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Cacau Protásio não desiste e luta contra o Estado após sofrer racismo

A coluna descobriu, com exclusividade, que a batalha judicial entre a atriz e o Estado do Rio de Janeiro ganhou importantes capítulos

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A coluna Fábia Oliveira descobriu que a luta judicial entre a atriz Cacau Protásio e o Estado do Rio de Janeiro ganhou importantes capítulos. A artista moveu uma ação indenizatória após ser vítima de injúria racial durante as filmagens de um projeto no pátio do Batalhão do Corpo de Bombeiros há alguns anos.

Na ação, além de uma retratação, Cacau Protásio pediu indenização por danos morais de R$ 50 mil. O que poucos sabem é que o caso já foi sentenciado e a atriz ganhou direito a uma indenização de R $30 mil. Contudo, nem todos os seus outros pedidos foram acatados.

Descobrimos também que, não satisfeito com a sentença, o Estado resolveu apresentar um recurso de apelação. O principal argumento utilizado é o de que o agente que ofendeu Cacau Protásio o fez fora do exercício de suas funções. Ou seja, ele não teria praticado o fato na qualidade de um bombeiro, mas sim de um cidadão comum. Logo, para o órgão, não faz sentido que a condenação fosse imposta ao Estado.

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Ainda no recurso foi alegado que o Corpo de Bombeiros em momento algum deu “palco” para que as ofensas fossem propagadas. Isso porque as mesmas surgiram em uma plataforma de conversas privadas. Não satisfeito, o Estado ainda atacou o valor indenizatório, que considerou alto demais.

Para quem não lembra, na época da situação, vazou um áudio em que um bombeiro profere uma série de ofensas de cunho preconceituoso contra a atriz e humorista. “Vergonhoso. Mete aquela gorda, preta, numa farda de bombeiro, uma bucha de canhão daquela, com um monte de bailarino viado, quebrando até o chão. Vão achar que é o que? Bombeiro? Aquilo é tudo viado. Lamentável”.

Cacau Protásio rebate argumento do Estado

Ainda no processo que a coluna teve acesso com exclusividade, Cacau Protásio apresentou suas contrarrazões, uma forma de responder à apelação do Estado do Rio de Janeiro. A atriz foi clara ao relembrar que não só foi vítima de racismo, mas também alvo de comentários gordofóbicos e machistas.

No documento, ela relembrou que o próprio Estado reconheceu que os comentários perversos e imorais foram feitos por integrantes da corporação. Todos os pontos trazidos no recurso foram rebatidos pela equipe legal da atriz, que deslegitimou todas as teses levantadas para tentar fazer a sentença cair por terra.

O recurso do Estado ainda não foi julgado. A resposta de Cacau Protásio é recente, do último dia 20 deste mês.

Enquanto aguarda o desfecho do processo, esta coluna aproveita este espaço para ressaltar que repudia todo e qualquer ato de preconceito e que acredita que todo episódio com essa natureza deve, sim, ser levado ao conhecimento do Poder Judiciário para as devidas punições.

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