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Após pedido de recálculo de pena de Robinho, Procuradoria se manifesta

O representante do Ministério Público Federal pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeite o pedido da defesa do ex-jogador

atualizado

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1 de 1 robinho 4 - Foto: Divulgação/Atlético Mineiro

O julgamento do habeas corpus do ex-jogador Robinho no Supremo Tribunal Federal (STF) está chegando e, após a defesa solicitar o recálculo da pena, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou e pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeite o pedido. Ele está preso desde março.

No documento, revelado pelo R7, o subprocurador-geral da República Artur de Brito Gueiros Souza explicou que “na transferência da execução da pena, não há o rejulgamento”.

“Não há fase de ‘dosimetria da pena’ ou debate sobre enquadramento típico penal (se crime hediondo ou não) no instituto da transferência da pena criminal. Por isso, há a homologação da sentença estrangeira penal no STJ e não um ‘novo julgamento’, afirmou ele, antes de completar:

“Nem se diga que o tema é inédito. O Brasil habitualmente recebe brasileiros sentenciados em outros Estados, por meio do instituto da transferência de condenados, regulado genericamente pela Lei de Migração e por diversos tratados internacionais”, disse o representante do MP.

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Robinho durante audiência de custódia na Justiça Federal em Santos
Robinho foi preso após decisão do STJ
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O ex-jogador Robinho

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Robinho durante audiência de custódia na Justiça Federal em Santos

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Robinho foi preso após decisão do STJ

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BELO HORIZONTE, BRAZIL - DECEMBER 3: Robinho #7 of Atletico MG a match between Atletico MG and Gremio as part of Brasileirao Series A 2017 at Independencia stadium on December 3, 2017 in Belo Horizonte, Brazil.

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Robinho encerrou a carreira após repercussão da condenação

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O ex-jogador de futebol Robinho

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OSAKA, JAPAN - DECEMBER 13: Robinho of Guangzhou Evergrande FC walks from the dressing room during the FIFA Club World Cup quarter final between the Club America and Guangzhou Evergrande FC at Osaka Nagai Stadium on December 13, 2015 in Osaka, Japan.

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Robinho

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Os representantes do ex-atleta, que foi condenado na Itália a 9 anos de prisão por sua participação em um estupro coletivo ocorrido em 2013, justificaram que o tempo da pena deve obedecer aos limites da Constituição e da legislação penal brasileira, destacando a importância de respeitar a dupla tipicidade penal.

“Nesse contexto, compara a penalidade prevista no Código Penal brasileiro para o crime equivalente ao artigo 213 (estupro) — com pena mínima de seis anos e máxima de dez anos de reclusão — com a pena estabelecida na Itália, onde a sanção mínima é de 8 anos. Assim, sustenta que, sendo o réu primário, de bons antecedentes e sem circunstâncias agravantes, como no caso, a condenação deveria ser fixada no mínimo de seis anos, em regime semiaberto”, disse a defesa.

O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) para resolver sobre o habeas corpus de Robinho está programado para acontecer nos próximos dias, entre esta sexta-feira (6/9) e a próxima (13/9).

A chegada de Robinho na Polícia Federal

A prisão de Robinho virou o assunto do momento! O jogador foi preso, no fim de março, dois anos depois de ser condenado pela justiça italiana, por estupro coletivo contra uma mulher albanesa, em Milão, na Itália. O atleta foi detido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Numa foto, registrada por Fábio Pires, da TV Tribuna, é possível ver o rapaz entrando na delegacia, acompanhado de uma outra pessoa. Antes, ele havia sido levado de Santos, no litoral de São Paulo, para se entregar aos agentes.

A defesa de Robinho solicitou habeas corpus ao órgão, mas o ministro Luiz Fux rejeitou a petição e decretou a prisão imediata do boleiro. “A transferência de execução da pena encontra apoio no princípio do reconhecimento mútuo em matéria penal. Com base neste princípio, é possível até mesmo a prática de atos processuais em países estrangeiros, mediante cooperação internacional, por exemplo, para a oitiva de testemunhas por carta rogatória”, explicou o magistrado.

No dia 20 daquele mês, os ministros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiram que atleta, condenado pelo crime em 2022, cumpra a pena em solo brasileiro. Mediante a decisão, que não foi derrubada pela STF, Robinho se entregou à polícia. Ele chegou num carro preto e entrou na delegacia sem falar com a imprensa, que o aguardava do lado de fora. A ordem acontece porque o Brasil não extradita seus cidadãos.

Robinho foi condenado pela justiça italiana a 9 anos de detenção. O caso aconteceu em 2013, em Milão. A vítima foi uma jovem albanesa. Agora, ele vai passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e seguirá para a sede da Polícia Federal, onde foi autuado.

Tentativa de redução de pena

Os advogados do ex-jogador Robinho entraram com um recurso para pedir que ele fique menos tempo na prisão. A defesa do ídolo do Santos protocolou, nesta segunda-feira (29/7), um documento alegando que o crime de estupro, pelo qual Robinho foi condenado, não é considerado hediondo na Itália.

“Trata-se de crime comum sem nenhuma alteração quanto a seu cumprimento, como tal crime é tratado na legislação brasileira. Desta forma, o recorrente passou a cumprir a pena de um crime comum no país solicitante, transmutada para o caráter hediondo, quando, na verdade, sua condenação originária nunca foi hedionda, segundo a legislação italiana”, disse o advogado Mário Rossi Vale.

No documento, a defesa de Robinho avalia que o crime “recebeu rótulo mais gravoso que aquele previsto originariamente [na Itália]”, onde é considerado grave. O recurso ainda será avaliado pela Justiça.

Se o pedido da defesa for aceito pela Justiça, o cumprimento da pena em regime fechado cairia para 20%. Atualmente, é necessário que o ex-jogador cumpra ao menos 40% do tempo de pena para progredir o regime.

Na prática, ao invés de cumprir 3 anos e 7 meses de regime fechado antes de progredir, Robinho poderia cumprir apenas 1 ano e 8 meses na Penitenciária 2 de Tremembé, em São Paulo.

Pena no Brasil

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em março deste ano, que o ex-jogador Robinho deveria cumprir no Brasil a sentença da Justiça italiana que o condenou a 9 anos de prisão por estupro coletivo.

O placar da votação ficou em 9 a 2 a favor do cumprimento da pena no Brasil. De acordo com o voto do relator, Francisco Falcão, a Justiça Federal deve ser comunicada imediatamente para cumprimento da sentença em regime fechado. A maioria concordou com esse posicionamento, que chegou a ser tema de debate entre os ministros.

Este mês, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) se posicionou contra o recurso apresentado pela defesa do ex-jogador para pedir que ele fique menos tempo na prisão.

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