Após ouro, Bia Souza vai às lágrimas ao falar com os pais ao vivo
A atleta derrotou a israelense Raz Hershko na final da categoria acima dos 78kg no judô e dedicou o prêmio à avó, que faleceu recentemente
atualizado
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Bia Souza emocionou os brasileiros ao conquistar a primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, após derrotar a israelense Raz Hershko na final da categoria acima dos 78kg no judô. E a atleta também foi às lágrimas ao sair do tatame e conversar, ao vivo, com os pais.
E um detalhe chamou a atenção: ela preferiu que ninguém de sua família fosse à Paris para assistir às competições. Por chamada de vídeo, ela chorou bastante ao conversar com alguns familiares:
“Eu consegui. Deu certo, mãe. Pai, eu consegui”, disse, às lágrimas. Em seguida, ela dedicou a premiação à avó, que faleceu há quase dois meses: “Foi pela vó. É pra vó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo”, declarou-se.
No Twitter, o momento repercutiu nas últimas horas: “O momento mais emocionante das Olimpíadas. Parabéns, Bia!”, escreveu um internauta. “Família é tudo! Quem com certeza deu forças pra ela chegar lá”, analisou outro. “Eu chorei junto com ela”, comentou um terceiro. “Não aguento mais chorar por atletas 😭”, publicou mais uma.
A vitória
O Brasil é medalha de ouro no judô. Nesta sexta-feira (2/8), Beatriz Souza derrotou a israelense Raz Hershko na final feminina da categoria acima dos 78kg nas Olimpíadas de Paris 2024. Este é o primeiro ouro olímpico do Brasil na capital francesa.
Bia Souza saiu à frente na luta ao aplicar waza-ari contra a israelense e garantir o primeiro ponto do combate. A brasileira começou bem e ditou o jogo do embate. Beatriz seguiu tentando o ataque contra a adversária, mas Hershko se defendia bem. Bia segurou bem até o final e garantiu a medalha de ouro.
Com o ouro olímpico, Bia chega a 18 medalhas no currículo. As principais campanhas de destaques são os quatro ouros no Campeonato Pan-Americano. Ela é a primeira mulher estreante a se tornar campeã olímpica pelo Brasil em provas individuais.
Na estreia da brasileira em Paris, Bia venceu com ippon relâmpago, após apenas 40 segundos de luta, Izayana Marenco, do Nicarágua. Nas quartas de final, a atleta venceu a sul-coreana Kim Ha-yun. Para avançar à final, Beatriz venceu a francesa Romane Dicko, número 1 do ranking mundial.
Quem é Bia Souza
Caçula da família, Beatriz seguiu os passos do pai no judô e conquistou sua primeira medalha aos sete anos. Aos 15, deixou Peruíbe e se mudou para São Paulo, onde conciliou estudos e treinos.
A atleta chega em Paris com status de medalhista de bronze no Pan de Santiago e eleita a melhor judoca de 2023 pelo COB.
Em Tóquio-2020, Bia perdeu a vaga para Maria Suelen Altheman, que hoje é sua treinadora no Pinheiros. A ausência a fez treinar mais forte para chegar, aos 26 anos, como esperança de medalha em Paris, na sua primeira disputa olímpica.
Com o ouro olímpico, Bia chega a 18 medalhas no currículo. As principais campanhas de destaques são os quatro ouros no Campeonato Pan-Americano.