Venda de carros usados no DF cresce 13,5% no semestre
Desempenho foi bem melhor do que a média nacional, de 0,6%, e do Centro-Oeste, com 5,6%. Ante a maio, houve queda de 13,8%
atualizado
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Nos seis primeiros meses deste ano, foram comercializados 113.242 carros usados no Distrito Federal- contra 99.775 no mesmo período de 2018. Segundo dados do relatório nacional produzido pela federação dos revendedores de automotores (Fenauto), isso significou um aumento de 13,5%.
Em Goiás, as vendas ficaram estáveis (0,6%); em todo o Centro-Oeste, cresceram 5,6%. No país, o resultado do acumulado também foi estável, levemente positivo: 0,6%.
A venda média por dia útil nas lojas do DF foi muito boa: 906 nos seis primeiros meses do ano, contra 798 no mesmo período do ano passado, ou 108 carros a mais. Se comparado com maio, o comércio local de junho foi 13,8% menor – ou 3 mil carros a menos(19,2 mil contra 22,2 mil).
Em todo o país, levando em consideração de junho ter tido 2 dias úteis a menos, o resultado ficou negativo em -16,3. No DF, comparando-se com o mês de junho do ano passado, a queda foi de -9,4%.
O presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, cobra medidas que possam oferecer “um rumo” mais claro para o mercado. “O nosso segmento reflete o desaquecimento, em função dessas indefinições, de toda a economia”, comenta ele.
Novo fenômeno
O comércio de veículos usados tem mostrado uma mudança de tendência. Antes, a venda de seminovos (até três anos de uso) se destacava. Agora, vende mais aqueles modelos com mais de 13 anos de uso.
Menos de ¼ das transações agora envolve os modelos mais novos – a maioria ainda na garantia de fábrica. Analistas ouvidos pelo Entre-eixos atribuem o fenômeno à falta de confiança dos consumidores – ou ao medo de endividamento.
Além disso, essa menor oferta pode ser explicada pela queda do mercado de novos entre 2013 e 2016 ou mesmo pela decisão do consumidor dono de modelo mais antigo em pular direto para o 0km.