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Condenado, Leo Lins questiona acusação de preconceito na Justiça

Em meio às últimas polêmicas envolvendo seu nome, o comediante ainda enfrenta uma batalha judicial com o indígena Ronildo Amandios

atualizado

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Leo Lins de moletom - Metrópoles
1 de 1 Leo Lins de moletom - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Esta coluna descobriu que, no meio de todo o escândalo envolvendo Leo Lins e suas falas preconceituosas, o humorista continua envolvido em uma outra briga judicial que também tem a ver com os episódios mais recentes. Calma, que nós vamos explicar!

É que Leo já havia sido condenado em uma ação judicial movida pelo indígena Ronildo Amandios há alguns anos. Tudo começou quando ele fez algumas afirmações entendidas como humilhantes e vexatórias contra o povo indígena, utilizando, para tal, uma imagem de Ronildo em que o mesmo sustentava que vestir-se de índio não é uma fantasia (em clara alusão a um hábito popular carnavalesco).

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Humorista Léo Lins
Leo Lins foi ao STF para pedir que vídeo voltasse ao ar
Leo Lins está sendo processado por fotógrafo
Leo Lins em entrevista a Leo Dias (Reprodução: YouTube)
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E essa não foi a primeira vez que o humorista causou polêmica com suas falas. Em uma outra ocasião, Léo foi processado pela dançarina Thais Carla por ter feito piada gordofóbica utilizando a influenciadora como exemplo. Em fevereiro de 2022, o humorista foi condenado a pagar indenização de R$ 15 mil por ter zombado de uma mulher transgênero em vídeo

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“Eu acho muito legal o Teleton, porque eles ajudam crianças com vários tipos de problema. Vi um vídeo de um garoto no interior do Ceará com hidrocefalia. O lado bom é que o único lugar na cidade onde tem água é a cabeça dele. A família nem mandou tirar, instalou um poço. Agora o pai puxa a água do filho e estão todos felizes”, disse ele durante um show de stand-up

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Léo Lins começou a carreira trabalhando em shows de mágica, em 2005, e depois passou a integrar o grupo de stand-up Comédia em Pé. Em 2008, participou do quadro Quem Chega Lá, do Domingão do Faustão, onde foi finalista da competição

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Outra confusão envolvendo o nome do artista ocorreu após a queda do avião da Chapecoense, que matou 71 pessoas, em 2016. À época, Lins comparou o acidente a morte do jogador Daniel, que atuou pelo São Paulo, assassinado no Paraná. “Pelo menos ele morreu depois de comer coisa boa. Não foi como os jogadores da Chapecoense, que era comida de avião”

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Em 2009, lançou carreira solo com o show Surreal e, no mesmo ano, lançou o livro Notas de um Comediante Stand-up. Tempos depois, integrou a equipe do programa Legendários, na Record

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A sentença condenatória de Leo já havia sido divulgada. Contudo, esta coluna traz algumas novidades sobre o caso em primeira mão.

A partir do acesso exclusivo aos autos do processo, descobrimos que Leo Lins não ficou nem um pouco satisfeito com o resultado do processo judicial e apresentou um “recurso de apelação”, a fim de reverter a decisão do juízo.

No recurso, o comediante começa afirmando que seria dificultoso assegurar que Ronildo era o homem na imagem que utilizou quando fez as polêmicas afirmações. Isso porque, segundo ele, ela não exibia o nome do sujeito, que usava um cocar e a mão cobria metade do rosto. Em linhas gerais: a foto e o posicionamento do indivíduo não permitiriam afirmar, com segurança, que aquele era mesmo Ronildo.

Além disso, mais uma vez, o humorista se valeu da liberdade de expressão para justificar aquilo que, segundo grande parcela da sociedade, é injustificável. Afirmou que apenas queria fazer com que as pessoas dessem risadas, sem ter o objetivo de menosprezar a condição de qualquer pessoa. Ele disse, ainda, que a comédia não pode ser reprimida por condenações judiciais e reafirmou não ter havido qualquer ato ilícito.

Leo Lins chegou a falar que não houve qualquer abalo profundo em Ronildo que justificasse o direito à indenização por danos morais e encerrou afirmando que não precisava de autorização prévia para utilizar a fotografia do indígena.

Ronildo Amandios, por sua vez, também parece não ter ficado completamente satisfeito com a decisão do juízo. Isso porque, o autor da ação decidiu agir de modo a buscar o aumento do valor da condenação indenizatória para, no mínimo, R$ 80 mil. Ele afirmou que o ato atentatório de Leo alcançou mais de um milhão de pessoas, fato que apenas comprovaria a magnitude dos danos causados por ele.

Ambos os recursos foram interpostos e recebidos dentro do prazo previsto na lei. Em maio deste ano, Ronildo apresentou uma petição no processo se opondo à realização de julgamento virtual. Ele explicou que possui interesse em realizar uma sustentação oral, o que é incompatível com o julgamento virtual.

O processo vem se arrastando na Justiça e é apenas um dos diversos indicativos da problemática que envolve o humorista e as “piadas” que o mesmo decide fazer.

Vale lembrar que há poucos dias Leo Lins esteve envolvido em mais um escândalo, ao passo em que teria disparado uma série de ofensas sob a chancela de estar apenas fazendo humor. O também humorista e apresentador, Fábio Porchat, acabou entrando na confusão, de modo a defender o comediante, o que apenas serviu de gasolina para uma já flamejante fogueira.

Embora algumas pessoas acreditem se tratar da primeira confusão envolvendo Leo Lins, a partir do tema aqui tratado fica claro como o artista é capaz de despertar os sentimentos mais lamentáveis no público a partir daquilo que, segundo ele, é apenas uma “piada”.

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metropoles.comFábia Oliveira

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