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Caso Marcius Melhem: nova promotora pode mudar o curso do inquérito

A coluna, que foi convidada para entrevistar o humorista, enviou a editora Luiza Morato para acompanhar o pronunciamento

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Fotografia colorida de Marcius Melhem
1 de 1 Fotografia colorida de Marcius Melhem - Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta quarta-feira (12/7), Marcius Melhem abriu uma live no seu canal do YouTube, para falar sobre a mudança da promotora que vai acompanhar o inquérito. No dia 10 de julho, a revista Veja publicou que Isabela Jourdan da Cruz Moura foi nomeada para atuar, especificamente, no caso Melhem. A informação já havia sido dada, com exclusividade, pelo colunista Guilherme Amado. Foi ela quem denunciou o ex-deputado Jairinho para o Ministério Público, pelo assassinato do menino Henry.

“Essa nomeação fere muitos princípios e será contestada. Não vou citar os detalhes, mas será contestada. Por que a nomeação de uma promotora para um caso específico? Aconteceu alguma coisa no caso que justificasse essa intempestiva nomeação?”, questionou o humorista, alegando que o número de mulheres que o denunciaram diminuiu ao longo do processo.

Segundo ele, as mulheres que o acusaram tiveram uma reunião, à porta fechada, com o procurador-geral, solicitando a mudança. Marcius ainda diz que a situação começou a ficar “politizada”. “Elas foram recebidas em Brasília para discutir o meu caso. Por que essa importância de só receber pessoas do meu caso? Que outras pessoas do audiovisual foram recebidas? Eles foram discutir o marco do audiovisual e depois não saiu mais nada. Divulgaram tudo nas redes sociais e por que não publicaram sobre o encontro com o procurador?”, frisou.

O encontro na capital federal que Marcius se refere aconteceu após o Metrópoles ouvir quatro denunciantes e sete testemunhas expuseram detalhes dos supostos assédios praticados pelo artista. As vítimas foram recebidas pela primeira dama Janja Lula da Silva, para se reunirem com com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir uma nova lei com regras de prevenção e combate ao assédio sexual no ambiente de trabalho.

No dia 24 de março, Guilherme Amado novamente falou sobre o episódio de forma exclusiva, publicando uma reportagem especial, divida em dois vídeos. No primeiro, as atrizes Dani Calabresa, Renata Ricci, Georgiana Góes, Veronica Debom, Maria Clara Gueiros, as roteiristas Luciana Fregolente e Carolina Warchavsky, os diretores Cininha de Paula e Mauro Farias, e os atores Marcelo Adnet e Eduardo Sterblicht falaram. No segundo, uma entrevista com o próprio Melhem, onde ele teve a oportunidade de responder às perguntas que ainda lhe precisavam ser feitas. Para assistir, clique aqui.

A indicação da nova promotora foi feita por determinação de Luciano Mattos, Procurador-Geral do Rio de Janeiro. Isabela Jourdan prestará auxílio, sem abandonar a função que exerce atualmente, de titular da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Violência Doméstica da área Oeste/Jacarepaguá do Núcleo Rio de Janeiro.

Ele ainda lembrou que a emissora divulgou uma carta aberta, por meio da Tenório da Veiga Advogados, sobre as investigações pelo departamento de Compliance, relacionadas às denúncias de abuso. Na época, em dezembro de 2022, a Vênus Platinada informou que “restou, de fato, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse possível comprovar a prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para a sua caracterização”.

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Marcius Melhem durante entrevista ao Metrópoles
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Carta da Globo sobre o caso Marcius Melhem

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“É tudo muito estranho. Não estou aqui protestando contra a promotora, mas pela nomeação feita. Eu faria com qualquer outra pessoa. Não estou reclamando por ela me tornar réu, porque ela vai. Antes dela, passaram seis promotores pelo caso, sendo cinco mulheres, e nunca protestei, porque estavam ali legalmente. Eu ainda não me tornei réu desse caso, não tiveram provas pra isso e não deram um fim”, lembrou Melhem, que ainda destacou que o processo corre há dois anos sem conclusão.

E o ator completou: “Por mim, esse caso seria totalmente público e aberto. Eu abriria a toda opinião pública o processo, as provas, os autos, tudo. Sou a favor e assino embaixo de abrir em todas as instâncias, para ser transparente. É preciso transparência. E é, por essa transparência, que eu sempre vou vir aqui prestar esclarecimentos”.

Ator conversou com o colunista Guilherme Amado. Veja a entrevista

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