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Prepare o bolso: em janeiro, seu carro deverá ter chip e você é quem pagará por ele

Equipamento eletrônico em veículos, motos e caminhões deverá ser pago pelo consumidor. Roraima começou a cobrar: R$ 95,67 por carro

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Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas
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No mês passado, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) suspendeu a obrigatoriedade da exigência do extintor de incêndio nos carros. A iniciativa foi boa, mas onde há Estado e burocratas, há bobagem: por que essa determinação não foi tomada há anos, antes da exigência de um extintor mais caro, já que se sabia da inutilidade destes?

Esta semana, o governo federal (via Contran e Denatran) suspendeu a exigência de que os veículos passem a sair de fábrica com um chip que funcionaria como rastreador e bloqueador (valeria no comecinho no ano).

Mas o governo só tomou essa decisão, que encheria os bolsos dos fabricantes dos equipamentos, pelo fato de que a Justiça entendeu que essa iniciativa viola a privacidade do cidadão e a barrou. Perfeito.

Mas ficou valendo outra esperteza: o Sistema Nacional de Identificação de Veículos (Siniav). Ele exige a instalação de chips em carros, motos e caminhões – e não apenas nos novos.

Prepare-se para a tungada: a partir de 1º de janeiro de 2016 começa a valer. A justificativa para a instalação dos chips é que eles permitem prevenir furtos/roubos e ter um maior controle da frota.

Os veículos vão ser identificados por radiofrequência, por meio do chip e antenas, com centrais de monitoramento em tudo quanto é lugar.

Trata-se de uma caixinha semelhante à usada em sistemas de cobrança automática em pedágios e ficará colada no para-brisa. Ninguém vai escapar dele.

A principal razão do Siniav é, mais do que evidente, financeira: alguém acredita que se reduzirão os furtos/roubos e, principalmente, o preço dos seguros? Mas ele vai aumentar a arrecadação, pegando com mais eficiência e rapidez os motoristas devedores.

E quem vai pagar por tudo isso? Todos nós, claro. Em Roraima, o primeiro estado a implantar o sistema (embora tenha a menor frota do país) contratou uma empresa que cobrava R$ 95,67 por chip. Até ser afastada.

E, lá em Roraima, quem o instalou (cerca de 300 carros, até a manobra ser suspensa) ficará no prejuízo. Imaginem quanto será cobrado no restante do país?

Por enquanto, apenas duas empresas estão homologadas para fornecer equipamentos. A Seagull Tecnologia, do Rio de Janeiro, estava no rolo de Roraima.

Estima-se que cada placa saia por cerca de R$ 40, mas vale lembrar: os custos de infraestrutura (instalação de antenas) e fiscalização são altíssimos.

Em São Paulo, pelo tamanho da frota (26,8 milhões), o impacto pode chegar a R$ 2,7 bilhões apenas no ano que vem.

Uma enquete no próprio site do Siniav mostra que a aceitação do sistema é polêmica: são a favor, 48.53%; são contra, a maioria simples (51.47%).

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