Corte do Carnaval do Rio elege cidadão não-binário: “Preconceito zero”
Patrick Corrêa, presidente da Riotur, organizadora do evento, bateu um papo exclusivo com a coluna e falou sobre diversidade
atualizado
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Na noite dessa sexta-feira (22/11), foi escolhida a Corte do Carnaval 2025 do Rio de Janeiro. No concurso, organizado pela Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), Milton Cunha apresentou a grande final, que contou com as apresentações do coreógrafo Alex Coutinho e Mayara Lima, rainha de bateria da Paraíso do Tuiuti, escola de samba do Grupo Especial carioca.
Os vencedores, julgados por famosos como João Diamante, Teresa Cristina, Renê Silva, Selminha Sorriso e Tia Surica, foram Thuane Rozario, como rainha; Kaio Mackenzie, Rei Momo; Rhuanda Monteiro, primeira princesa; Jéssica Almeida, segunda princesa; Luis Otávio, como muso; Bianca de Oliveira, musa; e no novo cargo, criado para representar a diversidade LGBTQIAPN+, Lucas Valentin, como cidadão não-binário.
Patrick Corrêa, presidente da Riotur, falou com exclusividade para a coluna Fábia Oliveira sobre as críticas com relação categoria que defende a bandeira do arco-íris, afirmando que preconceito não combina com Carnaval.
“Não tenho medo de crítica, todo mundo que toma uma decisão onde tem concurso, tem gente satisfeita ou não. O que construímos aqui é uma corte totalmente democrática, que quem quiser participar do concurso vai ser bem-vindo”, explicou.
Patrick seguiu: “O carnaval é isso, é a festa da diversidade, são os manifestos culturais. Quem quiser pode participar, independente de orientação sexual, de composição corporal, se tem samba no pé ou não”.
Sobre críticas construtivas, Patrick Corrêa garantiu que sempre serão ouvidas. “Qualquer tipo de sugestão é super bem-vinda. A gente recebe e acolhe. Quem quiser fazer alguma sugestão, haja vista que a eleição do ano passado foi de uma forma e a desse ano em um outro formato, estamos abertos ao diálogo”, reforçou.
Corrêa ainda esclareceu que na festa não cabe julgamentos. “O prêmio de chegar à Corte Real é o fator maior, mas tem gente que se sente contemplada, simplesmente, de participar, de pisar no palco. Não podemos ter, no século 21, esse tipo de crítica à Corte. Preconceito zero, [preconceito] não combina com carnaval”, concluiu.
Veja quem são os eleitos da Corte Real do Carnaval 2025 do Rio de Janeiro:
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