A inflação de 2017 fechou em 2,95%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal se mostrou uma eficiente máquina de receita: arrecadou 15,5% a mais no ano passado do que em 2016 – o equivalente a R$ 474,3 milhões (contra R$ 410,3 milhões no período anterior).

Desse total, um terço arrecadado (R$ 131 milhões) foi com multas – a maioria aplicada por pardais (que pouco ou nada exige dos servidores do órgão).

A receita exclusiva com multas, aliás, foi ainda mais lucrativa: 18,57% a mais do que em 2016 ( R$ 110,4 milhões ante R$ 130,9 milhões em 2017).

E mais: exatos R$ 19,7 milhões dos recursos arrecadados com multas foram usados exclusivamente na manutenção dos serviços administrativos do órgão (veja marcação abaixo). 

Outros R$ 3,8 milhões da quantidade arrecadada (serviços) foram destinados ao custeio de licença-prêmio de funcionários (veja quadro abaixo). 

E mais: parte do dinheiro das multas (R$ 1,2 milhão) serviu até para custear o Pasep, o fundo de formação de patrimônio do servidor público do Detran. Pasep que recebeu, por sinal, R$ 3,2 milhões dos recursos pagos pelo cidadão para os serviços que a instituição presta à sociedade.

Para capacitar os servidores, o órgão dispendeu num ano inteiro exatos R$ 34.615 – ou R$ 4 mil a menos do que gasta mensalmente o Fortalecimento das Ações de Apoio ao Interno e sua Família (item 2426 da prestação de contas anual).

Para essa despesa específica, foram destinados R$ 458,9 mil – ou duas vezes e meia a quantidade gasta com restituições e indenizações de multas de trânsito

 

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Entenda melhor os gastos do Detran-DF 

. O custo do Detran-DF para a sociedade brasiliense foi, em 2017, de R$ 411 milhões

. R$ 0,00 foi o total (não) gasto na Ação 1564, a Reforma de Unidade de Atendimento Plano Piloto. O mesmo vale para os itens 1571.0002 (Ampliação de Unidade de Atendimento Gama) e 1571.0003 (Ampliação de Unidade de Atendimento Paranoá). 

. O Detran-DF dispendeu R$ 13,2 milhões no item 2557, reservado à Gestão da Informação e dos Sistemas de Tecnologia da Informação

. O item 2698, reservado para Gestão das Atividades de Frota, consumiu R$ 10 milhões – sendo que R$ 6,8 milhões vieram da receita das multas