Assim como Kourtney Kardashian, Vanessa Ataides se declara autossexual
Vanessa Ataídes, que ostenta um bumbum de 126 cm, conversou com a coluna e declarou: “Tenho vontade de me pegar quando olho o espelho”
atualizado
Compartilhar notícia
Na semana passada, a primogênita do clã Kardashian, Kourtney declarou ser uma pessoa “autossexual” durante um bate-papo com Casey Tanner, terapeuta, escritor e fundador do QueerSexTherapy. E ela não é a única.
DJ, famosa por ostentar um bumbum de 126 centímetros, Vanessa Ataídes revelou, em conversa com a coluna, que também se identifica com a sexualidade.
“Tenho vontade de me pegar quando olho o espelho. Consigo ter prazer sozinha e lido bem com meu corpo. Acho muito bonito”, comentou.
Logo depois, a modelo disse que desde que conquistou o shape que sempre quis, se define assim: “Me sentiria mais atraente se tivesse o bumbum maior, mas me sinto bem”, declarou, antes de completar:
“Mas vai além de gostar da própria imagem e sim ter um relacionamento erótico-afetivo comigo mesma”, finalizou.
Ainda uma orientação pouco conhecida, a autossexualidade foi definida pela primeira vez pelo terapeuta sexual Bernard Apfelbaum, em 1989.
Entenda a autossexualidade
Quem nunca se achou atraente ao se olhar no espelho ou mesmo se ver em uma foto ou vídeo que atire a primeira pedra. Apesar de ser comum gostar do que se vê quando se está com a autoestima em dia, há quem vá além e não só tenha verdadeiro tesão por si mesmo, como não o consegue ter por outras pessoas.
O termo autossexualidade designa a orientação sexual de pessoas que não têm tesão por nada nem ninguém que não elas mesmas. De acordo com a psicóloga e sexóloga Luísa Miranda, esse movimento pode ser reflexo da castração social.
“Vivemos em uma sociedade na qual fica difícil entender se isso, de repente, não é uma autodefesa, principalmente no caso das mulheres, que são muito castradas. Vincular o sexo ao outro, para muita gente, não é tão fácil. Logo, o fato do meu prazer ser mais intenso comigo mesma do que com outras pessoas pode se relacionar com essa dificuldade”, explica.
Nesse sentido, a autossexualidade seria um lugar de segurança, partindo do mesmo princípio de que é muito difícil ser com o outro a mesma coisa que se é sozinho(a). “É o tal do ‘o que fazemos quando não tem ninguém olhando’”, completa.
Orientação não é só sexo
Para além de ser questionável o contexto em que surge a autossexualidade, a especialista ressalta: orientação sexual não é apenas sobre sexo. “O termo correto e completo é orientação afetivo sexual, ou seja, só ter tesão não basta para ser hétero, bi, homo ou pan; junto disso vem toda a questão afetiva e romântica”, elucida.
Ainda que a atual discussão sobre sexualidade seja válida e importante, a psicóloga alerta para que as pessoas, ao tentarem se entender, não se limitem. “É interessante se autoquestionar, mas somos seres muito complexos e nos colocar em ‘caixinhas’ pode acabar nos limitando”, afirma.
Por fim, a autossexualidade não está ligada a uma autoestima alta e saudável, mas é importante ressaltar que uma boa vida sexual – consigo mesmo(a) ou com parcerias – está ligada diretamente à autoestima.
“Nossa sexualidade sempre está vinculada à forma com que nos vemos, não só visualmente. Quando me sinto melhor comigo mesma, tendenciosamente tenho mais prazer comigo e com o outro também”, garante.