Caso Jeff Machado: “Prisão do Bruno é um grande alívio”, diz advogado
A coluna conversou com Jairo Magalhães, que representa a família do ator. Ele revelou como a polícia chegou ao suspeito, que estava foragido
atualizado
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Os familiares de Jeff Machado, assassinado em janeiro deste ano no Rio, estão aliviados com a notícia da prisão de Bruno de Souza Rodrigues, na manhã desta quinta-feira (15/6). O advogado que representa a família do ator, Jairo Magalhães, bateu um papo exclusivo com esta coluna e contou como a polícia chegou até o ex-produtor da TV Globo.
“Acabamos de receber a notícia da prisão do Bruno por meio do Disque Denúncia, um meio importantíssimo e necessário. Com serenidade recebemos essa informação e é, sem sombra de dúvidas, um grande alívio para a família do Jefferson Machado. Ele (Bruno) é apontado como principal mentor desse crime bárbaro e também responsável pelo homicídio”, começou ele.
Em seguida, Magalhães relatou como estão as expectativas de todos a partir de agora: “Aguardamos, agora, o término das investigações com o encaminhamento do relatório final da autoridade policial para o Ministério Público. E estamos prontos para o processo criminal”, finalizou.
A prisão
Bruno de Souza Rodrigues, suspeito de matar o ator Jeff Machado, já está preso. Os agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) localizaram o ex-produtor da TV Globo no Morro do Vidigal, zona sul do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (15/6).
De acordo com o G1, Bruno estava escondido em uma das casas da comunidade e não resistiu à prisão. Ele era considerado foragido desde o dia 1º deste mês.
O advogado de Bruno havia pedido um habeas corpus para o cliente na semana passada, com a intenção de que ele respondesse em liberdade, mas a Justiça negou o pedido. A coluna descobriu que a desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat não concedeu a liminar.
“A família do Jefferson e eu, como advogado da família, confiamos na Justiça do Rio de Janeiro. Fica ainda mais demonstrada a necessidade da prisão do Bruno, onde agora já temos uma decisão da juíza titular da 1ª Vara Criminal, temos a decisão da relatora da 1ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, e o Bruno permanece foragido, sem respeitar ordem judicial”, declarou o advogado Jairo Magalhães.
No mesmo dia em que o pedido foi protocolado, em uma conversa exclusiva com esta coluna, Jairo revelou detalhes do pedido e contou como estava a expectativa da família da vítima com essa novidade.
“O Bruno, até o presente momento, encontra-se foragido. A defesa dele impetrou habeas corpus para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, informando que ele colabora com as investigações e não haveria necessidade da prisão temporária dele”, começou.
E seguida, ele opinou sobre a solicitação: “No nosso entender, como o entender da juíza que decretou a prisão, ele atrapalha as investigações, ele procura testemunhas, e, com isso, de forma clara, eles tumultuam a linha de investigação da polícia. E o que nós vemos nesses dias: ele permanece foragido, furtando-se de uma aplicação da Lei Penal, e não fornece endereço correto para a autoridade policial. Então, demonstra toda a necessidade de se manter, no nosso sentir, com um decreto prisional. Neste momento, o habeas corpus está concluso para uma decisão liminar”.
Ele esclareceu que o pedido de liberdade não é feito somente com a pessoa presa: “O habeas corpus não é feito, necessariamente, com a pessoa presa. Ele é um ‘remédio heroico’ em relação ao direito de ir e vir dele. Ele está foragido, com mandado de prisão. Então, ele pode questionar esse mandado. A pessoa tem direito de ficar foragida, de não concordar com o mandado de prisão. Aí, entra com o pedido de habeas corpus”, detalhou.
Logo depois, Jairo Magalhães explicou como está a expectativa da família de Jeff com essa novidade: “Com serenidade, confiamos na Justiça e esperamos que o habeas corpus não seja concedido, mas o pedido foi feito”.