O valor do litro da gasolina no Brasil caiu, em outubro, 0,67% em comparação com o mês anterior, com valor médio de R$ 5,158. Porém, no Distrito Federal, ele subiu: com o valor médio ficando em R$ 5,120 – ou 1,26% maior que o registrado em setembro, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. O trabalho teve como base transações realizadas entre os dias 1º e 27 de outubro em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.

Entre junho e setembro deste ano, a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor, para as distribuidoras, da gasolina – e três de diesel. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho.

Os dados de outubro mostram que os estados brasileiros que registraram as maiores quedas foram Paraíba (-2,95%), Acre (-2,57%) e Pará (-2,38%). Por outro lado, três estados registraram alta, sendo a maior delas no Rio Grande do Norte (6,47%). 

Os outros que apresentaram aumento foram Sergipe (1,56%) e Bahia (1,27%). Considerados os preços médios praticados nos estados, o maior valor foi registrado em Roraima, a R$ 6,113; já o menor valor médio foi de R$ 4,860, no Rio Grande do Sul.

 Entre as capitais, o valor médio do combustível em outubro foi de R$ 5,101, o que representa uma queda de 0,29% em relação ao mês anterior. Porto Alegre (R$ 4,664), Campo Grande (R$ 4,736) e São Paulo (R$ 4,852) foram as capitais com preços mais baixos no mês. Já os maiores valores médios foram encontrados em Boa Vista (R$ 6,117), Belém (R$ 5,529) e Porto Velho (R$ 5,503).

Etanol sem vantagem

Em outubro, o preço médio do etanol no país foi de R$ 3,575, o que representa um aumento de 3,26% em relação ao mês anterior, quando o valor médio era de R$ 3,462. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol compense financeiramente em relação ao uso da gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o valor do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil.

Considerando essa metodologia, em outubro valeu a pena abastecer com etanol em apenas três estados: Mato Grosso, no qual o valor do etanol equivale a 63% do preço da gasolina, Paraíba (69%) e Goiás (70%).