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Faróis baixos durante o dia? Saiba como usar. Lei começa em julho

Descumprimento da norma que obriga o uso permanente em rodovias resultará em multas e pontos na carteira

atualizado

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Luzes diurnas -abre
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No próximo dia 8, os motoristas que circularem por rodovias, seja estadual, distrital ou federal, terão que acender os faróis baixos do seu veículo. A lei que altera o artigo 40 do Código de Trânsito prevê multa de infração média (R$ 85,13 + quatro pontos na carteira).

O Brasil chega atrasado ao grupo que exige esse comportamento do condutor. Boa parte dos países já fabrica os carros com o Daytime Running Light – dispositivo de iluminação diurna que liga automaticamente com o carro.

Na Europa, isso vale desde 2011, mas os países nórdicos (frios e com baixa visibilidade) já adotam desde a década 1990.

Nos EUA, a GM instalou nos seus veículos o sistema desde 1995 – e ela estima que, com isso, foram evitados aproximadamente 25 mil colisões.

No Brasil, já há carros com o DRL – e não necessariamente somente de luxo, como é o caso do Peugeot 208, do Citroën C3, do Volkswagen Jetta, do Fiat 500 e outros mais. As DRLs têm vida útil de até 5.000 horas ou 250.000 km rodados.

Elas também reduzem o consumo de energia em até 80% em relação às convencionais. E não acionam as luzes traseiras – e, consequentemente, não comprometem a visibilidade das luzes de freio.

Mas, e em países tropicais, onde o Sol brilha sempre, vale a pena? Os faróis baixos comuns causam incômodo, sim, durante o dia – principalmente se estiver desregulado. Mas é melhor usá-lo, sim.


De qualquer forma, você sabe as situações – locais e razões – para usar os faróis baixos durante o dia? Acha que a vida útil das lanternas e das baterias fica menor? Há muitas dúvidas no ar.

A convite do blog Entre-eixos, o engenheiro Gerson Burin, coordenador técnico do Cesvi Brasil, respondeu algumas questões. O Cesvi, vale lembrar, é um centro de pesquisa dedicado ao estudo da reparação automotiva e atua no campo da segurança viária, desenvolvendo estudos e campanhas.

Pode-se usar só farol de LED?


Gerson Burin – O uso das luzes diurnas de LED, as chamadas DRL – Daytime running light – tem a mesma função atual dos faróis acesos durante o dia, que é de luz de posição, com a função de aprimorar a visibilidade do veículo quando em movimento. O uso somente do LED não é previsto pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro) podendo ser interpretado pelo agente de trânsito como infração, conforme art. 250 do CTB.
Nota do editor: A assessoria do Denatran, mesmo acionada pelo Entre-eixos, não informou se as luzes de LED podem ou não ser usadas. A instituição limitou-se burocraticamente a enviar uma nota técnica confirmando que as DRLs são suficientes para o cumprimento da lei (…) e que “contudo, faróis de neblina, de milha, ou faroletes, não cumprem a função exigida pela lei”.

O uso resulta no aumento do consumo de bateria?
Gerson Burin – O uso do farol nas rodovias e túneis, conforme estabelece o CTB, não interfere significativamente na vida útil dos componentes do veículo. O raciocínio vale tanto para a vida útil da lâmpada como para a da bateria.

O uso diário diminui a vida útil das baterias?
Gerson Burin – Não há evidências de diminuição significativa na vida útil da bateria.
Então, não é preciso trocar a bateria por uma mais forte…

Gerson Burin – Não, não se recomenda substituir a bateria. Isso porque a bateria e o alternador do veículo trabalham em conjunto, sendo necessário redimensionamento do alternador do veículo e, talvez, de outro componentes que compõe o conjunto elétrico do carro para que a bateria seja completamente recarregada. A substituição da bateria do veículo, sem um redimensionamento do alternador, pode não carregar a bateria nova por completo.

E quanto à vida útil dos faróis? Ela diminui?
Gerson Burin – Sim, devido ao seu uso mais intenso, pode haver diminuição da vida útil, porém essa redução da vida útil depende da utilização, tipo de veículo e tipo de tecnologia utilizada (lâmpada halógena, LED ou luz de xenônio).

Eles queimarão com mais frequência?
Gerson Burin – Não há evidências que comprovam a maior frequência de queimas de lâmpada. Porém, todo uso mais intenso de qualquer dispositivo diminui sua vida útil.

E quanto algumas “dicas” de mecânicos, que apontam “maior incidência” de defeitos no alternador que alimenta a bateria, que alimenta a lâmpada do farol?
Gerson Burin – Não temos conhecimento de aumento na incidência de defeito em alternadores por maior permanência dos faróis acesos, principalmente quando o veículo estiver em movimento.


Razões para usar

Reprodução
Agora, não adianta reclamar – o uso é obrigatório. Mas há benefício, sim: o farol baixo (ou luzes de uso diário) facilita que o motorista em direção contrário o aviste ao menos 3 km antes. A NHTSA, associação norte-americana de segurança viária, garante que a medida reduziu em 5% a quantidade colisão entre carros – e em 12% entre pedestres e ciclistas.


Onde usar?
Em todas as rodovias. As vias comuns, urbanas, não exigem. Mas você sabe onde estão as rodovias dentro do Distrito Federal?

Nem DER-DF se dispôs a ajudar o Metrópoles a esclarecer dúvidas e amenizar a ansiedade: apesar de e-mails e contatos telefônicos com a assessoria de imprensa do órgão, não obteve retorno. Há, no site da instituição, um mapa – que, embora confuso, pode ajudar (http://goo.gl/DzSsSE).

De qualquer forma, esqueça o DER-DF: use os faróis baixos em todos os lugares e em todos os momentos, sempre. Você irá lembrar de acender quando for sair do Eixinho (não obrigatório) para o Eixão Rodoviário (passível de multas)?

eixão

 

Pois é: as estradas parques são rodovias e, portanto, o DER poderá multar quem desobedecer a lei. No fim desta reportagem, há uma lista das principais rodovias que cortam a capital para você relembrar.


Você sabe as diferenças entre lanterna, farol baixo, foral alto, pisca-alerta, DRL etc?

DRL – Daytime Running Lights, ou luzes de uso diurno, numa tradução livre. Automática e é acionada assim que o carro é ligado (evita esquecimentos, por exemplo, e multas). Por ter sido projetado exclusivamente para uso diurno, é mais perceptivo.

Luzes diurnas de LED não originais – Compradas no mercado paralelo, são compatíveis com muitos modelos e têm instalação simples. Também podem ser ligadas automaticamente (e estão dentro da lei).

Farol baixo – Para ser usado à noite nas vias iluminadas – e, agora, rodovias.


Farol alto – Vias e rodovias escuras, sem iluminação nenhuma. Porém, não esqueça jamais: se cruzar com outro veículo, baixe os faróis.

Luz de freio – Usada para indicar aos demais usuários da via que o condutor está aplicando o freio.

Luz intermitente – e rápida. É uma espécie de código para avisar aos demais condutores tanto para ultrapassagens quanto para indicar (ao condutor que vem em contrário) a existência de perigo.

Pisca-alerta – Para emergências, em faixas de pedestres, em acidentes à frente etc. Não deve ser usada com o carro em movimento, como muitos motoristas aqui no DF, em casos de chuva, por exemplo, o fazem.

Luz indicadora de direção – O chamado pisca-pisca ou seta. Serve indicar que o condutor vai mudar de direção para a direita ou para a esquerda

Luz de marcha à ré – Localizada na traseira do carro, serve para iluminar e advertir aos demais usuários que o veículo fazer uma manobra de marcha à ré.

Luz de neblina –
Serve aumentar a iluminação da via em caso de neblina ou chuva forte.

Luz de posição – Chamada de lanterna ou pingo, serve para indicar a presença e a largura do veículo

Luz de placa –
Serve para iluminar a placa traseira.


 

Divergências

“Em países de alta incidência solar como o Brasil isso não tem sentido, sem considerar que farol de uso diurno precisa ser específico e deixar desligadas lanternas traseiras e dianteiras”

Fernando Calmon, engenheiro e jornalista especializado na cobertura automotiva

A favor

“O carro passa a se destacar e ser mais visto. Essa prática pode auxiliar bastante, principalmente em pistas de mão dupla”

Vilson Tolfo, diretor de Segurança Veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA)


Principais rodovias do Distrito Federal
Federais
BRs – 010, 020, 030 (parte Norte, na região de Sobradinho e destinos variados, como Alto Paraíso, Fortaleza, Salvador, Tocantins etc)
BR – 040 e 050 (São Paulo, Belo Horizonte
BR – 060 (Goiânia)
BR – 070 (Corumbá de Goiás, Pirenópolis)
BR – 080 (rumo a Padre Bernardo e Uruaçu, em Goiás)
BR -251 (Unaí)
BR – 479
Distritais
DF-001 EPCT – Estrada Parque Contorno (seria o equivalente a um anel viário da capital)
DF-002 ERN/ERS – Eixo Rodoviário Norte/Sul
DF-003 EPIA – Estrada Parque Indústria e Abastecimento
DF-004 EPNA – Estrada Parque das Nações
DF-005 EPPR – Estrada Parque Paranoá
DF-006 EPCA – Estrada Parque Centro de Atividades
DF-007 EPTT – Estrada Parque Torto
DF-008 EPUB – Estrada Parque Universidade de Brasília
DF-009 EPPN – Estrada Parque Península Norte
DF-010 EPAA – Estrada Parque Armazenagem e Abastecimento
DF-011 EPIG – Estrada Parque Indústrias Gráficas
DF-015 EPTM – Estrada Parque Tamanduá
DF-025 EPDB – Estrada Parque Dom Bosco
DF-027 EPJK – Estrada Parque Juscelino Kubitschek
DF-035 EPCV – Estrada Parque Cabeça do Veado
DF-047 EPAR – Estrada Parque Aeroporto
DF-051 EPGU – Estrada Parque Guará (Asa Sul, Guará)
DF-055 EPVB – Estrada Parque Vargem Bonita
DF-065 EPIP – Estrada Parque Ipê
DF-075 EPNB – Estrada Parque Núcleo Bandeirante (Taguatinga, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Park Way, Arniqueiras)
DF-079 EPVP – Estrada Parque Vicente Pires
DF-081 EPIB – Estrada Parque Interbairros
DF-085 EPTG – Estrada Parque Taguatinga
DF-087 EPVL – Estrada Parque Vale
DF-095 EPCL – Estrada Parque Ceilândia (a Estrutural, que passa por Taguatinga, Vicente Pires, Cidade Estrutural)
DF-097 EPAC – Estrada Parque Acampamento

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