Adélia Soares se pronuncia após esquema com máfia chinesa ser exposto
Em vídeo, a advogada de Deolane Bezerra se manifestou: “Jamais arriscaria 22 anos de trabalho por algo que não fosse lícito”. Assista!
atualizado
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A advogada Adélia Soares se pronunciou, nesta segunda-feira (16/9), após as notícias de que foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.
No Instagram, a ex-BBB publicou um vídeo onde afirmou que jamais arriscaria seu 22 anos de profissão por algo que não fosse lícito. Na gravação, Adélia explicou que sempre atuou dentro da lei.
“Eu sou esposa, mãe e advogada atuante há mais de 22 anos. Nesses 22 anos, eu construí tudo com muita seriedade, credibilidade e sempre atuei de forma correta, lícita, dentro do que exige e determina a legislação”, começou dizendo.
Ela continuou: “Inclusive, se vocês observarem, todas as postagens que eu faço aqui no meu perfil são postagens extremamente técnicas, orientando o que pode e o que não pode ser feito, o que é certo e o que é errado, as consequências… Esse é o meu trabalho”, afirmou a advogada.
Adélia Soares explicou que toda a situação será provada no processo. “Eu posso assegurar isso pra vocês: eu jamais arriscaria esses 22 anos de muito trabalho por algo que não fosse lícito, que fosse o contrário do que eu oriento os meus clientes. Então, tudo o que eu fiz foi dentro da legalidade. Isso vai ficar provado dentro do processo”, disparou.
A advogada, que também é ex-BBB, acrescentou: “Eu já constituí um advogado, o Dr. André Callegari. Ele que está à frente do caso e já peticionou nos autos que eu estou à disposição das autoridades para comparecer, apresentar documentos, prestar esclarecimentos, o que for necessário. Extrato de contas bancárias, de conta pessoal, conta do escritório… Porque não existe qualquer tipo de ilicitude em relação a essa situação”.
Adélia também fez questão de ressaltar que o seu indiciamento nada tem a ver com o caso envolvendo Deolane Bezerra, que é uma de suas clientes. A influenciadora digital está presa, suspeita de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
“Outro ponto que quero deixar ressaltado é que, grande parte das notícias, vincularam o meu nome e a minha imagem à uma das minhas clientes, que é a Deolane. E um caso não tem a menor relação com o outro caso. Tudo vai ser esclarecido da melhor maneira no processo, eu confio na Justiça, no Ministério Público […] Tudo foi feito dentro da legalidade”, destacou ela.
Adélia Soares encerrou: “Eu continuo trabalhando… É o que eu digo: golpista não acorda 5 da manhã. Eu estou toda quinta fazendo minha pós-graduação, eu estudei e continuo estudando muito. Venho trabalhando muito todos esses anos, quem me conhece sabe”, finalizou.
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Entenda o caso envolvendo Adélia Soares
Segundo informações divulgadas pelo Fantástico no último domingo (15/9), Adélia Soares foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. Segundo a corporação, a advogada se associou a chineses para abrir empresas de fachada, permitindo a exploração ilegal de jogos de azar no Brasil, chamada Playflow.
Conforme a investigação, o grupo usou 546 CPFs falsos durante as transações, e em apenas 14 dias foram movimentados R$ 2,5 bilhões. Agora, o caso está na Justiça Federal.
A investigação começou após um funcionário da limpeza de uma delegacia do Distrito Federal cair em um golpe, onde foram transferidos R$ 1,8 mil da conta dele para a da Playflow. Após a denúncia, a polícia descobriu como o site de apostas funcionava e o caminho que o dinheiro seguia.
Um documento da Junta Comercial de São Paulo mostrou que Adélia Soares é administradora e representante legal da Playflow. A empresa tem sociedade com a Peach Blossom que, segundo os documentos, fica nas Ilhas Virgens Britânicas.
Ao Fantástico, o delegado Erick Sallum, responsável pelo caso, disse que Adélia Soares usou documentos falsos para abrir a empresa.
“Foram juntados uma série de documentos de outras empresas estrangeiras, documentos não traduzidos. Para uma empresa estrangeira funcionar no Brasil, há uma série de regulamentações: o contrato precisa ser traduzido por tradutor juramentado, apostilamento. Nada disso foi feito”, disse ele.
Depois das investigações, o grupo chinês foi intimado. E uma troca de menagens divulgada pelo Fantástico, o grupo disse que tinha uma advogada chamada Adélia e que ela entraria em contato. A ex-BBB, então, manda mensagem e é questionada pela polícia se é dona da Playflow.
Adélia respondeu que não e foi confrontada pelo delegado. “Veja na junta comercial de São Paulo quem é a dona da Playflow”, disparou. Depois dessa mensagem, Adélia Soares não respondeu mais.