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Putin fica sem Harley-Davidson; produção de carros é suspensa

O presidente russo é motocilista e fã da marca norte-americana. Outras empresas automotivas globais também fecharam as importações à Rússia

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Putin anda de moto Harley-Davidson acompanhado de outros homens. A bandeira da Rússia aparece em uma das motos - Metrópoles
1 de 1 Putin anda de moto Harley-Davidson acompanhado de outros homens. A bandeira da Rússia aparece em uma das motos - Metrópoles - Foto: Foto: News Trail

O colunista de política do Metrpóles Igor Gadelha contou recentemente que um dos temas da conversa de Vladimir Putin e Jair Bolsonaro pouco antes do início da guerra na Ucrânia foram as motocicletas

O presidente russo é simpatizante do Hells Angels, clube de motoqueiros mais popular do país e anti-americano até o dedo-mindinho, e fã da Harley-Davidson (uma marca icônica criada em Milwaukee, no estado americano de Wisconsin, na costa oeste do Lago Michigan).

Essa relação, estranhamente contraditória, acabou nesta quinta-feira (3) – pelo menos temporariamente: a Harley-Davidson suspendeu as operações na Rússia, interrompendo os negócios por lá. A japonesa Honda também paralisou as exportações tanto de motos quanto de automóveis.

A situação se agrava também em relação a outras empresas fabricantes de sedãs, picapes, SUVs: as de veículos premium, como Jaguar/Land Rover(britânica controlada por indianos), BMW (alemã) e Volvo (sueca) já suspenderam a produção por tempo indeterminado. 

Outras focadas em carros mais populares, como General Motors (americana, que não fabrica, mas comercializa), Volkswagen (alemã) e Ford (americana) seguiram o mesmo caminho. Vale lembrar: boa parte dos governos dos países de origem dessas montadoras condenaram a invasão russa à Ucrânia. 

No comecinho do conflito, há 8 dias, os diretores da General Motors divulgaram nota oficial manifestando-se claramente: “Os (nossos) pensamentos estão com o povo da Ucrânia neste momento e (entendemos) que a perda de vidas é uma tragédia”.

E parte da produção russa já estava comprometida devido à falta global de componentes eletrônicos, como os chips semicondutores. Para piorar, a Rússia produz outros insumos importantes para o segmento, como o níquel. Só algumas companhias – até por afinidades ideológicas com o governo russo, como as chinesas – não se manifestaram oficialmente e continuam fabricando. 

Para agravar ainda mais, o conflito bélico tem causado uma tempestade no preço do petróleo. O que, obviamente, vai impactar diretamente no preço da gasolina logo mais no mundo. 

No Brasil, como a política de preço é vinculada diretamente ao custo internacional, imaginem o que vem por aí – mesmo que a Petrobras tenha batido todas as metas de produção estabelecidas para o ano de 2021, registrando recordes até na produção própria do pré-sal. 

 

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