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Após internação, Marcos Oliveira declara: “Lutar para não morrer”

O artista conversou com a coluna, contou como está sendo a recuperação e aproveitou para abrir o coração sobre a atual fase de sua vida

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Marcos Oliveira, o Beiçola, posa sorridente de camiseta verde - Metrópoles
1 de 1 Marcos Oliveira, o Beiçola, posa sorridente de camiseta verde - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Marcos Oliveira, que ficou conhecido como o Beiçola de A Grande Família, passou por uma cirurgia de emergência na última segunda-feira (9/9) e ficou internado por alguns dias. O ator precisou realizar um cateterismo e teve alta na quina (13/9).

Após deixar o hospital, o artista conversou com a coluna Fábia Oliveira, contou como está sendo a recuperação e aproveitou para abrir o coração sobre a atual fase de sua vida. “Tenho que lutar para não morrer”, disparou.

“Estou me sentindo melhor, mas ainda cansado. Talvez seja também por conta do calor infernal que tem feito. Já se foi a época em que eu tinha ar-condicionado para me refrescar. Agora só com ventilador de chão mesmo (risos)”, disse ele.

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Marcos Oliveira, o Beiçola
Marcos Oliveira, o Beiçola, posa sorridente de camiseta verde
O ator Marcos Oliveira
Ator é reconhecido por seu papel como Beçola, em A Grande Família
Oliveira tem uma saúde fragilizada
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Ele é muito lembrado por interpretar Beiçola

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Segundo Marcos, ele precisa se cuidar, no entanto, sua falta de trabalho é o mais o preocupa. “Preciso cuidar da alimentação, caminhar mais e ter menos preocupações. Mas como? Eu ganho menos de um salário mínimo”, falou ele.

“Eu recebo cesta básica de ajuda de uma amiga, mas a comida que preciso comer para não ter os problemas de saúde que tenho enfrentado, não é barata. Logo, ou eu luto pra ter trabalho ou eu luto contra a fome e a falta de moradia”, declarou.

Confira a entrevista completa com Marcos Oliveira:

Como está se sentindo depois do cateterismo?
Estou me sentindo melhor, mas ainda cansado. Talvez seja também por conta do calor infernal que tem feito. Já se foi a época em que eu tinha ar-condicionado para me refrescar. Agora só com ventilador de chão mesmo. (risos) Deu até saudade do hospital com o ar-condicionado. (risos)

Mas falando sério, preciso manter a calma pois é a cabeça que está mais pesada neste momento delicado. Problemas de saúde eu sempre tive, mas agora tenho quase 70 anos e isso pesa muito. Como não conheço meu histórico familiar de verdade, não sei quais doenças ou problemas que a idade podem pesar mais.

De qualquer forma, quero logo achar um novo lar para morar. Tenho amigos e conhecidos que estão me ajudando a procurar no interior do Rio, em comunidades mais afastadas da zona oeste e zona norte. E seja como for, será difícil mesmo assim, pois meus médicos estão por aqui onde moro hoje. Mas preciso me mudar e tem que ser um lugar onde possa pagar no máximo duzentos reais por mês. Eu tenho fé que vou achar.

Quais são os cuidados que você precisa ter a partir de agora?
Preciso cuidar da alimentação, caminhar mais e ter menos preocupações. Mas como, minha filha? Eu ganho menos de um salário mínimo desde que o golpista do Felipe Peres me roubou. Eu recebo cesta básica de ajuda de uma amiga, mas a comida que preciso comer para não ter os problemas de saúde que tenho enfrentado, não é barata. Logo, ou eu luto pra ter trabalho ou eu luto contra a fome e a falta de moradia.

O maior cuidado que tenho de ter é contra a falta de trabalho. Se eu estiver trabalhando, com o pouco que ganho de aposentadoria, consigo continuar sobrevivendo. Eu tinha um trabalho que pagava as minhas contas do ano todo, no Multishow. Mas até isso o Felipe Peres tirou de mim quando eu estava acamado e ele estava em posse do meu celular, pedindo dinheiro para as pessoas em meu nome, sem autorização, fazendo vaquinha e mais um monte de crime… Ele disse para a direção da emissora, na época, que eu não tinha condições físicas de voltar. Assim ele ganhava mais comigo doente do que se eu estivesse ativo, curado.

Aliás, se eu estivesse bem de saúde na época dos crimes que ele cometeu, eu nem teria aceitado ele para cuidar de mim. Quando eu lembro dessa situação, sinto mais ódio dele e revolta por não terem até hoje prendido ele. Mesmo com todas as provas… Canalha de um estelionatário!

Vai precisar fazer acompanhamento com cardiologista?
Sempre tive. Mas me descuidei para resolver problemas que não fui eu quem criou. Se eu ainda estivesse trabalhando, não teria que passar por este sufoco que passei por não ter condições de pagar o aluguel.

Eu tenho médicos há anos para várias especialidades de doenças que desde jovem eu tenho. Até um nefrologista eu tenho. Meu rim é delicado… Resolvi o problema do coração, mas prejudiquei o rim com a medicação. Por isso fiquei mais tempo internado. Mas graças à Tatá [Werneck] eu posso ter médicos particulares.

Antes dela começar a pagar, eu tinha o plano do Multishow. Mas como fui dispensado por armação do Felipe, até isso eu perdi. Esse cara destruiu a minha vida e eu tenho que lutar pra não morrer e ainda cuidar da saúde como se eu não tivesse uma dívida de quase meio milhão de reais que ele fez em meu nome. Como você cuida da saúde assim?

Já está em casa? Sentiu falta do seu cantinho e das suas cachorrinhas?
Olha, a coisa que mais senti falta foi das minhas cachorras. Felizmente eu tenho uma grande amiga que já trabalhou pra mim e que hoje em dia quando eu viajo à trabalho ou preciso me internar, fica com elas. Nossa… Quando eu cheguei em casa, elas choravam e eu chorava, parecia cena daquele filme italiano “Umberto D” do De Sica?!

Eu já até tive pesadelo me vendo naquela personagem: um idoso que é despejado com o cachorro e que precisa lutar na rua para não morrer e para não matarem o cachorrinho dele. É o maior amor que eu já conheci. Já que mãe biológica eu não tive. Até conheci, mas só ouvi quem era ela, anos depois quando ela já tinha morrido num sanatório de São Paulo. Coitada…. se ele tivesse a cabeça boa, talvez não tivesse me largado para ser criado com uma tia e talvez minha história hoje fosse outra.

Como elas reagiram ao te ver voltar?
Elas choraram muito. O animal sente quando não estamos bem. E isso me deixa emocionado só de lembrar. Eu não quero ir pra rua. Eu não quero morrer de fome. Eu não quero deixar elas morrerem de fome. Eu preciso trabalhar. Eu tenho que continuar sendo forte por elas. Mas é difícil. Não sei até quando vou aguentar. Não sei.

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