GM vai investir R$ 7 bi até 2028, mas não garante elétrico local
Modelos não poluentes e até mesmos híbridos podem ser fabricados aqui nesse período, mas “a iniciativa dependerá dos consumidores”
atualizado
Compartilhar notícia
A montadora norte-americana General Motors, prestes a completar 99 anos de Brasil, anunciou nesta quarta-feira (24) um investimento de R$ 7 bilhões no país até 2028. O aporte, segundo a marca, faz parte de uma fase inicial do novo ciclo de investimento que, acreditam, será o período de maior transformação da marca no Brasil
Esse valor será destinado especialmente para promover a renovação do portfólio de veículos, o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, a evolução das operações e a criação de novos negócios
Os dirigentes da empresa, que fizeram o anúncio direto ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, não garantiram, porém, que nesse tempo saia algum modelo 100% elétrico exclusivamente nacional (desenvolvido e produzido numa das suas quatro fábricas).
O enfático discurso anterior de que não fabricaria híbridos – pulando de motores a combustão diretamente para a produção de 100% elétricos – foi amenizado. “Acreditamos que o mercado deva ser testado, se haverá transição e onde ela será mais lenta ou não”, comentou à tarde o presidente da General Motors International, Shilpan Amin.
Pela manhã, ele, o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, e o vice-presidente da GM América do Sul, Fabio Rua, foram recebidos por Lula e pelos ministros do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, da Casa Civil, Rui Costa.
O pacote de investimentos chega num momento em a GM brasileira chegou a passar maus momentos, tendo que demitir em três fábricas – depois transformando a ação em um plano voluntário, no final do ano passado.
Até boatos sobre o fechamento de unidades e até sobre a saída da companhia do Brasil foram ventilados, agora veementemente negados: “O Brasil é importantíssimo para nossos negócios, sendo pólo exportador para a América do Sul e centro de desenvolvimento de engenharia mundial”, disse Chamorro.