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Caso Joca: laudo revela causa da morte do golden retriever

O pet do engenheiro João Fantazzini faleceu em um voo da Gol em abril deste ano, após ser enviado para o destino errado

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João Fantazzini posa com Joca, seu golden retriever que morreu durante um voo da Gol - Metrópoles
1 de 1 João Fantazzini posa com Joca, seu golden retriever que morreu durante um voo da Gol - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Pouco mais de dois meses depois da morte do cão Joca, um laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) revelou o que causou o falecimento do Golden Retriever de 5 anos durante um voo da Gol. Para quem não lembra, o pet deveria de Guarulhos para Sinop (MT) e foi enviado por engano para Fortaleza, Ceará.

De acordo com o documento, divulgado pela TV Globo, o cão foi vítima de um choque cardiogênico: “Um distúrbio circulatório associado à redução do rendimento cardíaco, resultado da falência do coração em bombear adequadamente o sangue”, explicou o relatório, que foi incluído no inquérito da Polícia Civil.

De acordo com a veterinária Fátima Martins, ouvida pela emissora, o problema foi por uma hipertermia (elevação da temperatura corporal) que Joca sofreu e, por isso, houve a parada cardiorrespiratória.

“Quando o laudo fala que os órgãos apresentavam vasos ingurgitados de eirtrícitos, isso se deu à falta de oxigenação. No meu ponto de vista, ele teve, então, uma hipertermia, um quadro de hipertermia e estresse que levou esse quadro de choque cardiogênico”, detalhou a especialista.

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Golden retriever Joca e o tutor
João recebeu pet morto erro de companhia aérea
Golden retriever Joca e João Fantazzini
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Caso Joca: Gol deve pagar R$ 10 mi e é proibida de transportar animais
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Ela ainda completou: “O próprio estresse que ele passou já poderia levar a óbito. E o estresse seguido de desidratação com as comorbidades que ele tinha, e vivia muito bem com elas e não era limitante, ele não teria morrido. Ele tinha alterações cardíacas, porém o agravante foi a hipertermia que levou a desidratação e o choque hipovolêmico”, relatou.

Entenda o caso

O cão Joca, de 5 anos, morreu após ser embarcado em um voo errado da companhia aérea Gol em 22 de abril. Ele deveria ter saído do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino ao Aeroporto Municipal de Sinop, no Mato Grosso, no voo 1480.

A companhia aérea, no entanto, embarcou Joca em um voo diferente, para Fortaleza, na capital cearense. O tutor dele, João Fantazzini, só soube do erro ao chegar no Mato Grosso.

Após ser avisado sobre o erro, o tutor voltou para Guarulhos para reencontrar Joca em São Paulo. Em nota, a companhia afirmou ter sido surpreendida pela morte do cachorro quando o avião pousou com ele em Guarulhos.

“A equipe da GOLLOG na capital cearense desembarcou o Joca e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527 de volta para Guarulhos (GRU). Neste período, foram enviados para o tutor registros do Joca sendo acomodado de volta na aeronave. Infelizmente, logo após o pouso do voo no aeroporto de Guarulhos (GRU), vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal”, diz a nota.

A Gol afirmou que “lamentou profundamente” a morte de Joca e se solidarizou com a dor do seu tutor. A companhia admite que uma falha operacional fez com que o cachorro fosse embarcado no voo errado e diz que a apuração dos detalhes do caso está sendo conduzida com “prioridade total”.

Tutor ganhou um filhote

O engenheiro João Fantazzini, tutor do cachorro Joca, golden retriever que morreu em um voo da Gol em abril deste ano, ganhou um novo animal de estimação na semana passada. Quem o presentou foi a mãe, dando um filhote da mesma raça, de dois meses e meio.

Nas redes sociais, João falou sobre a surpresa e contou que o novo bichinho se chamará Ástor.

“Foi uma surpresa absurdamente grande para mim. De manhãzinha, eu estava no escritório trabalhando. O telefone tocou e era o pessoal do taxidog. Eles disseram que tinham uma surpresa para mim, da minha mãe. A gente fica sem reação. A surpresa era esse filhote”, disse João Fantazzini.

O engenheiro fez questão de dizer que a intenção não é que o novo cachorro substitua Joca. “Gratidão de todo meu coração! E tenho certeza que nosso Joca está muito feliz e comendo muitas maçãs e rúculas lá no céu! O Joca veio com um propósito, e eu tenho a honra de dizer que o Joca é o filho de cada um de vocês”, falou ele.

João fez uma enquete para ajudar a decidir o nome do novo pet. “É isso, pessoal. Vai ser Ástor [o nome]. Muito obrigado a todo mundo que mandou vários nomes. Um mais lindo que o outro. Mas eu senti que tinha que ser Astor, pelo significado, por ser forte. Acredito que combina muito com ele esse nome. Espero que vocês gostem muito do nosso dia a dia, que eu vou estar postando aqui”, encerrou.

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metropoles.comFábia Oliveira

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