Céline Dion revela medo, dor e fragilidade em novo documentário
A cantora canadense sofre com uma doença chamada Síndrome de Pessoa Rígida (SPR) e está lutando para continuar a cantar
atualizado
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Acaba de estrear na Prime Vídeo, plataforma de streaming do grupo Amazon, o tão falado documentário da popstar Céline Dion. Com o título Eu Sou Céline Dion, a produção, que foi anunciada como biográfica, pouco fala da história da artista: o tema central é exclusivamente sobre a dor da estrela.
Despida completamente de vaidade, sem maquiagem, roupas simples e muito abalada, a dona do hit All By Myself conta sobre a doença que a tirou dos palcos, de sua rotina tentando retornar para as produções e lançamentos para indústria musical. A Síndrome de Pessoa Rígida acomete uma em um milhão de pessoas. Ela causa espasmos musculares, descontrole das atividades físicas, convulsões e, em alguns casos, invalidez. Todos esses sintomas são sofridos por Dion e abordados no filme.
No documentário, é possível ver cenas muito fortes, como nos últimos momentos da produção a cantora agonizando, chorando muito de tanta dor e perdendo os sentidos enquanto é atendida por uma equipe que acompanha a diva. Outro fato que chama a atenção é a ausência de familiares no entorno da artista canadense.
O retorno de Celine
Fica bem claro que a cantora não pensa em parar sua carreira, mesmo que isso seja impossível aos olhos de quem assiste ao documentário. Em um dos seus depoimentos, ela chega a falar que se precisar voltará se arrastando para os palcos.
A estrela afirma que espera que seu público a aceite cantando da maneira que está e, por conta das limitações em não atingir as altas notas, pensa em um outro repertório. Chorando muito, ela também fala sobre a falta que sente de ter contato com o público e canta trechos de uma canção para demonstrar a debilitação vocal que enfrenta.
Dificuldades em gravar um novo single
O documentário ainda acompanha um dia de gravação e produção para um novo single. Céline encontra muita dificuldade em emitir notas simples, chega a abandonar a gravação — bem decepcionada — e retorna em um outro dia para tentar outra vez.
A gravação de voz é finalizada, mas com muitas falhas. A artista diz que não gostou, mas com auxílio de aparatos tecnológicos, os técnicos finalizam a produção musical que imprime as limitações que hoje são uma realidade na vida da hitmaker.
Saiba mais sobre a doença rara
A Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) é uma doença neurológica que atinge uma pessoa a cada um milhão. A condição causa rigidez nos músculos do corpo e espasmos intermitentes dolorosos. Em alguns casos, os espasmos podem ser capazes de provocar rachaduras ósseas e crises de falta de ar.
A síndrome surge mais frequentemente entre os 30 e os 60 anos e é duas vezes mais comum em mulheres. Embora não se conheça exatamente as causas da síndrome da pessoa rígida, ter doenças autoimunes como vitiligo e diabetes parece estar associado ao desenvolvimento do problema.
Tratamento
Apesar de não ter cura, a SPR pode ser tratada para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Os procedimentos dependem da gravidade do caso de cada indivíduo, e vão desde medicamentos que desaceleram o sistema nervoso até imunoterapias.