O caso Farah e a “falta de freios”: logo num Land Rover?
Felipe Lutfallah Farah, o filho do empresário Lutfallah Ramez Farah que atropelou o vigilante Flávio Sousa, no domingo (1/11), deu entrevista exclusiva ao Metrópoles e disse, entre outras coisas, que “o carro perdeu o freio no instante em que ele ia reduzir a velocidade para passar em um pardal”. “A pista estava molhada, ainda consegui […]
atualizado
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Felipe Lutfallah Farah, o filho do empresário Lutfallah Ramez Farah que atropelou o vigilante Flávio Sousa, no domingo (1/11), deu entrevista exclusiva ao Metrópoles e disse, entre outras coisas, que “o carro perdeu o freio no instante em que ele ia reduzir a velocidade para passar em um pardal”. “A pista estava molhada, ainda consegui desviar de outros carros e das árvores do canteiro central”, contou à repórter Mirelle Pinheiro. A velocidade da via, vale lembrar, é de 70km/h.
Há que se considerar algumas coisas. O “carro que perdeu o freio” é um Range Rover Sport, versão SE (intermediária) e é um dos carros mais seguros vendidos no Brasil. De intermediária, só a quantidade de mimos de luxo e conforto. De segurança, é topo de linha.
O Range Rover é, de fato, um “monstro”: tem motor 3.0 V6 turbinado, com 292 cavalos de potência e um torque excepcional (61,2 kgfm) e faz de 0 a 100km em apenas 7.2 segundos.
Mas, não importa: a prática da marca é entupir o carro de itens de segurança – e não só ABS, assistente de frenagem exigido por lei.
Ele tem, por exemplo, distribuição eletrônica (nos dois eixos) da força de frenagem e assistente de frenagem de emergência (o carro identifica a gravidade da ameaça, quando o motorista pisa no freio, e aplica força total na freada).
Ele também ajuda nas frenagens em curvas e possui dois controles: um de estabilidade e outro de tração. O Brasil obriga, por lei, a instalação de dois air bags frontais (esse, tem seis).
Em suma: para um carro desses “perder o freio”, ele precisaria ter “perdido” uma série de controles antes. Tanto humanos quanto mecânicos.
Curiosidade
O Range Rover Sport da família Farah é semelhante ao que estava o cantor Cristiano Araújo, em junho, quando morreu junto com a namorada, numa estrada em Goiás. A diferença básica é que o do artista era novo, recém-comprado, de uma versão mais luxuosa. Mas há outros detalhes importantes: o carro estava a 179km/h, não tinha rodas originais e o cantor e a companheira não estavam usando o cinto de segurança – mesmo no banco de trás, o uso é obrigatório e essencial para salvar vidas.