Caçula de Zagallo detona irmãos em meio à briga por herança
Mário César criticou Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina e afirmou que era ele quem cuidava do pai há anos: “Estão querendo aparecer”
atualizado
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O filho caçula de Zagallo, Mário César, falou sobre o desentendimento com os irmãos Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina por causa da herança do tetracampeão mundial, que morreu no começo deste mês. Em entrevista ao Estadão, ele afirmou que foi ele quem cuidou do pai durante todo o tempo e criticou os familiares.
“Eles [irmãos] estão querendo aparecer após sete anos. Fui eu quem cuidou do meu pai esse tempo todo. Tem um documento assinado pelo meu pai dizendo que não queria a visita deles nas internações”, disparou.
Mário César foi acusado de impedir que os irmãos visitassem o pai. No entanto, ele se defendeu e disse que o pai não queria a visitar dos outros herdeiros. Ele garantiu ainda que o próprio Zagallo optou por “não deixar herança para outros filhos”.
Entenda a briga pela herança de Zagallo
Mario Jorge Lobo Zagallo morreu no último dia 5 e, menos de um mês do falecimento, os filhos já entraram em guerra pela herança do ícone do futebol. Segundo informações do portal Leo Dias, a abertura do testamento foi feita no dia 10, quando nem mesmo a missa de sétimo dia ainda havia acontecido.
Ainda de acordo com o site, foi o filho de Zagallo, Mario César, quem iniciou os trâmites, que caiu como uma bomba na família. Um dos motivos é que a herança tem apenas um único beneficiário: o próprio Mario César. O ex-jogador, no entanto, ainda tem mais três filhos: Marília Emília, Paulo Jorge e Maria Cristina.
O portal disse, ainda, que Zagallo teria feito em vida uma doação em cartório no qual descrevia ser de “sua própria vontade” destinar todos os bens a este único filho.
Ainda de acordo com Leo Dias, Mario César teria impedido que os irmãos pudessem fazer visitas ao pai e tomou para si a responsabilidade de administrar todas as finanças de Zagallo. Posteriormente, teria endossado a venda de todo o patrimônio, que gira em torno de R$ 15 milhões.
Desconfiança antiga
A desconfiança em cima de Mario César não seria de agora. De acordo com Leo Dias, em 2012, a esposa de Zagallo teria sido surpreendida com um pedido do rapaz, para que ela assinasse um documento de antecipação de herança, mas se recusou. Na ocasião, ela estava internada na UTI.
A partir deste dia, dois filhos teria passado a administrar as contas bancárias, mas só Mario César fazia as movimentações.
No período de 2013 a 2016 chamou a atenção dos outros três filhos de Zagallo as doações feitas para o irmão, Mario César. Os extratos constavam saques que iam de R$ 90 a R$ 120 mil por mês e despertaram ainda mais estranheza por serem em dinheiro em espécie.
Filhos de Zagallo se manifestam
A equipe jurídica de Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina, filhos de Zagallo, se manifestou sobre a briga familiar pela herança do tetracampeão, nesta quarta-feira (25/01). Através de um comunicado oficial, assinado pelos advogados Anelisa Teixeira e Daniel Blanck, eles confirmaram que estão “buscando a tutela do judiciário para resguardar e assegurar seus legítimos direitos perante essa situação delicada”.
“Os advogados Anelisa Teixeira e Daniel Blanck, em representação dos filhos do senhor Zagallo, Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina, formalmente informam que seus clientes relatam que desde 2016 os mencionados herdeiros enfrentaram consideráveis dificuldades para estabelecer qualquer tipo de comunicação e contato com seu pai.
Conforme relatos dos clientes, Mário César, filho mais novo, restringiu o acesso ao pai, induzindo Zagallo a acreditar que teria sido abandonado. Os herdeiros observaram movimentação patrimonial milionária, incluindo expressivas doações destinadas a Mário César.
Adicionalmente, foram identificados saques recorrentes em contas bancárias de Zagallo, envolvendo quantias incompatíveis com seu padrão de vida enquanto idoso. Diante dessas circunstâncias, os herdeiros estão atualmente buscando a tutela do judiciário para resguardar e assegurar seus legítimos direitos perante essa situação delicada”.