Venda de carros usados no DF cresce 21%. Comércio de novos cai

O tradicional balanço mensal do Sincodiv-DF, o sindicato das concessionárias, mostra que, em janeiro, foram vendidas 5.267 unidades – incluindo automóveis, camionetas, caminhões e ônibus. Em dezembro do ano passado, foram 6.182. Isso significa uma redução de 14,8% (contra 27,96% no geral).

Em relação às vendas de veículos usados, a Fenauto, federação que reúne as associações de revendedores independentes, revela que houve um crescimento de 21% no Distrito Federal (comparando-se os janeiros).

No entanto, quando se usa dezembro como referência, a queda foi violenta: 48,5%. Isso significa que os lojistas de garagem venderam 15.033 carros agora, contra 29.193 em dezembro. É fácil de entender: dezembro tem 13º salário, por exemplo; janeiro, muitos débitos.

Os donos e gestores das empresas revendedoras oficiais e autorizadas pelas marcas atribuem o fraco desempenho a um fenômeno conhecido: a concentração de contas a pagar em todo início de ano, como IPVA, IPTU e material escolar.

“A maioria das pessoas que cogita trocar de carro está viajando ou lotada de contas para pagar”

Alessandro Soldi, vice-presidente do Sincodiv-DF

Mas os efeitos da crise da economia parece agravar esse “fenômeno natural”: comparando-se os dois janeiros (2016 x 2017), registra-se uma queda de 8% (maior, por sinal, que a geral brasileira, de 5,2%).

Curiosidades

A Fiat segue na liderança das marcas mais vendidas no DF, com 950 veículos 0km emplacados em janeiro – ou menos 290 que a quantidade comercializada em dezembro.

Chevrolet, Volkswagen, Toyota e Honda compõem o top five de janeiro. Detalhe: a Ford, tradicionalíssima no país, está fora.

Em janeiro, foram emplacadas 671 motos – ou 47 a menos que em dezembro. A Honda segue firme na liderança.

Em todo o país, o resultado foi 15,3% (janeiro com janeiro). Foram comercializados 1.089.441 veículos em janeiro. Ante a dezembro, houve queda de 20,5%.