Agressor de Victor Meyniel vai responder por lesão corporal e injúria
O estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre foi denunciado pelo Ministério Público do Rio e a Justiça carioca acatou a decisão
atualizado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro fez a denúncia, no início desta semana, e a 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aceitou o pedido e transformou o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, que agrediu Victor Meyniel, em réu. Segundo o portal G1, ele vai responder por lesão corporal e injúria por homofobia.
O acusado também vai enfrentar a Justiça carioca por conta de uma acusação de falsidade ideológica. Isso porque, no dia em que foi ouvido pela polícia, Yuri se apresentou como médico da Aeronáutica, o que depois foi desmentido.
Entenda o caso
O ator Victor Meyniel foi vítima de um crime de homofobia, no início deste mês, na portaria de um prédio em Copacabana, na zona sul do Rio. Em um vídeo, publicado pelo advogado dele, Ricardo Brajterman, é possível ver o rapaz sendo brutalmente agredido, enquanto o porteiro do edifício fica sentado assistindo a cena.
“Estamos adotando todas as medidas judiciais cabíveis na esfera cível e criminal. Esse crime bárbaro não passará impune. É tudo absurdo, a brutalidade do criminoso e a omissão do porteiro”, afirmou o advogado.
Em uma nota oficial, Ricardo Brajterman informou que Victor Meyniel e a mãe prestaram queixa na delegacia e abriram um boletim de ocorrências. O ator também passou por exame de corpo de delito.
Já o agressor foi preso e encaminhado para um hospital. “O agressor foi preso e encaminhado na tarde de sábado para o hospital. A prisão preventiva (do agressor) foi pedida. Ele também está sendo acusado de falsidade ideológica porque se identificou como médico da aeronáutica”, diz a nota.
Pedido de habeas corpus negado
Yuri de Moura Alexandre, estudante de medicina que espancou o ator Victor Meyniel no último dia 2, teve seu pedido de habeas corpus negado pela Justiça. De acordo com o portal G1, a defesa do estudante alegou que seu cliente estava sofrendo constrangimento ilegal. A desembargadora Denise Vaccari Machado Paes, no entanto, não concedeu o pedido da equipe de Yuri.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou, nessa sexta-feira (8/9), Yuri de Moura Alexandre e o porteiro Gilmar José Agostini. Segundo informações divulgadas pelo delegado João Valentim, da 12ª DP (Copacabana), Yuri será indiciado por lesão corporal, atos homofóbicos e falsidade ideológica.
Gilmar pode responder por omissão de socorro. O caso do porteiro, que assistiu ao espancamento sem intervir, foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
“Pelos depoimentos prestados, ficou claro que as agressões se iniciam no corredor, ainda no interior do apartamento. Mesmo que tenha havido um ato de inconveniência, nenhum tipo de ato justifica uma agressão brutal daquela. Yuri se identificou para os policiais militares como médico da Aeronáutica e como casal, ou seja, como se fosse hétero”, pontuou o delgado, em entrevista coletiva.
“Ao passo que, agora sendo chancelado de homofóbico, ele se identifica como (sua sexualidade) aberta. Um negro pode ser racista e um gay homofóbico”, completou.