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Caso Pitanguy: Polícia Civil revela como estão as investigações

A corporação, através de nota, informou que agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Angra dos Reis estão ouvindo testemunhas

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Helcius Pitanguy posa de camisa preta e óculos escuros - Metrópoles
1 de 1 Helcius Pitanguy posa de camisa preta e óculos escuros - Metrópoles - Foto: Reprodução

A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Angra dos Reis está investigando a denúncia de que a psicóloga Cristiane Correa Santa Catarina foi deixada à deriva por Helcius Pitanguy, herdeiro do renomado cirurgião Ivo Pitanguy. A Polícia Civil, através de nota enviada nesta terça-feira (18/6), revelou alguns detalhes dos trabalhos dos agentes.

“O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Angra dos Reis. Testemunhas estão sendo ouvidas e outras diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”, afirmou a corporação, através de nota.

“Os amigos o toleram”, afirma vítima

Após ser largada à deriva em uma ilha de Angra dos Reis, Cristiane Correa Santa Catarina revelou detalhes da amizade que tinha com Helcius Pitanguy, herdeiro do renomado cirurgião Ivo Pitanguy. Em um bate-papo com o jornal O Globo, a psicóloga relatou que o temperamento do então amigo sempre foi difícil.

“Somos amigos há 12 anos, só que ele é um sujeito de trato difícil, portanto, nesses 12 anos têm brechas de 5 anos sem vê-lo. Ele é assim, os amigos o toleram. Já estava acostumada com ele me corrigindo na frente das pessoas, dizendo que como uma psicóloga eu falo errado, já me chamou de biruta e cafona, mas nunca tinha sido dessa maneira”, afirmou ela.

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Psicóloga Cristiane Correa Santa Catarina ficou à deriva ao fugir de filho de Pitanguy
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Ilha dos Porcos em Angra dos Reis

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Psicóloga Cristiane Correa Santa Catarina ficou à deriva ao fugir de filho de Pitanguy

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E continuou seu desabafo: “A agressividade dele começa quando alguém diz não para ele, quando bebe ou quando ele não se sente o rei das atenções. Ele é muito ofensivo, mas se comporta como um ‘queridão’ entre os amigos até a página que o convém. Parece ter dupla personalidade, mas nunca vi nenhuma violência física”, declarou.

O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Angra dos Reis. A coluna entrou em contato com a Polícia Civil para obter informações, mas ainda não recebeu um retorno.

Entenda o caso

A psicóloga Cristiane Correa Santa Catarina, de 53 anos, registrou um inusitado boletim de ocorrência contra Helcius Pitanguy, herdeiro do famoso cirurgião Ivo Pitanguy. Ela disse que, no último sábado (15/6), tentou sair da ilha do ricaço, em Angra dos Reis (RJ), após brigar com ele, mas acabou ficando à deriva sobre uma prancha stand-up.

Segundo Cristiane, Helcius a buscou em casa, na Barra da Tijuca, ainda na sexta-feira (14/6). Ela foi à ilha privativa da família, a Ilha dos Porcos, onde se reuniu com um grupo de amigas.

Na versão da psicóloga, depois que as amigas foram embora, o herdeiro teria proferido palavras de baixo calão contra ela, como “puta virgem”, durante uma refeição.

Decidida a ir embora, e sem a ajuda de supostos marinheiros de Pitanguy, Cristiane teria entrado no mar com uma prancha de stand-up e um remo. Um dos marinheiros teria tentado resgatá-la com uma lancha.

No entanto, Cristiane diz que pulou de volta no mar ao perceber que a lancha voltaria para a Ilha dos Porcos, a mando de Helcius.

Perdida no mar

Ainda no boletim de ocorrência, Cristiane relata que remou por cerca de uma hora e tentou chegar à Ilha Roberto Marinho, mas teria sido impedida por um homem ríspido, que portava uma lanterna.

“Começou a gritar pedindo ajuda, os cachorros latiram e veio um marinheiro que, com rispidez e lanterna focada em seu rosto, pediu que ela saísse e voltasse para Ilha do Pitanguy, onde seria resgatada”, diz trecho do boletim de ocorrência.

Por fim, Cristiane foi resgatada e levada ao posto dos pescadores. Ela foi colocada em um carro de aplicativo e recebeu uma transferência, via Pix, de R$ 400 para pagar a viagem. Isso tudo segundo a versão dela mesma para a polícia.

A psicóloga disse que tem uma amizade de cerca de 12 anos de Helcius Pitanguy, mas que nunca tinha sido tão maltratada. Ela representou criminalmente contra ele por injúria. O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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