Deolane Bezerra poderá dividir cela com condenadas por canibalismo
A influenciadora ficará presa na Colônia Penal Feminina de Buíque, que abriga detentas que vendiam empadinhas feitas com carne humana
atualizado
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Presa novamente nesta terça-feira (10/9), Deolane Bezerra poderá dividir cela com condenadas por canibalismo. A influenciadora será encaminhada para a Colônia Penal Feminina de Buíque, a 300 km de Recife, no agreste de Pernambuco.
A estrutura é dividida em dois pavilhões que recebem detentas em regimes fechado e semiaberto. De acordo com o Sindicato dos Policiais Penais do Estado, a penitenciária está superlotada, tendo apenas 109 vagas, mas abrigando 270 presas. Entre elas, estão duas mulheres condenadas por canibalismo.
Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva confessaram o crime, que foi cometido junto com Jorge Beltrão Negromonte. Os três praticava assassinatos e comiam as vítimas, além de usar os restos mortais para fazer empadinhas e vender por Garanhuns, na mesma região do presídio.
Na decisão, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, esclareceu o motivo de ter escolhido a unidade prisional de Buíque, alegando que é um “ambiente mais adequado para a preservação da tranquilidade pública”.
Recentemente, fãs e seguidores da doutora se juntaram pedindo que ela fosse solta. No momento que Deolane teve o alvará de soltura deferido, as pessoas soltaram fogos e a ovacionara, incomodando as outras detentas, que torciam pela saída de Bezerra, como contou a coluna Fábia Oliveira com exclusividade.
Prisão domiciliar revogada
De acordo com informações da TV Globo, o motivo da nova prisão foi o descumprimento de duas medidas cautelares impostas pelo judiciário. Pelas regras, a advogada não podia se pronunciar publicamente sobre o processo por meio de redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação.
No entanto, logo depois de deixar o presídio na segunda-feira (9/9), Deolane pegou um microfone e fez uma manifestação contra a sua prisão. Além disso, ela publicou uma foto amordaçada nas redes sociais, dando a entender que havia sido censurada.
“Abuso de autoridade do Estado de Pernambuco. Não há nenhuma prova sequer contra mim. Isso é uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado Paulo Gondim. Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada”, disparou ela.
Além de ter sido proibida de falar com a imprensa, a Justiça determinou que Deolane fosse monitorada com tornozeleira eletrônica, que comparecesse quando fosse intimada e não mantivesse contato com os outros investigados.
Ainda segundo a TV Globo, Deolane Bezerra fará o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, e em seguida retornará à Colônia Pena Feminina do Recife.