Land Rover ressuscita o icônico Defender 60 e 90. Vejam o que mudou
Modelo mantém característica visual quadradona, mas até opção de motor elétrico ganhou. Só chega ao Brasil, no entanto, no ano que vem
atualizado
Compartilhar notícia
O lendário jipe Defender renasceu no Salão de Frankfurt, na Alemanha, nesta quarta-feira (10). Sim, antes que perguntem: ele vem para o Brasil, mas só lá para o meio de 2020. E o que muda? Vejamos: as características do antigo xodó dos aventureiros foram preservadas (a silhueta e as formas quadradas, por exemplo, e a força). No mais, parece que só: toda a construção tem diferenças tecnológicas relevantes, o que é compreensível. Sem isso, dificilmente um carro desse porte histórico ‘voltaria’: motorizações eletrificadas serão introduzidas ao Defender com opções de veículos elétricos mild-hybrid e plug-in, em complemento aos conhecidos das versões diesel ou gasolina.
A diesel vem com um 2.0 turbo em versões D200 ou D240 (de 200cv e 240cv, respectivamente). A gasolina, os P300 (motor 2.0 turbo de quatro cilindros) e P400 MHEV (3.0 de seis cilindros). Este último é acoplado a um turbo e um compressor elétrico de 48V, sendo capaz de entregar 400cv de potência e 56 kgfm de torque. Dados de fábrica indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos. O câmbio é único: automático de 8 marchas da ZF.
O modelo agora é ‘vendido’ como o “Defender do século 21”, mas valente e robusto. Foi montado uma nova arquitetura, chamada de D7x e baseada em um monobloco de alumínio, rígido e desenvolvido para resistir ao procedimento Extreme Event Test, que aplica repetidos e contínuos impactos, muito acima dos padrões normais para um SUV.
A suspensão é do tipo independente, com função pneumática ou com molas tradicionais que ajudam a adoção de motores eletrificados. A depender dos números mostrados na Alemanha, a valentia foi mantida: a distância em relação ao solo é de 29,1cm, com ângulos de ataque, de dorso e de saída, respectivamente, de 38º, 28º (31º no Defender 90) e 40º. E a surpresa: é possível levar 5, 6 ou 7 passageiros (neste último caso apenas na versão 110) graças à adoção de um terceiro banco na dianteira, a exemplo do primeiro Defender
E no interior?
A ideia da montadora foi mostrar elementos estruturais que ficam normalmente escondidos. Confiram nas imagens. Veja onde fica a manopla de câmbio, que foi montada no painel para acomodar um assento opcional extra central dianteiros.
Há funções user-friendly a granel. O piso emborrachado foi feito para ser durável e evitar estragos resultantes das aventuras diárias. Um teto de tecido dobrável opcional proporciona a sensação de teto aberto e permite que os passageiros nos assentos da segunda fileira do 110 se levantem quando estacionados para proporcionar uma experiência completa de safári.
E mais
√ O Defender consegue atravessar trechos alagados de até 90 centímetros
√ A carga útil máxima é de 900kg, que pode ser combinada com o teto estático de até 300kg e reboque (capacidade) de 3,720 g
√ Para tirá-lo da cova da memória, foram realizados mais de 62 mil testes – e percorridos nada menos que 1,2 milhão de quilômetros: de ambientes desérticos, com calor de 50ºC, ao inverno ártico de -40°C.
√ E as dimensões? O 110 (versão longa, com 4 portas) mede 4,76m de comprimento, com 2m de largura, 1,98m de altura e 3m de entre-eixos. O 90 traz comprimento de 4,32m e entre-eixos de 2,58m.