Mulheres na indústria automobilística: elas estão lá, mas não lideram
Trabalhadores do segmento avaliam participação feminina e ainda constatam: há obstáculos, mas salários são equivalentes aos dos homens
atualizado
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Na visão machista, a relação entre mulher e carro explica-se apenas pelas lindas modelos à frente de carrões em salões automobilísticos, certo? Que nada!
O portal Automotive Business, direcionado ao segmento, ouviu em março 220 profissionais da área para saber sobre a presença da mulher nas atividades das montadoras de veículos, de autopeças, de logística, de engenheira, de insumos e de distribuição).
Resultado? Elas estão lá (60% declararam ter ao lado uma significativa presença feminina), mas não lideram (35,3% disseram que não há nem sequer uma mulher em cargos de diretoria, vice-presidência e presidência na companhia em que trabalham).
E mais: 56,6 dos entrevistados afirmaram que as mulheres enfrentam mais obstáculos para conquistar espaço no setor automotivo do que os homens. Outros 35% creem que as mulheres e os homens têm as mesmas oportunidades nessas empresas.
E quanto aos salários? Uma boa notícia, embora a pesquisa seja base na percepção: quase metade (47%) admite que os rendimentos oferecidos aos homens e mulheres são equivalentes na indústria automotiva (e 22% têm essa impressão). Apenas 11% acham que mulheres ganham menos.
Preconceito?
Quase um terço dos participantes da pesquisa (35,4%) declarou ter notado tratamento inferior ou preconceituoso para mulheres que trabalham nesse segmento. Outro 1/3 diz não ter presenciado cena do gênero, mas que já ouviram falar de pessoas que enfrentaram esse tipo de problema.
E nessas companhias, há iniciativas de apoio às mães? Sim. A licença-maternidade estendida foi lembrada por 73,47% dos que responderam. Em seguida, vêm a existência de berçário ou creche no local de trabalho, flexibilidade no horário, home-office etc.