida com os julgamentos. “Críticas positivas é aquela que te agrega e que faz você pensar em coisas que podem mudar. A crítica negativa, que é só ódio gratuito, é só passar adiante”, enfatizou.
Sobre a comunidade LGBT+ ganhando espaço na cultura, Diego explicou que ainda é preciso mais: “Claro que é algo que está começando a evoluir e tá começando a ficar mais natural as coisas. Eu acho que é isso, que a gente quer a naturalização dos nossos corpos e as nossa existência na TV, numa mídia tão grande”.
Ele seguiu: “Quando eu era criança, eu não lembro de ver artistas assumidos, LGBTs, e isso me entristecia, porque me afastava do meu sonho. E hoje, eu tô la. Vejo que é possível. Então é possível”.
Diego Martins finalizou a conversa justificando que, mesmo a comunidade LGBT+ ocupando mais lugares, é necessário seguir lutando. “É um espaço que a gente tá conquistando, mas precisa de muito mais sempre”, concluiu.