Camila Morgado relata ter sido vítima de violência e misoginia
A atriz de Renascer, da TV Globo, contou detalhes do ataque que sofreu no trânsito, enquanto se dirigia para os estúdios da emissora
atualizado
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Nessa terça-feira (25/6), Camila Morgado passou por um aperto no trânsito do Rio de Janeiro. A atriz, que vive a Dona Patroa em Renascer, novela das 21h da TV Globo, deu detalhes do episódio que envolveu violência e misoginia, num conflito contra um motoqueiro, quando dirigia para o trabalho. “Não consegui fazer nada. Eu só tremia”, disse.
“Foi misoginia mesmo. Eu estava atrasada, naquele estresse, tinha uma moto na minha frente, e eu estava em um lugar pedindo passagem. Quando deu a oportunidade, eu consegui passar”, relatou para os jornalistas enquanto gravava as cenas do folhetim.
Camila seguiu lembrando que acabou tendo um prejuízo material: “No que eu passei e parei no sinal, ele encostou no vidro do meu carro, viu que era mulher, e socou meu vidro para quebrar. Não conseguiu quebrar, e destruiu o meu retrovisor”.
A artista destacou que o condutor da moto só foi agressivo porque não se tratava de um homem ao volante. “Ele socava, socava, socava e dizia: ‘eu quero ver agora, sai desse carro. Você não foi macho para me cortar, quero ver se você vai ser macho agora’. Aconteceu isso porque eu era mulher. Ele viu que eu era mulher e botou a cara e começou a socar sem parar”, destacou.
Morgado lamentou que, embora outras pessoas tivessem presenciado a cena, nenhuma delas se disponibilizou a apoiá-la: “Ninguém fez nada, porque era no meio do sinal. Cheguei [nos Estúdios Globo] me tremendo inteira. É isso que a gente passa. A gente conquista nossa liberdade, mas é por hoje. Amanhã eu tenho que conquistar de novo e depois de novo e de novo. E vai ser assim sempre”.
Camila Morgado encerrou o desabafo declarando que deveria ter registrado a situação, mas no momento, ficou paralisada, sem ter reação. “Eu fiquei com tanta raiva, porque eu estava com meu celular no meu colo e podia ter filmado. Pensei em abrir o vidro e falar: ‘meu amigo, o que é isso?’. Mas eu não consegui fazer nada. Eu só tremia”, finalizou.