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Aleh Silva, o Kleberson de Família é Tudo, revela desafios da carreira

Criado na Baixada Fluminense, o rapaz bateu um papo exclusivo com a coluna sobre sua vida artística e a estreia em uma novela da TV Globo

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Aleh Silva posa nos bastidores do Prêmio Shell - Metrópoles
1 de 1 Aleh Silva posa nos bastidores do Prêmio Shell - Metrópoles - Foto: Arquivo Pessoal

O sonho de muitos atores é, um dia, chegar às telinhas dos brasileiros, através das novelas e produções da TV Globo. E Aleh Silva, o Kleberson de Família é Tudo, está começando com o pé direito.

Criado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o rapaz começou no circo, passou pelo teatro e, na sua primeira peça, já foi convidado para fazer parte do elenco de uma das tramas da emissora dos Marinho.

Feliz com a novidade na carreira, Aleh Silva conversou com a coluna, com exclusividade, revelou os obstáculos que precisou ultrapassar para conseguir realizar seu sonho, especialmente por morar em uma região quase sem incentivo cultural; comparou sua família com a da novela e afirmou que vai continuar estudando para chegar ainda mais longe.

E ele contou mais uma, queridos leitores: ele enviou seu vídeo de inscrição para o BBB25, ao lado do amigo Guilherme Canellas, que também está ao seu lado em Família é Tudo. Será que vamos ver os meninos no reality na próxima edição? Vamos aguardar!

Veja a entrevista completa

É a sua estreia em novelas. Como chegou o convite da TV Globo para você?
Nunca tinha feito nenhum tipo de audiovisual, estreei no teatro no ano passado com a peça Pelada – A hora da Gaymada. Foi lá que o produtor de elenco, ao assistir, me chamou pra novela. Um dia após ele ter assistido, ele me ligou perguntando se eu tinha vontade de participar da novela e, óbvio, que eu aceitei na hora, né?

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Aleh Silva, o Kleberson de Família é Tudo, revela desafios da carreira
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Aleh Silva, ator de Família é Tudo
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Quando você iniciou sua carreira artística?
Minha carreira artística começou em 2016, quando eu entrei pro circo, na ONG Se Essa Rua Fosse minha. Lá, comecei a treinar circo e fiz de dança. Aqui em São João de Meriti nunca tive oportunidade do teatro. E, aí, com o passar dos anos, fui fazer um primeiro trabalho profissional, numa companhia internacional de circo. De lá, um dos diretores que me dirigiram no espetáculo que fiz nessa companhia, me chamou pra fazer a peça de teatro, a primeira da minha vida, em 2021.

Já fez teatro, filmes ou outros trabalhos do tipo?
Nunca fiz teatro, filme, nada que tenha ligação com audiovisual. A novela Família é Tudo é meu primeiro trabalho. Antes, tinha feito dança e circo.

Como é o bairro onde você mora?
Eu sou da Baixada Fluminense, São João de Meriti. O lugar onde eu moro é muito vazio, só tem três casas e ao redor tem comunidades. A relação do lugar onde eu moro com a arte é muito pesada porque não tem investimentos artísticos. E, aí, o único projeto que tinha, da ONG, a Prefeitura fez o favor de expulsar. Com isso, eles foram pra outros lugares.

Quais foram os desafios enfrentados por você para se tornar ator?
Foi muito difícil porque por muito tempo minha família não aceitava minha vida artística, não acreditava em mim e continuei tentando até conseguir trabalhar profissionalmente. Antes de entrar pra novela, eu já fazia coisas artísticas, mas nada com audiovisual. Sempre enfrentei problemas com a família, já saí de casa e voltei pra casa da minha mãe de novo. Sempre travei muitas batalhas com a minha família, mas tudo tudo deu certo, graças a Deus.

Como está sua formação para ator atualmente?
Ainda não sou formado como ator. Faço curso de teatro pela Cia. Cerne, que é uma companhia de teatro da Baixada Fluminense, faço curso de teatro por foram também, faço preparação por conta da novela. Estou buscando, estudando, investindo na carreira porque acredito que meu grande ofício é viver da arte.

Como foi para você alcançar seus sonhos?
Foi muito difícil eh conseguir alcançar os meus sonhos. Acredito que ainda não consegui alcançar tudo que eu almejo, mas eu estou no caminho certo. Não vou parar de estudar nunca. E quero continuar investindo nessa carreira mesmo e tentar livrar adiante. Espero que eu consiga e tenho fé que vou conseguir.

Ainda mora no mesmo lugar? Como seus vizinhos e familiares reagiram ao te ver na Globo?
Sim. Nasci em São Cristóvão, mas moro em São João de Meriti desde que me entendo por gente. Os meus vizinhos reagem de uma forma muito estranha porque parece que, pra eles, agora eu sou uma outra pessoa, sabe? Me viram desde pequeno no mesmo lugar, lutando, treinando no circo, buscando, estudando, e nunca teve uma relação de respeito por eu ser batalhador, buscando meus sonhos. Só depois que a gente chega no lugar desejado, onde conseguimos alcançar muitas pessoas ao mesmo tempo, eles ficam meio em choque. Eu Acho que os meus familiares e meus vizinhos ainda estão em choque em estarem me vendo na televisão. E eu acho isso muito bom. Mudar realidades e mostrar pra eles que é possível a gente sair de onde a gente vem e conseguir lugares melhores.

Como descobriu que queria ser ator? Já tinha veia artística desde criança?
Sempre tive veia artística. Desde muito novo, sempre fui uma criança muito criativa, muito hiperativa. Descobri que queria ser ator quando fui chamado pra fazer a peça de teatro que, inclusive, volta em cartaz, em julho desse ano, no Teatro Dulcina, no Centro do Rio. No processo criação do espetáculo foi onde me encontrei como ator. Falei: ‘Nasci pra fazer isso, isso é muito bom’. E, aí, logo depois veio o convite pra fazer a novela e foi uma afirmação de que eu queria ser ator, de que eu queria investir nessa carreira.

Fala um pouco da peça pra gente?
A peça Pelada – A hora da Gaymada se passa em Ramos e Olaria, na Zona Norte do Rio, e fala sobre a pelada, futebol, e sobre o queimado, que é um esporte mais praticados por gays. Por isso colocamos o nome de gaymada. Eu jogo queimado no Rio de Janeiro e fui convidado pra fazer essa peça, justamente por ter um lugar de fala. A história é sobre a rivalidade entre o mundo do queimado e os héteros do futebol. Eles disputam por um por um campo de futebol que tem lá em Olaria. Ela traz muitas questões pro público, sabe? É de fazer o público se questionar bastante sobre sobre questões sociais, empoderamento LGBT. É uma peça muito f*da. Ganhamos o Prêmio Shell como melhor direção musical; e três prêmios no Prio do Humor, do Fábio Porchat, como melhor o melhor texto, melhor direção e melhor espetáculo do ano. É uma peça que me deixa bem feliz, com o coração quentinho de ter feito ela e obtido tantos resultados.

Como é sua família? É parecida com a da novela?
Tenho uma irmã por parte de mãe. A minha família é bem caótica (risos), tanto por parte de mãe quanto de pai, mas eu consigo me entender e driblar os problemas que aparecem com eles. Minha família tem muitas questões que se entrelaçam com a novela, sim. Tem coisas que já aconteceram ou vão acontecendo, que parece muito com a novela. Mas hoje eu tenho uma relação muito boa com eles.

O Kleberson é dançarino e backing vocal de Andrômeda, uma das protagonistas da novela. Você tem talentos musicais também ou precisou se preparar para o papel?
Não tenho talentos musicais, mas tenho criatividade e já trabalho com arte há alguns anos. Minha parte artística é mais corporal porque eu faço circo. Tenho feito preparação, sim, pra novela. Meu preparador, Pablo Oliveira, está deixando meu personagem mais forte a cada dia e sou muito grato por ele por estar me ajudando a fortalecer o meu personagem.

O que o Kleberson tem do Aleh e vice-versa?
Acho que o sonho de ser famoso, sabe? Ele tem muito isso, sonha demais em ser famoso. Acho que ele entrega muito em look também. e isso tem um pouco do Aleh. Porque o Aleh também sonha muito ser conhecido, ter estabilidade de carreira, sonha ser famoso, sim, também entrega em looks de vez em quando. Então, acho que nisso eles são bem parecidos um com o outro.

Você é casado? Tem filhos? Namora?
Não sou casado, não tenho filhos e não namoro. Eu estou livre, mas estou bem comigo mesmo, não procuro nada sério agora com ninguém. Prefiro focar no meu trabalho agora. Porque como é o meu primeiro trabalho, preciso e quero focar no meu trabalho pra que venham outros. E, a partir disso, a gente pode começar a ver, né? Mas, até então, eu não quero e não tenho.

A partir de sua estreia em novelas, quais são seus planos para o futuro na carreira?
Estou estudando e vou continuar mesmo após a novela porque quero fechar outros trabalhos, conseguir investir numa carreira de moda, porque eu gosto muito de moda. Estou investindo na minha carreira de ator pra visual, de cinema e teatro também, que é uma das minhas paixões. Me inscrevi pro Big Brother Brasil 2025. Vai que dou sorte, sou notado e entro? Esse também é um plano de carreira, entrar no Big Brother sempre foi o sonho desde novo. Então, acho que agora é o momento. Já me inscrevi e agora só esperando acontecer.

E você fez a inscrição pro BBB com quem?
Com meu amigo Guilherme Canellas, que está fazendo a dupla comigo na novela. Nós somos amigos há oito anos e a gente mandou o vídeo pro Big Brother Brasil. Vamos ver se a gente dá a sorte de entrar. Estamos muito animados e esperançosos de conseguir participar desse reality. Desde que a gente começou a trabalhar profissionalmente, todo ano a gente tem uma coisa diferente pra fazer. A gente fez o espetáculo de circo profissional, logo depois fez a peça de teatro e agora estamos fazendo a novela. Imagina fazer BBB25 ano que vem? Seria uma sequência de trabalhos direto, sem parar, nós dois juntos.

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